cuore busy nest

cuore busy nest : . "A ciência nada tem a ver com o inefável: ela tem de falar a vida se quiser transformá-la"Roland Barthes, 1958 (ed. 1997 : 183) : . "Os Céus Dispensam Luz e Influência sobre este mundo baixo, que reflecte os Raios Benditos, ainda que não Os possa recompensar. Assim, pode o homem regressar a Deus, mas não pode retribuir-Lhe" Coleridge (maiúsculas acrescentadas :)

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terça-feira, agosto 05, 2008

Dia de neura estivalo-balneá : : repost : : a entevista à Barbie aficanizada deste spot pimpólico


Isabel Metello ©

Espaço informativo autoflagelante: as entrevistas impossíveis de Vaca Gallo, a repórter sensacionalisto-espectacularizante, que alarvemente se aproveita do seu estatuto de VINP (Very Insane Non-Person).

Hoje, o alvo das suas investidas bovinas é Isabel Anjo de Martello, estudante de doutoramento em Ciências da Codificação, na Universidade mais Nova deste país à beira-má embuxado:

- Minha cara Isabel Martello, gostaria de lhe fazer uma pergunta acutilante.
- Faça- a…
- A Isabel quantos neurónios tem?
- Perdão?!
- Ai, minha querida, não me peça pedão po Amô de Deus! Olhe que isso não lhe fica nada bem nesta sociedade onde a humildade tá tão démódé! Mudemos de assunto, que já vi que, pela cô do seu cabelo, não devem sê mais de tês. Diga-me, Isabel, que tema escolheu para a sua tese de Mestado?
- Bem eu escolhi a imprensa de sociedade massificada portuguesa como objecto de estudo. Optei por uma análise de conteúdo deste tipo de imprensa tomando como paradigma explicativo os Cultural Studies e a teoria social dos media.
- Ah, que máximo! E a que conclusões chegou?
- Bem, eu concluí que este tipo de imprensa reflecte as tendências sócio-culturais dominantes de uma sociedade mcdonaldizada, colonizada pela cultura pop norte-americana, cujos individualismo e materialismo preponderantes conduzem os sujeitos para a sacralização da matéria, constatada em utopias objectivadas hollywoodescas.
- Régie, chamo régie… - alguém me arranja um intépete que esta mulhé só fala em código, ainda po cima indecifável? Será que faz de popósito, pa ninguém pecebê os disparates hipe-bolizados que lhe saem da boca?
- Bem, o que quero dizer é que estamos perante uma sociedade de consumo hiper-materialista que atomiza o sujeito, ao mesmo tempo que o manipula, canalizando-o para uma profusão de estímulos exteriores.


Isabel Metello ©


- Ai, tadinhos dos seus pofessores, a Isabel matelou-lhes os ouvidos com essa pataquada inteminável e chatérrima? Apre! Ó querida, posso-lhe dá um conselho? Despete a loira que há em si, aloire-se interiormente, faça um retiro com o José Pêto por Banco, pinte as unhas, vá ao cabeleireiro, faça um casting, entre para a Hedade da Cocaracha, aliste-se na Bigada das Shopaholics Anónimas, ainda que com vontade de sê famosas! É que não há nada mais chatérrimo que uma loira a matelá palavas com mais de duas sílabas! Apre, que karma o de quem teve de lê a sua tese! Aposto que, só po isso, já está mais póximo do purgana !

(janela tvisiva amarelo ruminação com livozinhos rosa shock americanização pa mudá de inté do locutô :)

Não é Sua Leviandade Potótipo-Escolástica? ( Sua Leviandade responde a criatura bovina espectacularizada )

(janela tvisiva vêde massaque com incontinências azul limão pa mudá de inté do locutô :)

Isabel Metello ©

- A popósito, quantas páginas é que tinha esse chatérrimo trabalho?
- Bem, eu excedi-me um bocadinho e resultaram 307.
- Um bocadinho?! Ó quiduxa pequerrucha, só po isso, o júri todo, pincipalmente o seu orientadô e o aguente, tadinhos dos senhores, merece i pó céu, directemment sem passá pela casa da patida (ou da chegada, confome as pespetivas...),- pó mu sul mano, que dizem sê o mais agadável para o setô masculino da população. E, agora, que tema tá a desenvolvê a km na sua tese de doutoramento?

- Bem, esse é surpresa, só posso adiantar que é um tema super-hiper-mega actual...

- Imagino, coitados dos senhores- a supêsa que os (des) espera- se a de Mestado teve 307 pp, a de doutoramento, cetamente, que atingirá as 508...Será que não haverá um pocesso de canonização pa estes casos? Olhe, eu canonizava os senhores que vão tê que a lê, credo, é que não há pachorra que aguente tal incontinência vebal! Continencialize-se, aloire-se, descatibilize-se, hollywoodize-se, barbize-se, qui-atura, que ainda leva alguém pá sepultura com essa mania anti-natura da cultura, respeite a sua natureza- cada caco com a sua palha, cada trapo com a sua tralha, credo!
Bem, meus devotos leitores-alvíssimos, esta foi a entevista impossível com uma loira que não aceita a sua pópria natureza incontonável, alguém que pefere ser uma galinha do mato a cisne de gaiola dourada, o que me faz recodá aquele magnífico povérbio: vale mais uma loira calada do que duas morenas a berrá (po mais in-continentes que se revelem, credo)!
Bye, bye, my darrlings….

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