- Minha cara Isabel Martello, gostaria de lhe fazer uma pergunta acutilante.
- Faça- a…
- A Isabel quantos neurónios tem?
- Perdão?!
- Ai, minha querida, não me peça pedão po Amô de Deus! Olhe que isso não lhe fica nada bem nesta sociedade onde a humildade tá tão démódé! Mudemos de assunto, que já vi que, pela cô do seu cabelo, não devem sê mais de tês. Diga-me, Isabel, que tema escolheu para a sua tese de Mestado?
- Bem eu escolhi a imprensa de sociedade massificada portuguesa como objecto de estudo. Optei por uma análise de conteúdo deste tipo de imprensa tomando como paradigma explicativo os Cultural Studies e a teoria social dos media.
- Ah, que máximo! E a que conclusões chegou?
- Bem, eu concluí que este tipo de imprensa reflecte as tendências sócio-culturais dominantes de uma sociedade mcdonaldizada, colonizada pela cultura pop norte-americana, cujos individualismo e materialismo preponderantes conduzem os sujeitos para a sacralização da matéria, constatada em utopias objectivadas hollywoodescas.
- Régie, chamo régie… - alguém me arranja um intépete que esta mulhé só fala em código, ainda po cima indecifável? Será que faz de popósito, pa ninguém pecebê os disparates hipe-bolizados que lhe saem da boca?
- Bem, o que quero dizer é que estamos perante uma sociedade de consumo hiper-materialista que atomiza o sujeito, ao mesmo tempo que o manipula, canalizando-o para uma profusão de estímulos exteriores.
Isabel Metello ©
- Ai, tadinhos dos seus pofessores, a Isabel matelou-lhes os ouvidos com essa pataquada inteminável e chatérrima? Apre! Ó querida, posso-lhe dá um conselho? Despete a loira que há em si, aloire-se interiormente, faça um retiro com o José Pêto por Banco, pinte as unhas, vá ao cabeleireiro, faça um casting, entre para a Hedade da Cocaracha, aliste-se na Bigada das Shopaholics Anónimas, ainda que com vontade de sê famosas! É que não há nada mais chatérrimo que uma loira a matelá palavas com mais de duas sílabas! Apre, que karma o de quem teve de lê a sua tese! Aposto que, só po isso, já está mais póximo do purgana !
(janela tvisiva amarelo ruminação com livozinhos rosa shock americanização pa mudá de inté do locutô :)
Não é Sua Leviandade Potótipo-Escolástica? ( Sua Leviandade responde a criatura bovina espectacularizada )
(janela tvisiva vêde massaque com incontinências azul limão pa mudá de inté do locutô :)
Isabel Metello ©
- A popósito, quantas páginas é que tinha esse chatérrimo trabalho?
- Bem, eu excedi-me um bocadinho e resultaram 307.
- Um bocadinho?! Ó quiduxa pequerrucha, só po isso, o júri todo, pincipalmente o seu orientadô e o aguente, tadinhos dos senhores, merece i pó céu, directemment sem passá pela casa da patida (ou da chegada, confome as pespetivas...),- pó mu sul mano, que dizem sê o mais agadável para o setô masculino da população. E, agora, que tema tá a desenvolvê a km na sua tese de doutoramento?
- Bem, esse é surpresa, só posso adiantar que é um tema super-hiper-mega actual...
Bem, meus devotos leitores-alvíssimos, esta foi a entevista impossível com uma loira que não aceita a sua pópria natureza incontonável, alguém que pefere ser uma galinha do mato a cisne de gaiola dourada, o que me faz recodá aquele magnífico povérbio: vale mais uma loira calada do que duas morenas a berrá (po mais in-continentes que se revelem, credo)!
Bye, bye, my darrlings….
Sem comentários:
Enviar um comentário