cuore busy nest

cuore busy nest : . "A ciência nada tem a ver com o inefável: ela tem de falar a vida se quiser transformá-la"Roland Barthes, 1958 (ed. 1997 : 183) : . "Os Céus Dispensam Luz e Influência sobre este mundo baixo, que reflecte os Raios Benditos, ainda que não Os possa recompensar. Assim, pode o homem regressar a Deus, mas não pode retribuir-Lhe" Coleridge (maiúsculas acrescentadas :)

main images source :) we heart it ©

domingo, fevereiro 27, 2011

:) do cosmopolitismo luso :)

Steppes of Ulan Bator, June Issue, VOGUE Brazil.

...ora, aqui está uma boa ocasião para não só cumprir o meu dever :)
“O povo português é essencialmente cosmopolita. Nunca um verdadeiro português foi português: foi sempre tudo”, garantindo que, aqui, se adora o Polilogismo e a Liberdade de Pensamento e de Expressão, como para explicitar uma paradoxalidade sociocultural dominante que sempre me deixou um pouco apoplética- talvez por eu própria ser meio mista e desenraizada, confesso (ainda há muitas dinâmicas locais perante as quais empaco, sem saber o que dizer nem o que fazer, nem o que pensar- é quando me afasto e me sento no chão ou numa árvore (se puder :))), pois se não entendo os códigos à primeira, para quê ter de os decifrar à terceira?...:)

...há sempre coisas que prefiro não saber, mesmo que o meu radar lhes detecte os contornos de imediato, não sei, talvez porque, apesar de adorar a Verdade como Princípio (ainda que lhe perscrute algumas perspectivas particulares relativas, considero-a um Valor Absoluto :), creio que há partes dela que não se devem saber, sob pena de um total desencanto perante um mundo já, por si, desencantado e cheio de disrupções trágicas e decadentes...

Agustin Torralbo 2010 Haute Couture Collection

...esta minha incompreensão sociocultural talvez se deva a essa miscigenação que me modelou para a vida, embora tenha cá passado muito mais tempo em termos numérico-temporais do que Lá (embora Lá seja um Espaço Simbólico onde resgato, desde sempre, as forças para aguentar o cá- no fundo, é como aquele cenário idílico que a hipnose regressiva clínica nos manda criar para o termos como salvaguarda em caso de perigo de naufrágio ... :)

...então, vamos lá- não considero a matriz sociocultural lusa dominante como cosmopolita, apenas julgo que muito boa gente que de cá partiu e parte para os antípodas demonstrou e demonstra uma capacidade ímpar de descentração no contacto com outros povos e modi vivendi, afirmando-se como autenticamente cosmopolita (como foi o caso de Luís de Camões, do Padre António Vieira, de Fernando Pessoa, do Senhor Cônsul Aristides de Sousa Mendes, do Professor Eduardo Lourenço, entre tantas Almas Anónimas ou Famosas Sublimes (AAFS, Avé! :)...

...creio que nos processos de colonização portugueses, embora díspares conforme os contextos topológicos, claro que houve atrocidades praticadas por gente malévola (mas onde é que não há gente de má índole? aqui não há? ui!!! :), mas, no geral, estes, diacronicamente considerados, foram muito humanos ( no sentido de humane :), pelo menos, muito mais humanos do que aqueles que substituíram a caça à raposa pela do aborígene ou do que os que dizimaram etnias a metro (ainda que nalgumas placas do British Museum sejamos considerados uns selvagens e os outros como uns heróis, mas enfim, toda a gente sabe que a História é feita pelos vencedores, pelo poder, pelo dinheiro- excepto nos casos como o da aldeia gaulesa resistente do Astérix e de outros pequenos mundos mais reais que, enquanto meras pequenas gotas de água salina , conseguiram e conseguem mudar marés...

Agustin Torralbo 2010 Haute Couture Collection

...ora, se a matriz cultural portuguesa fosse cosmopolita as benévolas excepções à regra, fossem em que área vital fossem, não seriam penalizadas (reparem quantos Grandes Homens e Mulheres Nossos Compatriotas morreram e morrem na miséria e no ostracismo, sendo, injustamente, enxovalhados, pisados e socialmente abatidos por canalhas, modelados e modeladores por/de uma dominante cobardia gregária congénita e alcateizante...:)...
...quantos acirrados revolucionários vermelhos pós-25 de Abril não eram no dia 24 colaboradores do regime, passando, impunemente, de um para o outro como quem passa de um jantar de cerimónia para uma discoteca mais atrevida?... quantos outros não fizeram o percurso contrário pela consciencialização do proliferar da canalhice e do oportunismo conjuntural?

...a matriz cultural lusa sempre adorou e adora a mediania sistémica, pois é com ela que se identifica e é nela que encontra o seu espaço de conforto e a mediania sistémica não aprecia desconstruções ônticas nem desestabilizações caóticas, só as venerando quando já estão incorporadas pelo sistema numa dinâmica muito hegeliana, quando já perderam, em parte, a sua vitalidade revolucionária, de ruptura com narrativas sedentárias e sedentarizantes...

...daí que considere que muita gente que de cá saiu e sai nunca desistiu e desiste de uma matriz ainda muito rural, muito afoita ao materialismo, ao concreto, à posse, nada espiritual e descentrada, logo, nada cosmopolita...não pode haver cosmopolitismo sem descentração, respeito pela diversidade individual, que todos temos, mas uns são mais capazes de a expressar que outros, Verdadeiro Amor à Liberdade de Pensamento e de Acção (a Liberdade, contrariamente à Libertinagem, implica um total Respeito pelo Outro que nos É Distinto, mas sempre Próximo! :) ... o cosmopolitismo não consente gregarismos desresponsabilizantes, rebanhos cósmicos de pensamento e aversão ao confronto civilizado de ideias e projectos, ao mesmo tempo que não se coaduna com a adoração adolescentalizada do consenso uníssono, assim como a ofensa rasteira e o descambar para o palavrão fácil, acompanhado pelas mãos na anca mais ou menos griffizada...

...o cosmopolitismo assenta num insaciável deslumbre pelo contacto com a Diferença que, embora nos respeite, nos desestabiliza cosmos estagnados...ora, a matriz sociocultural dominante lusa adora a cristalização...não sou eu que o digo, fui beber estas constatações a verdadeiras mentes que admiro pelo brilhantismo e integridade intelectual (sempre tão raras! :), que demonstraram e demonstram em tempos em que, realmente, dói...

Rabih-Kayrouz

...daí que tenhamos mínimos ditadores (quando dig
o mínimos refiro-me não à quantidade industrial de prepotência e arrogância provinciana por m2, mas à mediocridade latente e patente:) presentes que têm a suprema lata de criticar um pretérito ditador que, ao menos, foi sepultado em campa rasa e teve o mesmo par de botas durante 40 anos (e, atenção, s´il vous plaît- digo-o sempre- se eu tivesse vivido, como adulta, no "tempo da outra senhora", de certeza absoluta que dava com os costados no Tarrafal :)))...daí que tenhamos políticos gay a querer fazer crer que o senhor jogaria basket e, dado que tal versão não pegou, o tenham querido passar por devasso, logo o homem que era um simplório e até de avião tinha medo de andar (sem o saberem (será? :) todos estes revolucionários de pacotilha são os seus legítimos herdeiros, pois aplicam, na prática quotidiana, aquele provincianismo muito avesso a ondas e à Autêntica Liberdade de Pensamento, de Expressão e de Acção...:)

...ainda, hoje, me faz confusão como é que nós mulheres julgamos estar emancipadas num país que, diariamente, nos nega direitos basilares, em que são as próprias mulheres a discriminar outras porque sim, porque embirram com as cores das unha
s alheias ou porque julgam que os maridinhos lhes podem escapar pelas escapadelas de olhar que, depois, dizem ser da culpa de quem por eles se limita a passar, fingindo-se muito libertárias, quando, de facto e circunstância, não passam das herdeiras legítimas das beatas queirosianas, apenas com mais maquilhagem, acessórios fashion e atitudes mais assertivas, mas nem por isso menos azedas, talvez agridoces, para disfarçar...


...pseudo-libertárias que, estranhamente, não raro, viajam por tantos países e vêm na mesma, como os emigrantes que em França viveram tantos anos, para regressarem e reforçarem a forte matriz rural que lhes moldou as raízes...e, atenção, sempre respeitei muito quem trabalhou e trabalha no duro e reconstruiu e reconstrói a sua vida do nada, não é isso que está aqui em causa, muito pelo contrário, pois a matriz sociocultural dominante perniciosa a que me refiro é transversal a todas as classes sociais, faixas etárias, de género...

...daí que, segundo especialistas, nós sejamos todos juntos em uni-som um
case study complicado a nível psicanalítico, pois a dualidade é colectiva, como perscruta o Professor Eduardo Lourenço (que a denomina como esquizofrenia :) :) (a) somos tão subservientes para os estrangeiros que nos tomam como humildes, quando (b) somos totalmente arrogantes para quem julgamos, hierárquica ou socialmente, inferior; (a) somos capazes de nos descentrarmos para falar idiomas alheios com perfeição, (b) mas somos incapazes de o fazer para dialogar com um pobre na rua ou com alguém com mau aspecto; (a) adoramos diminutivos, mesquinhices e colecções de miniaturas, mas tb (b) veneramos megalomanias novo-riquistas; (a) ajoelhamo-nos perante o concreto, lojas de marca e o nosso ego despótico arrogante (b), mas julgamos ser um povo tão espiritual e bonzinho, protegido pelo Divino; (a) andamos sempre com a liberdade na boca e, na prática, negamo-la, constantemente...

...perdoem-me, mas, ontem, vi o Mentiroso Compulsivo e estou como ele- até às 21.45 digo tudo o que me passa pelo cerebelo...

...conclusão:) houve e há muitos portugueses cosmopolitas, mas a matriz sociocultural dominante nunca o foi, não é e Deus Queira que se torne, para que Portugal cumpra Um Destino que Merece, mesmo tudo considerado...creio que os media em geral, as TIC e a democratização das viagens aéreas e concomitantes contactos com a Diversidade Benévola (a que Respeita o Outro :) podem servir como óptimas forças de erosão daquilo que sempre obstaculizou a afirmação da excelência por portugueses cá e não lá- a mediocridade sistémica, entrópica e endogâmica...
Salvaterra de Magos!

:) do intertexto globalis, globale :) série Desert Camouflage versão Mercúrio :)


military self defense force sunglasses



Attila design ® urban samurai



Mark Jacobs design ® Recycled Military Fashion


Attila design ®


Attila design ®

design ®


"Military Camouflage by Philip Treacy for Gina Couture, 2003. Material inspired by Andy Warhol's Camouflage series C, Andy Warhol Foundation. Photo © CMCC M.-L. Deruaz" from :)

...e para os albarraniano-mercuriano-situacionisto- eufórico-vampírico-pit bulliano-espumantes de serviço da tb série Desert Camouflage, para não só fazerem um vistaço camuflado sobre as areias do deserto, far far away from the battle front line, como, quiçá, no convivium com as tropas norte-americanas, onde há de tudo, como se sabe, o que não sendo mau é muito bom, pois podem de lá extrair muitas leaks que não wiki e dizerem que viram tudo in louco (je sais que é in loco :) com aqueles olhos que a areia do deserto há-de engulir (credo! salvo seja, sai p´ra lá, urubu! :)...

:) da moda bélica Ghadafiana :) série Desert Camouflage :)




...já todos sabemos que o mundo é um intertexto e que a "angústia da influência" nos persegue, como tal, o lado fashion da vida não vai esquecer Ghadafi...aqui fica, supra-acima, postada, uma das tendências Primavera/Verão 2012 (se a Profecia Maya (não é a da Maya do Sapo, é a do Povo Maya dos Andes :) não se concretizar ou, caso se concretize, para os sobreviventes que não tiverem sido enterrados :) keynote trend :) en.tendam-se (não sei porquê soa-me melhor o Imperativo de um verbo de tema em e :) en.tendem-se :))

:) ave (n) turrras pelo efeito dominó ao som da Teoria do Caos :)

...quando cai um genocida caem 2 ou 3 ou de como o bater de asas de uma borboleta pode provocar um tsunami nos antípodas...o mundo é, de.veras, veritatis acupunc.torístico...


...já desde há vários séculos que se tem verbalizado que a tragédia de uns é a comédia de outros...e, speaking of the devil, a nossa indústria turística já anunciou o seu gáudio pela transferência de turistas do Cairo para Portucale...é interessante esta adaptação da inteligência pragmática anglo-saxónica à nossa cultura, usualmente, falsa carpideirística ("ai, tão bonzinho(a) que ele/ela era!, mas, pronto, agora, vamos ao funeral fazer um figurão e a vida continua, até porque deixou um legado patrimonial considerável, coitadinho(a), já lá está, sniff, paz à sua alma e paz à nossa santa vidinha, que se quer pródiga até ao próximo luto!" :)...é o que se chama de empréstimo sociocultural com assimilação mas sem inscrição, mas, desta vez, com assunção (que é sempre tão positiva, ao menos, sabe-se com o que se conta! :)


PP:) no outro extremo estão as carpideiras entusiásticas de plantão, tipo aquelas senhoras muito santificadas pelas extremas unções alheias que para se sentirem pulsionalmente vivas têm de sentir alguém bem mortíssimo (enterradíssimo de preferência- ui! :)) ao som de um requiem qualquer (que isto de requiems qualquer um marcha, desde que as estimulem... :)) - (quase :) ninguém escapa a esta lógica- desde o Golfo Pérsico que a guerra espectáculo tem produzido palettes e palettes de comentadores geopolíticos e geo-estratégicos cujos discursos revelam um entusiasmo próprio de alguns miúdos perante videogames sobre guerras com muito sangue e atrocidades, ainda que o lema: "algures no deserto do Saara", com os dentes Pepsodent bem branqueados e a pançazinha bem cheia, seja seguido (quase) à risca (bem longe dos rebentamentos, de preferência, mas bem camufladinho(a)s para a simulação bélica perante as câmaras..."ai!, que corajoso(a) que sou, aqui, no "palco da guerra", da devastação, tão perto dos holofotes, mas tão longe da barbárie que é só para os outros!..estou em missão, porque eu sou Mercúrio e qual deus tenho de me preservar!" :)...


Vampire's Tear - Blood Red Jewel pendant Necklace

...a diferença é que estas têm mesmo muito sangue...mas o que é que isso interessa a mocassins de beto ou a botas cheguevarísticas, cuidadamente descuidadas, de quem dele se nutre, nem que seja por via simbólica? rien du tutu...uma dúvida- como é que alguém que nunca saiu do conforto do sofá ou de restaurantes gourmet pode descrever o horror da violência?...analisá-lo objectivamente, tudo bem, tem a sua lógica, pois a análise crítica implica um distanciamento narrativo, mas jamais um estado de catarse pulsional algo freudiana...é que os cenários bélicos têm um cheiro nauseabundo que só quem lá esteve alguma vez incorpora na pupila, com muita angústia, se se for um ser humano e não se detiver traços psicopáticos, claro está (o brilho vampirístico no olhar perante o sofrimento alheio diz tudo...lá está a questão da falta de empatia como verdadeira "fonte do mal"...:)...

...no fundo, somos todos uns antropófagos (quando não necrófagos :) primitivos disfarçados e, quais canibais simbólicos, cremos apropriar-nos da força do guerreiro pela deglutição dos músculos dos seus braços, de preferência, à distância de um click (para não se estragar as unhas arranjadas pela manicure nem se sujar o fato escolhido pelo personal stylist :) ...by the way, do please read:)...

Do sacrifício como símbolo da queda pelo consumo de carne de animais

PP:) by the way, tb, enganei-me aqui :)

. : da Oliveira de Nossa Senhora de Fátima : .

- segundo fonte fidedigníssima, sujeita a uma divertida discussão em pleno Santuário de Fátima, é uma azinheira e não uma oliveira que Lá Está...ai, minha santa ignorância!

:) moral da história :) o tempo não está para (con) tendas :)



...Gaddafi (ver plurinominalizações da Criatura Desértica aqui :) As 32 grafias de um ditador :), inimigo, os ventos não estão contigo...joga pelo seguro e faz como os outros ditadores e genocidas (mas que é feito dos Julgamentos de Nuremberg ou do Tribunal de Haia? ah, está bem, todos são genocidas, mas uns são mais genocidas do que outros! :) - aceita um exílio de luxo (fala com o Hugo, que ele providencia-o - arranjar-te-á umas tendas catitas com parabólicas e bem recauchutadas... :), pois, como mártir, não vais ter saída...nem as camelas te valem e já nenhuma delas é imaculada (as areias do deserto são muito erosivas...:)

PP:) foi pena, camarada Gadaffi, quando montaste a tenda em Carcavelos não devias ter deixado de ir visitar a feira homónima, pois, apesar de, hoje, já estar um pouco descaracterizada (vê lá tu que estes vendidos ao capital capitalista (esta versão pleunasmática é muito na onda da da "contradição antagónica" do camarrrada Marrrcelino dos Santos- no fundo, o vocabulárrio marxista gosta de repetições pois rimam com matraqueagem :) a desviaram para a Quinta dos Ingleses e já se perderam as peixeiradas bem típicas que lá se assistiam sem se pagar bilhete ou os slogans promocionais: "pague 3 leve 2" :))) há lá tantas tendas de nómadas bem situacionados!

sábado, fevereiro 26, 2011

:) estes Americanos são doidos! :)

...o Wikileaks continua a fazer das suas travessuras e a mandar a porcaria ao vento qual ventoinha onde caem alguns pedacitos daquela substância escatológica que não posso aqui nominalizar em vernáculo luso...shit!, pelo que podemos ler via Expresso e Publico...

...diz-se que dizem os herdeiros de uma das Revoluções mais pragmáticas que inspirou outra mais teórica que mandou cortar algumas perucas pediram em uni-som a decapitação (de + capita = cabeça para baixo :) de Rui Machete, acusando-o de gestão irregular (os Americanos adoram eufemismos pós-modernos! :) da Fundação Luso-Americana...interessante, pois um dos embaixadores tem um nome muito parecido com o de um dos mentores da Revolução-mor que baseava as suas premissas no fénomeno dos self made men, à qual a questão do chá não foi alheia :) Thomas Stephenson...

...ora, vamos lá analisar algumas das acusações :) a de que RM "tem ligações nos dois maiores partidos" e que é "suspeito de atribuir bolsas para pagar favores políticos e manter a sua sinecura"...TS indigna-se com os gastos que a uma mente anglo-saxónica se revelam faraónicos :)

"gabinetes luxuosos decorados com peças de arte, pessoal supérfluo, uma frota BMW com motorista e custos administrativos e de pessoal que incluem por vezes despesas de representação em roupas, empréstimos a baixos juros para os trabalhadores e honorários para o pessoal que participa nos próprios programas da FLAD"...

...ooops!...

...por sua vez, RM atira :) estava "farto" (ouvi a entrevista de RM a Carla Felgueiras, a filha de Fátima :), "cansado dos aborrecimentos com embaixadores" (é tão chato ter aborrecimentos com embaixadores, logo eles que primam pela diplomacia!...:) passado um bocadito, no mesmo programa de CF, passou a acusação do deputado Sérgio Sousa Pinto a José Sócrates sobre os estágios não remunerados dos futuros advogados que não pertencem a alguma dinastia familiar, não têm cunhas (não são as dos sapatos, se bem que... :) nem notas brilhantes (a ordem foi mesmo esta, o que dava pano para mangas numa análise discursiva um pouco psicanalítica e muito sociolinguística...não sei porquê adorei este intertexto! :)...SSP dizia que se JS era de esquerda ele seria de direita :)))...lembrou-me aquela lógica dos opostos que se tocam que poderia ser actualizada assim :) sou tão de esquerda que sou de direita :)))

...estes Americanos são mesmo loucos!...então, não percebem que, pela nossa eterna Política de Transporte Simbólica e Materialística, convém muito mais apostar no culto das aparências, em tecidos de luxo, pompas e circunstâncias, lobbies de trazer por casa, dinastias familiares e cunhas?... ai, Meu Cosmos! que gente mais estranha, que não percebe o pólo do verdadeiro desenvolvimento, caramba, carambita, carambola, são mesmo uns toscos, para além de loucos, o que me lembrou, de novo, o Elogio da Loucura doutra mente que não estava nem aí para pruridos analíticos- Erasmo de Roterdão- um must!...

...pergunta retórica epifanística :) como é que um todo que actualiza, quotidianamente, as mesmas dinâmicas nos bastidores se pode indignar em palco por algumas delas emergirem a público? é isto que os Americanos nunca conseguirão entender, só se virem muitos filmes do Woody Allen...

:) há muito tempo que não me ria assim :)


...há dias que começam mal e acabam bem...e lá fui eu ver a peça “Toda a gente sabe que toda a gente sabe”, em cena no Auditório Eunice Muñoz pelo Centro de Artes Dramáticas de Oeiras, com argumento de Maria Camen Barbosa e Miguel Falabella e cujo elenco inclui nomes como Manuela Maria, Teresa Guilherme e Heitor Lourenço....adorei! recomenda-se!
...a peça estará em cena até 27 de Março...não percam! dão umas boas gargalhadas visualizando um espectáculo de qualidade! ...nunca pensei que Teresa Guilherme fosse tão boa actriz, mas o facto é que é brilhante! ...quanto a Manuela Maria já toda a gente sabe a Senhora que é e a sua personagem lembra-me aquele tipo de figura mitológica cuja aparente loucura revela uma lucidez desconcertante...encheram o palco e o auditório estava a abarrotar!
...e estaria a ser injusta se não mencionasse o resto do elenco como tb fantástico!

sexta-feira, fevereiro 25, 2011

:) keep moving to.words a free world :)





Ieva Laguna Tony Ward by Will Davidson for Russh.34






quarta-feira, fevereiro 23, 2011

:) o 2º guião para um curso de escrita criativa para Cinema e Televisão :)

A Excêntrica Prometeica

Ana Catarina, rapariga franzina e sem grandes atributos físicos, óculos com graduação acentuada
e pose tímida e insegura, trabalha num escritório como secretária. É o saco de pancada verbal do
patrão, que a despreza, e o mote de gozo das colegas, bem constituídas e com uma grande escola
de vida, Josefa, Clotilde e Carina, que a encaram como o bobo da festa, a ingénua a quem, por meio de ladainhas fingidas, sugam sempre os últimos tostões do mês. Contudo, o final do mês é sempre reconfortante para Ana Catarina- gozam consigo, mas é sempre ela que as livra dos apuros. Tem-lhes carinho, não consegue suster sentimentos negativos por muito tempo, mas a tristeza invade-a, sempre que as colegas a desprezam, mal já não precisam dela...


Ana Catarina vive uma vida triste, mas equilibrada, bebendo o afecto quotidiano de D. Genoveva, a sua Avó, de Vaitila, a sua empregada e dos animais que recolhe sempre que se depara com um abandonado ou ferido na rua. Ao todo tem 2 cães rafeiros e um São Bernardo, cinco gatos e três pardais, que um dia espera poder libertar. Ana Catarina, a Avó e os animais vivem numa pequena vivenda, já a precisar de uma remodelação, com quintal e jardim, herdada dos Pais, já falecidos. D. Genoveva, agora acamada e esclerosada, acusa sempre Santo António de lhe sujar o quarto com as migalhas das bolachas que devora pelo pecado da gula e pela impaciência perante os milhares de pedidos dos fiéis que só se lembram dele perto de Junho...


A vida de Ana Catarina é muito pacata, mas preenchida - levanta-se cedo, com o latir dos cães, alimenta os animais, trata da Avó, confecciona o almoço da anciã e deixa a ração dos animais pronta para que Vaitila, a empregada cabo-verdiana, possa deles cuidar. Só depois de deixar tudo pronto e de se arranjar, Ana Catarina apanha o autocarro para o escritório. Vaitila é a alegria daquela casa amarela, todos a adoram - passa o dia a cantar mornas e a falar sozinha, adora as conversas sem nexo que tem com D. Genoveva, pois, apesar de nenhuma se entender, uma Amizade pura e um segredo une-as.


Ana Catarina venera os anúncios ao Euromilhões e repete o slogan como se de uma música preferida se tratasse : “Euromilhões, todas as semanas a criar excêntricos”. Todos os dias os ouve na rádio, os visiona em revistas e na TV, ao serão, quando tem um bocadinho para ver as suas telenovelas preferidas com a Avó. Sonha com o prémio e com a possibilidade de se libertar de todas as humilhações por que passa no emprego e de poder dar uma vida melhor à sua família e a Vaitila...


Os seus heróis são os excêntricos do Euromilhões. Joga todas as semanas e o Senhor Joaquim da
papelaria diz-lhe sempre que é esta semana que a menina vai ganhar, tem a certeza, ela merece.
Numa sexta-feira 13, Ana Catarina vê, mais uma vez, o programa, quando espantada, chega à conclusão de que ganha dez milhões de Euros. Fica exultante e abraça a Avó que balbucia qualquer coisa que Ana Catarina não entende. Pela primeira vez, desde há muito tempo, sente-se alguém. De repente, tem uma ideia: escreve uma carta de demissão ofensiva ao patrão, acusando-o de todas as humilhações por que a fez passar...


Resolve ir no dia seguinte entregá-la ao escritório e dizer às colegas tudo o que tinha contido durante todos aqueles anos de resignação. Assim o faz. Chegada a casa, conta a D. Genoveva o sucedido, que a condena, afirmando que Santo António não irá gostar, pois ela não pôs no cupão os números que ele escolheu. Ana Catarina ri-se. Pela primeira vez, desde há muitos anos, que não soltava uma gargalhada tão sonora. A Avó repete-lhe que o prémio não é seu - é do santo. Ana Catarina tira o cupão da mala e mostra-lho. Quando o segura na mão, repara que o nº da extracção do seu cupão se refere à semana 18 e não à 19. E lembra-se perfeitamente da voz da locutora a enunciá-lo, pois o seu aniversário é no dia 19 de Setembro...
Ana Catarina cai sem amparo no cadeirão novecentista de D. Genoveva. Ana Catarina caminha apática pelo corredor, até que resolve: é hoje que liberta os pássaros...


Fá-lo no quintal, dizendo-lhes que, pelo menos, eles serão livres. Todavia, quando os bichinhos estão a aprender a apreciar a tão recente liberdade, ouvem-se três tiros- o filho da vizinha, um rapazito gordo e sardento, que costuma gozar com Ana Catarina, mata as criaturas com três tiros certeiros de uma pressão de ar. A gargalhada cruel ecoa no ar ao mesmo tempo que os corpos sem vida caem no chão...

FIM

isabel metello © , 2007

:) waking up :)


terça-feira, fevereiro 22, 2011

:) da Líbia khadafiana :)

photos :) isabel metello © , 2008 (tenho um poster da criatura humanamente desértica, nhan, nhan, nhan, nhan, nhana! :)))

...não raro, as relações dos flutuantes oficiais de serviço com os cadentes são modeladas pelos contextos conjunturais (a aversão pela estrutura profunda tb já é tradição :)- eu já aqui o disse- os cobardes são sempre um barómetro fundamental a ter em consideração, pois, como sobreviventes natos, detêm umas antenas parabólicas especiais incorporadas que detectam tendências dominantes à distância de um espirro...os cobardes já vêm com um sensómetro de fabrico e são fantásticos para fazer rastreios...
...lembram-me algumas dinâmicas juvenis liceais que sempre julguei ridículas e algo deprimentes (nunca tive grande pachorra nem para cheerleaders nem para o seu contrário e fiz sempre gala de estar sempre com os mais frágeis- sofro do síndroma do Patinho Feio misturado com o do Super Peninha (Morcego Vermelho :) e sempre me vi nessas figuras espelhada, logo, avanço, ainda que, quase sempre, me lixe (não faz mal, faz parte do programa... :)...


...ora, nesses jogos de poder de socialização juvenil, quando os outs viravam ins, do desprezo mais ou menos subtil passavam os cobardolas à subserviência; quando a faceta out voltava a ser proeminente, lá a matilha caía em fúria sobre quem lhe faria o mesmo se pudesse...
...jogos de poder primários muito actualizados num país forever, predominantemente, adolescentalizado (é que há uma clara diferença entre ser-se jovem interiormente e os casos nos quais nem sequer se aprendem as Grandes Lições da Vida...:), por ex., no caso de José Sócrates- tanta gente que conheço para a qual, quando a lei da rolha era norma imperativamente respeitada, o homem era uma espécie de ídolo intocável quase avatariano


(não sei porquê, nunca o consegui ver como uma pessoa real, talvez porque (quase) todos os meus trabalhos sejam sobre a sociedade do espectáculo e as suas estratégias simulatórias, como diria Baudrillard e me fizessem perscrutar-lhe as sombras atrás das suas sombras...pronto!, gosto deste apocalíptico (do Baudrillard :))), apesar de achar que, il y a des foix que, exagera, muito à francesa...ora, quando as hienas de serviço começaram a detectar um cheirinho a sangue nas gotas de suor da testa do PM exaladas quando dos seus discursos inflamados, já não pela prepotência, mas pelo desespero, nhac!, mudaram o discurso e a postura e lá a criatura se transmutou em ditador execrável que sempre criticaram, aliás...a memória não é, de facto e circunstância, um forte deste povo e um povo desmemoriado está mesmo a pedir o desnorte...


...adiante, agora, é a vez de Muammar Abu Minyar al-Gaddafi (afinal, é com um G de gaffe! :)- de convidado de honra, com direito (o ouro negro (o petróleo, não é o duo :) faz milagres! :) a camelas a passearem-se na praia de Carcavelos à la gardere, mesmo nas barbas do Cinciberlant (NATO :), hoje, ainda está em banho-maria para quem fica sempre do lado dos mais fortes e espera ou o reforço do poder ou a queda para escolher o lado mais conveniente...amanhã, quando cair, com ou sem banho de sangue, ui!, passa a facínora e vão-lhe beber o sangue num cálice do vinho do Porto...mas alguém no seu juízo perfeito não vê logo que o homem é um monstro?...é que está-lhe (aliás, sempre lhe esteve :) escarrapachado naquela cara cheia de botox e de perfídia (confessa-se que as guturais arabescas tb não ajudam...bragh! :)


bem que se poderia criar um work na shop sobre vudu à distância de um click contra genocidas em potência :)

...e o mais engraçado (se não fosse trágico :) é que a matriz da Revolução Francesa e os seus ulteriores sucedâneos que da euforia libertária passaram ao terror, auto-negando os seus princípios, é seguida escrupulosamente por (quase) todos os revolucionários ocidentais, orientais e neerdentais (eu sei que escrevi mal, foi de propósito! :)- depois de se instalarem, reciclam os mesmos vícios dos seus predecessores (quando não os tornam ainda mais aviltantes! :)...portanto, e sai mais um (???:) bárbaro para a mesa 5, com direito, tb a banhos de sangue (cada vez me convenço mais que os Mayas tinham razão e em 2012 vamos todos tirar o bilhete (não se espere, pleaaase, é classe executiva, pois, lamenta-se, mas não há, pois vamos todos para o mesmo sítio ainda que dividido por andares evolutivos (o que faz com que eu fique com algumas dúvidas- se 2012 for o Final do Campeonato onde é que a continuação do Processo de Purificação continuará?...bem, pensando bem, os Mayas não podem estar certos, pois todos nós em uni-som, para nos purificarmos, ainda temos de reencarnar mais do que 10 x (no mínimo :) ...! :)