PF (Pós-Foto): esta não é a foto da Fida no Calo, mas uma das imagens da Motitia Adams, uma das gandes amigas da Belita..........
VG: Ó Belita, obigadita, olhe que é mesmo amicíssima! Olhe, já agoraaaaa, vou publicá em difidoo, mas ao vivooo, a entevista que fiz a uma atista também instaladoraaaaaa. Leia lá e apenda com quem saaabe:
"Espaço informativo autoflagelante: as entevistas impossíveis de Vaca Galo, a repóté sensacionalista-espectacularizante que, alarvemente, se aproveita do seu estatuto de VINP (Very Insane Non-Person). Hoje, o alvo das suas investidas bovinas é Ferida no Calo, artista devotada à instalação estética:
- Fida no Calo, estive a vê a sua exposição e achei o máximo aquela instalação em que utilizou como matiais casacos pendurados num bengaleiroooooo!!! Então, e aquela em que colocou sapatos, botas e sandálias e até ténis e havaianas à entadaaaaaa? Que originalidade, Fidaaaaaaaa! Ninguém se lembaria de usá a banalidade vivencial de uma foma tão poiética, revestindo o aspecto posaico da existência com a aura iniciática da ateee!
-Corazón, você tem uma forma de falar muito vocálica, não é? Tadita, engoliu o caroço foi? Bem adiante- deve haver aqui algum equívoco! De facto, o bengaleiro serve apenas para pendurar os casacos dos visitantes e a sapateira foi uma das condições que impus à organização responsável pelo evento- eu odeio que consporquem o meu espaço criativo com os germens corrosivos da existência sem brio! Por falar nisso, corazón, esqueceu-se de pôr as suas lindas botinhas leopardamente pintalgadas na sapateira. Recuso-me a conceder-lhe esta entrevista se não as colocar imediatamente lá! E, já agora, está aí um frasquinho de álcool para desinfectar os seus casquinhos bovinos. Eu vou soletrar: n-ã-o é pa-ra be-ber, é pa-ra se des com por car, des- en-va-car-se, no seu ca-so!
- Ah! Claro, Fida, po quem é! Os atistas têm idiossimpatias tão poiéticas, tão divinaiiiiiiis! Sem elas, quase que nem podem ser considerados artistaaaaaas! Os capichos são resevados aos iluminados e a Fida tanspira iluminação!
- Bem, tenho de reconhecer que eu, agora, transpiro mais transpiração, mesmo! Deu-me uma trabalheira pendurar o meu Diogo Rafeiro no tecto pelos pulsos com malha de aço! O que o homem guinchou e guincha! Não ouve? Então, ele não percebe que é um objecto artístico? Que insensibilidade estética! O que vale é que os gritos são um elemento preponderante do sucesso desta exposição. São a melhor música ambiente que eu alguma vez poderia ter seleccionado!
- Ó Fida, antes de mais, gostaria de lhe colocá uma questão que se me apresenta como full da cal: o que é uma instalação?
- Corazón, você faz cada pergunta mais simples! Essa cabecinha híbrida é mesmo pequenina! Existem dois tipos de instalação: a eléctrica e a estética- a eléctrica visa proteger-nos do choque; a estética focaliza-se no oposto- em alertar-nos pelo choque, estético é claro, mas, às vezes, também tecnológico ou mesmo eléctrico- olhe só para o meu Diogozinho, agora a apanhar um choque que o faz contorcer-se em movimentos frenéticos e catárticos que anunciam a confluência entre a continuidade e a descontinuidade, entre o Eros e o Thanatos tão George Bataille!
- Ah, pois é! A Fida é mesmo uma atista completa, sabe harmonizá os objectos, os espaços, os guinchos, pedão, os sooons!
- Ah, muito obrigada! Eu, de facto, sou um génio! Já dizia a minha mãe: Ferida, por esse andar, ainda que manco, vais depressa parar à ribalta, já que, querida, escrúpulos não os tens de todo e dons só os vendendo! E, olhe, aqui estou eu, sem grande esforço, sabe, um grande génio não precisa de se esforçar muito neste país, pois tudo flui, nada se perde, tudo se cria, tudo se reforma! É fantástico- neste vosso país, qualquer filho ou amigo de peixe, mesmo que não tenha barbatanas, nem sequer escamas, sabe nadar! E qualquer pequeno disparate estético, desde que devidamente promovido pelo cardume, é logo visto por estes queridos como uma obra de arte! O que eu me diverti quando utilizei a coleira do meu macaco como ornamento para a tela do meu computador, designando a obra como “A (sub)missão (de)mente!” Foi um sucesso, os discursos herméticos que se elaboraram à volta desse fait divers!
- Genial, Fida, que sentido estétipo e poiético! Ó Fida, já agora, não acha que o seu Diogo está a ficá um bocadinho para o azulado?
- Ah, é verdade, mas repare na harmonia desse tom progressivamente mais azulado com o do cenário à la derrière!. Que mis-en-scène acidental! Isto é que eu chamo de work in progress! São estes pequenos momentos que me fazem pensar como tudo isto vale a pena, embora a minha alma esteja cada vez mais pequena!
- Bem, Fida, muitíssimo obrigada, foi um pazê testemunhá a sua sensibilidade atística e humana! Meus caros leitores, esta foi a entevista impossível com Fida no Calo, uma atista plástica luso e tansa, ma com influências mexicanas povenientes da última viagem de 7 dias que lá fez, cuja genialidade ultapassa as dimensões do edifício desta exposição! Esta vossa Vaca Galo pede-vos- dediquem-se à ate, nem que para isso tenham de colá a vossa avóooooo ao tecto e estilhaçáaaaa o bidéee da vizinhaaaaaa po uma autêntica Enti da Fada!
Não olvidem: contamos convosco na póxima edição deste espaço autoflagelante. Lembem-se de um dos nossos lemas: “Não se deve dá pílulas a pocas, poque facilmente se desorientam”. Ouviu, PicaMarreta? Esta é pa si, via Vaca Expresso, what else? Cherioo!"
VG: Ó Belita, obigadita, olhe que é mesmo amicíssima! Olhe, já agoraaaaa, vou publicá em difidoo, mas ao vivooo, a entevista que fiz a uma atista também instaladoraaaaaa. Leia lá e apenda com quem saaabe:
"Espaço informativo autoflagelante: as entevistas impossíveis de Vaca Galo, a repóté sensacionalista-espectacularizante que, alarvemente, se aproveita do seu estatuto de VINP (Very Insane Non-Person). Hoje, o alvo das suas investidas bovinas é Ferida no Calo, artista devotada à instalação estética:
- Fida no Calo, estive a vê a sua exposição e achei o máximo aquela instalação em que utilizou como matiais casacos pendurados num bengaleiroooooo!!! Então, e aquela em que colocou sapatos, botas e sandálias e até ténis e havaianas à entadaaaaaa? Que originalidade, Fidaaaaaaaa! Ninguém se lembaria de usá a banalidade vivencial de uma foma tão poiética, revestindo o aspecto posaico da existência com a aura iniciática da ateee!
-Corazón, você tem uma forma de falar muito vocálica, não é? Tadita, engoliu o caroço foi? Bem adiante- deve haver aqui algum equívoco! De facto, o bengaleiro serve apenas para pendurar os casacos dos visitantes e a sapateira foi uma das condições que impus à organização responsável pelo evento- eu odeio que consporquem o meu espaço criativo com os germens corrosivos da existência sem brio! Por falar nisso, corazón, esqueceu-se de pôr as suas lindas botinhas leopardamente pintalgadas na sapateira. Recuso-me a conceder-lhe esta entrevista se não as colocar imediatamente lá! E, já agora, está aí um frasquinho de álcool para desinfectar os seus casquinhos bovinos. Eu vou soletrar: n-ã-o é pa-ra be-ber, é pa-ra se des com por car, des- en-va-car-se, no seu ca-so!
- Ah! Claro, Fida, po quem é! Os atistas têm idiossimpatias tão poiéticas, tão divinaiiiiiiis! Sem elas, quase que nem podem ser considerados artistaaaaaas! Os capichos são resevados aos iluminados e a Fida tanspira iluminação!
- Bem, tenho de reconhecer que eu, agora, transpiro mais transpiração, mesmo! Deu-me uma trabalheira pendurar o meu Diogo Rafeiro no tecto pelos pulsos com malha de aço! O que o homem guinchou e guincha! Não ouve? Então, ele não percebe que é um objecto artístico? Que insensibilidade estética! O que vale é que os gritos são um elemento preponderante do sucesso desta exposição. São a melhor música ambiente que eu alguma vez poderia ter seleccionado!
- Ó Fida, antes de mais, gostaria de lhe colocá uma questão que se me apresenta como full da cal: o que é uma instalação?
- Corazón, você faz cada pergunta mais simples! Essa cabecinha híbrida é mesmo pequenina! Existem dois tipos de instalação: a eléctrica e a estética- a eléctrica visa proteger-nos do choque; a estética focaliza-se no oposto- em alertar-nos pelo choque, estético é claro, mas, às vezes, também tecnológico ou mesmo eléctrico- olhe só para o meu Diogozinho, agora a apanhar um choque que o faz contorcer-se em movimentos frenéticos e catárticos que anunciam a confluência entre a continuidade e a descontinuidade, entre o Eros e o Thanatos tão George Bataille!
- Ah, pois é! A Fida é mesmo uma atista completa, sabe harmonizá os objectos, os espaços, os guinchos, pedão, os sooons!
- Ah, muito obrigada! Eu, de facto, sou um génio! Já dizia a minha mãe: Ferida, por esse andar, ainda que manco, vais depressa parar à ribalta, já que, querida, escrúpulos não os tens de todo e dons só os vendendo! E, olhe, aqui estou eu, sem grande esforço, sabe, um grande génio não precisa de se esforçar muito neste país, pois tudo flui, nada se perde, tudo se cria, tudo se reforma! É fantástico- neste vosso país, qualquer filho ou amigo de peixe, mesmo que não tenha barbatanas, nem sequer escamas, sabe nadar! E qualquer pequeno disparate estético, desde que devidamente promovido pelo cardume, é logo visto por estes queridos como uma obra de arte! O que eu me diverti quando utilizei a coleira do meu macaco como ornamento para a tela do meu computador, designando a obra como “A (sub)missão (de)mente!” Foi um sucesso, os discursos herméticos que se elaboraram à volta desse fait divers!
- Genial, Fida, que sentido estétipo e poiético! Ó Fida, já agora, não acha que o seu Diogo está a ficá um bocadinho para o azulado?
- Ah, é verdade, mas repare na harmonia desse tom progressivamente mais azulado com o do cenário à la derrière!. Que mis-en-scène acidental! Isto é que eu chamo de work in progress! São estes pequenos momentos que me fazem pensar como tudo isto vale a pena, embora a minha alma esteja cada vez mais pequena!
- Bem, Fida, muitíssimo obrigada, foi um pazê testemunhá a sua sensibilidade atística e humana! Meus caros leitores, esta foi a entevista impossível com Fida no Calo, uma atista plástica luso e tansa, ma com influências mexicanas povenientes da última viagem de 7 dias que lá fez, cuja genialidade ultapassa as dimensões do edifício desta exposição! Esta vossa Vaca Galo pede-vos- dediquem-se à ate, nem que para isso tenham de colá a vossa avóooooo ao tecto e estilhaçáaaaa o bidéee da vizinhaaaaaa po uma autêntica Enti da Fada!
Não olvidem: contamos convosco na póxima edição deste espaço autoflagelante. Lembem-se de um dos nossos lemas: “Não se deve dá pílulas a pocas, poque facilmente se desorientam”. Ouviu, PicaMarreta? Esta é pa si, via Vaca Expresso, what else? Cherioo!"
PP (Pós-postado): Este tamém não é a Fida no Calo, mas um supé-stá muito afoito à Família Adams, sobe o qual faremos uma repotagem depois do Natal, pa que não fiquemos indispostos nesta quada dedicada ao Amô cô-de-rosa bebé elefante tailandês e aos abaços azuis bebé papagaio vede da Jamaica!
(Texts: Isabel Metello © All Rights Reserved/ Sob as leis do Copyright)
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