cuore busy nest

cuore busy nest : . "A ciência nada tem a ver com o inefável: ela tem de falar a vida se quiser transformá-la"Roland Barthes, 1958 (ed. 1997 : 183) : . "Os Céus Dispensam Luz e Influência sobre este mundo baixo, que reflecte os Raios Benditos, ainda que não Os possa recompensar. Assim, pode o homem regressar a Deus, mas não pode retribuir-Lhe" Coleridge (maiúsculas acrescentadas :)

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quinta-feira, novembro 06, 2008

: : good morning en pensant la lettre en tweet, pedão, en suite : :






VG: ó Belita, nosotras, hodie, non lo sei porque, tamos na onda periquita, nosotras somos cosi, po vezes, somos o Silvester, outas o Tweety, outas mêmo aqueles falcones enomérrimos que adoram caçá ratitos que julgam que só poque chegaram primeiro ao sótão já mandam na casa (cada qualis con las sus mismas ilusiones y ninguém con la dos outos...)...Ma, fiquei con una dúvida que non existencialis, existenciale, sôbe o que a menina disse no autre jour no seu blop esoesférico no seu poste rinocerôntrico-macacondo-marrante : : voltando às mundanidades apócrifas : : a indiferença britânica ou o ripostar latino? : : noblesse exige : : ...o que a menina, uma democatizante con victa y con vita considera como povinciana? Não acha que tá a enveredá po mais uma contradizione paradoxalis aberrantis e berrantis?

BM: Bem, para lhe ser muito franca, claro que não- eu sou como o Eça de Queirós e o Camilo Castello-Branco- considero que um dos cancros deste país é o provincianismo tosco-sofisticado, aquele que tal como o do Dâmaso e do protagonista da Queda de Um Anjo, se julga muito cosmopolita e muito chic só porque comeu uns scones em New York City ou deu um pum algures, numa praia qualquer do Brasil, ou passeou de camelo nos areias de Agadir, sem ter guts para visitar o deserto e conviver com os homens azuis...Aquele que finge ser muito sofisticado, mas que está cheio de hiper-correcções parolizantes...não falo das pessoas puras da província, não, essas adoro-as pela sua autenticidade, não, falo do Homo Provincialis Pseudo-Cosmopiltanus, que transpira caciquismo por todos os poros quando jura ler Voltaire e António Damásio (adora mixturas assim meio macarrónicas...) aqueles que negam, determinantemente, as suas origens, por sofisticações apócrifas e cujo complexo de inferioridade e falta de civismo é tal que têm a mania que podem ofender os outros ainda que não admitam recção...mal a tenham o típico é fazerem-se de desapercebidos ou de vítimas, chamando em alcateia os seus congéneres para lhes lamber as feridas...

Eu cá nasci na cidade e cresci no mato e assumo: gosto de pisar descalça a terra vermelha, de subir às àrvores e de as abraçar, de perscrutar no escuro o ondear das cobras no amplo jardim, de seguir com o olhar o carreiro das laboriosas formigas, de levar com a chuva na cara até a maquilhagem se desvanecer, de mergulhar num mar bravo sem temer a sua força catártica... sou uma criatura do mato e por isso abomino ataques cobardes- os bichos do mato, menos as cobras, atacam de frente depois de um ataque, se os deixarem em paz, adoram venerar a Luz Solar... agora, tive o privilégio de conviver com pessoas verdadeiramente cosmopolitas, aquelas cujo espírito é intercultural, humilde e autenticamente sábio, durante toda a minha vida... Daí que estas provincianas arrogantes metidas a madames jetsetianas que ainda andavam de carroça, já muitos circulavam de avião desde tenra idade, me provoquem uma gargalhada bem disposta...No fundo, fazem-me rir, são umas palhaças tristes intemporais...



VG: Ah sim? Homens azuis? Mas há homens zurros? ma qual o Damaso? o de Sal e Sede?

BM: Claro que há, há-os de todas las cores...Esse mesmo...então, um povinciano, na minha perspectiva não é aquele que nasceu ou viveu ou vive na província, não, é aquele que tenha ou não nascido na província, a tenha dentro de si, aquela província conservadora, tosca, beata, ainda que muitas vezes laica (é outra forma de beatice crónica- muda a forma mantém-se o conteúdo...), ainda que armada em emancipada e libertária (não pulvo, confundem liberdade com libertinagem, pois só invocam a liberdade se for para si e para o seu umbigo e de quem as bajula, para os outros, que as topam e enfrentam, esses que baixem a cabeça perante tais excelências...), coscuvilheira, viperina, materialista, malvada, petulante, arrogante, invejosa, vingativa, muito ligada ao concreto, ao quintal, às allfaces e às couves...aquela que, de vez em quando, aprecia dar um tiro no vizinho por causa de um carreiro que separa dois pântanozitos abandonados...É essa a que me refiro..mas claro, como é óbvio, estes provincianos estão em todo o lado neste quintal à beira-mar azucrinado, são quase ubíquos e muitos escondem as unhas pretas de "lavrar a terra com as unhas dos pés" com os Parolos Bati-te, que veneram como se de uma relíquia santa se tratassem (o vazio, geralmente, sacraliza e venera o vacuum), com qualquer coisa que, de preferência, brilhe muito para ofuscar o cheiro a azeite, que é intenso e que não sai nem mesmo com um Jean-Paul Gautier em cima...



VG: Ah, va bene...Ma não sai com o João Paulo Gaiteiro? Ai, credo, deve sê muito pesti-lento mêmo....agora, pensando melior, até me lembo de umas quantas qui-aturas cosi...

E, changing a little de subdeject- como vamos de cómos?

BM: Olhe, estamos muito bem, apesar de alguns serem aborrecidíssimos pois são repetidos e tudo o que é repetido é banal, logo detestável...A Natureza é muito injusta (será que é?) e vulgo, só a raridade é que se destaca, de banalidade estamos nós todos fartos...Aliás é a banalidade que dá cabo deste planeta...

VG: Mas, já compou a cadeneta? É que sem cadeneta não se los cola...

BM: SSShhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh...! (o Seguêdo do Sucesso é o Silêncio...)

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