cuore busy nest

cuore busy nest : . "A ciência nada tem a ver com o inefável: ela tem de falar a vida se quiser transformá-la"Roland Barthes, 1958 (ed. 1997 : 183) : . "Os Céus Dispensam Luz e Influência sobre este mundo baixo, que reflecte os Raios Benditos, ainda que não Os possa recompensar. Assim, pode o homem regressar a Deus, mas não pode retribuir-Lhe" Coleridge (maiúsculas acrescentadas :)

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domingo, dezembro 05, 2010

:) re.adenda à questionem do altruísmo em forma de evangelização prêt-a-porter :)


Images´ source :) Uplift Magazine

Juro (Xikuembo Xanhaque! :) que não conheço a senhora em questão (Maria Manuel Pinto, Focus nº 580 : 130 :), é a primeira vez que leio um texto da sua autoria e muito menos estou a implicar com ela- aqui, detesta-se (é melhor pôr abomina-se :)) implicações pessoais por questões conceptuais -

os melhores Amigos desta equipa edi-toureal detêm opiniões (quase) sempre contrárias o que, por vezes, não é fácil de gerir, mas é um móbil de grande enriquecimento, pois está-se sempre a aprender e, por mais distanciado(a) que se esteja em termos de perspectivas pontuais de vida, coincide-se no Essencial, que nem Tem de Ser Verbalizado (há autênticos silêncios de Diamante e olhares identificadores, há pessoas que ficam logo no coração com um primeiro olhar e parece que já as conhecemos desde sempre...são esses momentos inexplicáveis que nos fazem (re)conhecer autênticos tesouros que dão autêntico brio à existência... :)...


...daí que, aqui, não se acredite em relações humanas, sejam elas quais forem, que não impliquem a partilha desse Cuore Busy Nest...há percursos de vida que crêem que os ideais dos 20 não se afirmam aos 40, aqui, crê-se que é essa mesma meta que define o filtro de caracteres genuínos, que elegem o tempo como factor de aprimoramento e não de desvirtuação e, muito menos ,de desenvolvimento de um degenerado cinismo vivencial (uma verdadeira praga, principalmente para quem vive da criatividade, que requer frescura de espírito, contínuas reciclagens e redescobertas vitais, mortas e estagnadas quando o herbicida desvitalizante do cinismo se impõe....:)...daí que haja relações que, fazendo sentido aos 20, nunca poderiam fazer sentido aos 40, pois as pessoas seguem por percursos essenciais contrários e algumas não só perdem a ingenuidade como a inocência (ou, se calhar, nunca a tiveram, o que ainda se torna mais dramático e desconcertante para quem acreditou nela... :), traindo os seus ideais (?:), um crime de Lesa Majestade! :)...


...aos 18, é fácil apaixonarmo-nos por alguém cujo carácter não admiramos (ainda se está muito focado na dimensão das aparências e a ingenuidade faz-nos ver brilho em pessoas que nada nos dirão mais tarde...:), a partir dos 40, ainda que se mantenha uma certa inocência, a ingenuidade já se foi :) é quase impossível sequer a aproximação (por mais Adónis que sejam ... :), digo eu, não sei (defeitos temos todos, mas falhas de carácter ou a total ausência deste são fatais, instigando, mesmo a natural rejeição, pois há dimensões que se repelem por natureza... :)...é o carácter que faz com que alguém mais desprovido de atractivos físicos consiga tornar-se lindo, mas tb é a falta dele que destrói um Apolo em 3 meros segunditos apenas...o que é o carácter? Bem, a sua definição é relativa e subjectiva, mas, desde já, creio que será universal a actualização de Princípios inultrapassáveis como o do respeito pela Vida e o Ser-se um ser Humano (de humane :)...
...bem, voltando ao busílis da questionem :) a dita senhora encara o altruísmo como "(...) um momento gerador de energia positiva, mas que em si encarcera plenos de egoísmo (...)"...definindo-o como :) "(...) Altruísmo é um tipo de comportamento encontrado nos seres humanos e outros seres vivos, em que as acções egoístas de um indivíduo beneficiam o outro, trazendo algum tipo de prejuízo para o próprio. Sem mais".


...eu diria com muito mais :) altruísmo é, de facto, um móbil catalisador da lei da acção/reacção (como o é o seu contrário, ainda que haja ilusões, sempre desencantadas por Poderes mais Altos, mais tarde ou mais cedo...:), mas um altruísta não o é por uma mera questão de prazer egoísta, muito pelo contrário, se o for não o é, dado que se limita a actualizar uma simples relação auto-centrada, logo, desvirtuada por interesses particulares...
...depois, há a questão da dupla catálise de "energia positiva" e de "prejuízo"...i.e., uma contradição :) então uma postura altruísta gera energia positiva, mas implica um prejuízo? Nem pensar! Só se for um prejuízo objectivado, que choca de frente com o que Está na Base do Puro Altruísmo...


...a palavra prejuízo implica já, semanticamente, uma postura egoísta instintiva darwinista de quem a enuncia, como se se estivesse perante um corredor de alta competição que perde (?) uns segundos na corrida por ajudar um colega caído na pista...ele não perde, ele ganha- logo é um duplo benefício-, mas não é um ganhar objectivado calculado, quase de mercearia, quando se fia para fidelizar a clientela ou pensando que mais à frente se poderá necessitar do apoio dessa pessoa ou tb que o acto credibilizará, socialmente, o benemérito...o bombeiro que arrisca a sua vida por uma criança entrando numa casa em chamas fá-lo pela sua consciência que se sobrepõe aos seus instintos darwinistas de sobrevivência...
...não é um "toma lá dá cá" do networking de interesses corporativos, é sim um enriquecimento de outro teor que nem põe em questão não se parar naquele momento e sobrepôr-se Princípios a instintos, como Deus o Faz e Jesus à Sua Imagem e Semelhança, como o fazem Grandes Almas como Madre Teresa de Calcutá ou o Senhor Cônsul Aristides de Sousa Mendes ou tantos anónimos missionários (pertencentes ou não à igreja, pois a palavra missão implica, per se, o Tal Altruísmo de Abnegação Sagrada :), é uma Relação Win-Win Superior Que Revela Essências - é um "teste do algodão, que não engana"...


...assim, se o altruísmo despoleta energia positiva, nunca poderá ser encarado como fonte de prejuízo, mas de benefícios (interessante como o penúltimo vocábulo significa, simultaneamente, dano, perda e um juízo delineado a priori, logo, tantas vezes, irreflectido, com base em preconceitos, sempre, empobrecedores, pois redutores da riqueza da diversidade vivencial :)...
...mas a autora toca num ponto essencial :) o da obrigação de praticar-se o Bem (o que é o Bem? É a tal Descentração que se opõe à animalidade...:))) sem a ostentação das D. Imaculadas deste mundo, salvaguardando a dignidade humana de quem dele beneficia (i.e., de ambas as partes que se consideram no mesmo plano de importância ontológica:) e o da existência de boas naturezas que ficam felizes por o praticar...


...e tem uma certa razão quando se infere pela leitura do seu texto que, numa organização social, tendencialmente, egocêntrica e hedonista, o altruísmo tem de ser publicitado como algo que dará prazer a quem o praticar...pode-se até dizer que rejuvenesce, que cura muitas maleitas e até atrai a felicidade, pronto e lá a enunciação dos mitos urbanos catalisará a adesão em massa da massa...alguns slogans podem ser assim :) "seja altruísta e, quando chegar aos 40, parecerá ter 30 sem Photoshop"... :); acrescenta-se que a tal reciclagem ontológica contínua é, igualmente, essencial neste lifting - emoções negativas como ódio, rancor, inveja, desejo de vingança e de humilhação do outro, que impelem à maldade gratuita, são um dos principais factores de envelhecimento da pele- daí que as D. Imaculadas estejam plenas de rugas e aos 50 pareçam ter 70...aliás, chegam a um ponto que deixam de ter idade, parecem personagens que param no tempo, mais au contraire :)))


...fui buscar ali ao lado várias perspectivas que não subscrevo na íntegra (principalmente na questão do Castigo Divino, em que não creio, pois julgo que Deus, como um Bom Pedagogo que nos Ama Incondicionalmente, Dá-nos Lições :) mas que me ajudam muito a matutar :) a questão da auto-estima de OSHO é muito interessante, ainda que julgue que esta auto-estima de que aqui se fala não é a objectivada do género :) "sou tão lindo(a), tão inteligente, tão esperto,(a) o tráximo!", mas sim aquela que advém da boa consciência de si, a tal awareness...quanto ao pecado e às más acções, tb não concordo :) há acções que são condenáveis desde que praticadas de forma animalescamente egoísta, instintiva, com o propósito claro de ferir o outro em proveito próprio, logo quem não trava os indecentes prejudica os inocentes...Eppur se muove! :)







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