...ainda que abomine clichés, creio em tantas verdades tão simples e intemporais, que até podem ser ridículas para a Intelligentzia Magnânima que se compraz com os seus discursos ao espelho, mas, por isso mesmo, nelas creio por oposição congénita, pois, como já notaram, estou-me borrifando para egos auto-sentados e Self Enthroned Special Ones (não sei o que se passa comigo...deve ser a minha cada vez mais preponderante veia hippie chic e a idade, que já me faz não ter pachorra, como dizia aquele grupo do Facebook, "para aturar fretes":)))...ah! e a educação recebida (e, quando falo de educação, refiro-me a todas as lições que recebi e recebo de quem admiro, dos outros dispenso, passo mesmo, vá comprem todas as casas do Monopólio... :) que me faz, se calhar, tratar com mais mesuras um sem abrigo do que um big boss (noblesse oblige :)...aliás...esse é um fantástico teste do algodão para perscrutar caracteres...porque um(a) heartless é um autêntico flagelo social, esse sim um autêntico homeless, uma vez que o Lar É onde o Nosso Coração Está (nunca mais me esqueci de uma declaração de Amor de uma personagem de um filme, que já nem me lembro qual é: "tu és o meu Lar"- não é a coisa mais bonita que se pode dizer a alguém? eu acho que é, pois Quem Amamos É a Nossa Bagagem Essencial...lá está...a simplicidade :)...
...mas porque tb considero que a dialéctica hegeliana vem muito à propos pois anti-sistémicos de outrora, detentores de uma autenticidade criativa, por vezes, têm a tendenzia trendy de se tornarem os sistémicos sintetizados cristalizados de hoje- sempre assim foi e sempre assim será, nada de novo no "lodo no cais"...pois só o inconformismo (saudável :) pode conduzir a uma constante reciclagem vital, móbil da criação aurática sempre contra corrente...o que me faz matutar sobre os limites que tanta gente põe a actos criativos - isto é arte, isto é ciência, aquilo não é, pois não é erudito, pois não é um objecto de estudo à altura...mas, então, não foi isso mesmo que disseram os botas-de-elástico aos Mestres que, agora, a Intelligentzia Magnânima venera? e não nasceram muitas das belas artes actuais do carácter prosaico da existenz?
e que dizer de grandes nomes da ciência (de prestígio internacional :) que se debruçaram e debruçam sobre questões inerentes à "vida comum do cidadão sem brio"? hum ...por isso é que eu aprecio, cada vez mais, a matriz anglo-saxónica, não sei porquê, aflige-me aquela ideia da discussão sobre coisa alguma com propósito nulo que não seja o self enthronement...che fare?...
...e o que me levou a matutar nesta temática? outra - a do acto criativo e do seu agente, que não da passiva...
...ora concebo um criativo como alguém que, pelo desenvolvimento de um dom, de um talento inato (não acredito em dons e talentos adquiridos, só desenvolvidos pelo esforço e aniquilados e/ou adormecidos pela inacção ou adiamento da sua enunciação..:), seja ele qual for, concebe algo que, embora, inevitavelmente intertextual, detém um cunho original próprio e intransmissível...é mais ou menos como o BI, agora, cartão de cidadão/ã...e é nesse momento de criatividade que partilha um pouco do poder criador do Criador, mesmo que seja ateu (há ateus tão mais cumpridores das Leis de Deus que muitos crentes beatíssimos...
:))...sim, não voei para a twilight zone- só me limito a repetir o que defendiam mentes tão antigas...ora, para entrar nessa quase ascese, o criativo tem de o fazer com autenticidade, tem de se valer do coração, das emoções puras do seu Arquivo Emocional como via de ascensão....ok, a razão pode ajudar, mas é outro departamento do reconhecimento do mundo e das suas representações...
...agora, coloca-se-me um problema...e quem perdeu essa capacidade para, genuinamente, entrar em ligação directa com essa dimensão algo purificadora que cosmifica (neologismo catita :) o caótico? será que se limita a repetir ou a abusar do intertexto, qual folha morta ao vento da esterilidade?
...não sei...é uma questão que me assola, il y a des foix que, até porque uma das coisas que mais receio é, um dia, acordar sem conseguir olhar para o mundo como se fosse a primeira vez, ainda que já tenha dado 42 voltas ao Sol...minto, não é olhar como pela primeira vez é deter a capacidade para não perder o brilho do olhar dessa primeira vez...daí que os processos de higienização da alma em curso (PHAC:) sejam fundamentais...regurgitar para limpar para, um dia, quem sabe, voltar a saber voar e a observar sem os filtros condicionadores da mágoa (interessante como este vocábulo partilha o étimo com outros dois :) mancha e mácula :) maculam :), associada a uma certa náusea, confesso...
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