cuore busy nest

cuore busy nest : . "A ciência nada tem a ver com o inefável: ela tem de falar a vida se quiser transformá-la"Roland Barthes, 1958 (ed. 1997 : 183) : . "Os Céus Dispensam Luz e Influência sobre este mundo baixo, que reflecte os Raios Benditos, ainda que não Os possa recompensar. Assim, pode o homem regressar a Deus, mas não pode retribuir-Lhe" Coleridge (maiúsculas acrescentadas :)

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quinta-feira, dezembro 09, 2010

:) purificando a ambiência :)

...li, nalguns blogs que gosto, expectativas várias sobre as prendas de Natal que as suas autoras desejam ter, todas legítimas e positivas e adequadas à sua forma distintiva de estar na vida...é bom constatar que muita gente não perdeu aquele brilho no olhar na antecipação do festejo de uma quadra tão mágica, mesmo num contexto algo cinzento...eu posso dizer que Deus já me Ofereceu a minha Melhor Prenda de sempre - a minha Princesinha...foi o Natal mais lindo da minha vida, cuja recordação vale por tudo o que se lhe oponha...de facto, nada se compara, nada diminui esse momento, nada...saber que fui capaz de dar à luz um Ser tão Lindo e tão Elevado constituiu a maior Honra pela qual Deus me Valorizou a existência...E, a partir desse momento, o Natal passou a ter outro encanto e a árvore passou a estar decorada pela ajuda encantada de mãos pequeninas, pelas quais sou capaz de subir o Everest, logo eu que tenho vertigens...


...outra circunstância que julgo um privilégio foi ter nascido e passado o início da minha infância em Moçambique e ter beneficiado do Carinho de Colos que considero Sagrados, onde o Natal era vivido de forma algo paradoxal em termos formais, dado que o calor se misturava com enfeites natalícios sul-africanos alusivos a gélidas paragens longínquas - desde trenós a Pais Natais bem agasalhados havia de tudo numa árvore até ao tecto, numa sala enorme de uma casa tb enorme de estilo colonial, onde tb vivia um enorme lagarto de estimação. que, de vez em quando, se passava :)))...
...brinquedos aos montes, mas os meus Pais e a minha Saudosa Avó sempre me ensinaram a deter por eles afecto e não os encarar como mais um...lembro-me especialmente de um que guardo até hoje :) um carrinho de bombeiros...o meu Pai tinha-nos levado a uma loja e disse-nos para escolhermos o que queríamos levar....escolhi o carrinho de bombeiros :))

...tinha tantos brinquedos e as minhas brincadeiras favoritas eram pôr fitas coloridas sobre camaleões, juntar gafanhotos em sacos e despejá-los sobre alguns amigos, fazer bolos de matope (lama numa língua nativa :), integrada num grupo de crianças, salvar animais que um vizinho maometano queria degolar ou assistir a filmes de bobine do Charlot, do Popey ou do Pato Donald (a paixão pela BD começa aqui :), coser peças de roupa sob a orientação da minha Avó (sei coser à mão desde os 3 anos de idade :)...
...vinda para Portugal, a vida, a ambiência, as gentes, os hábitos , os códigos de comunicação alteraram-se, mas o Natal não deixou de ser muito especial para mim, pois a Família (alargada :) sempre se me revelou um baluarte, mesmo que alguns elementos nela tenham entrado por engano (mea culpa! :) e tenham transformado alguns Natais em autênticos infernos...

...de qualquer das formas, a vida encarrega-se de filtrar as impurezas e de dignificar os Diamantes, daí que, hoje e sempre, façam parte da minha Família os meus Melhores Amigos, Aqueles que Amo e que me Amam...
...face a isto, creio que é meu dever supremo legar, no matter what, como eterna prenda de Natal à minha Filha uma Herança Simbólica que Respeita os Princípios Cristãos, enquanto fonte de atrito à objectivação humana de existências que rejeito e, mesmo, desprezo (eu sei- não é um sentimento muito bonito, mas é o que sinto e sei que tenho direito a tal postura...:) - a da Suprema Força dos Afectos sobre a venalidade da matéria, sobre a animalidade de posturas obscenas, degradantes e vis (perdão, mas não encontro outros qualificativos :)...
...essa Força foi-me transmitida, de forma elevada, mesmo em contextos árduos, e seria eu uma ingrata malvada se não a actualizasse comme il faut...não vou verbalizar os meus desejos, pois são uns autênticos clichés de discurso de final de concurso de misses, mas, sinceramente, não tenho outros...aos outros desejo apenas que todos os seus desejos se concretizem (desde que, como é óbvio, isso não implique o atropelo de direitos alheios...:)

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