Vários autores, de áreas tão diversas, advogam o empobrecimento das várias competências inatas (e necessitando de desenvolvimento sob pena de perecerem...:) do ser humano pela imposição do dogma racionalista de génese cartesiana. Defende-se, tb, que apenas se conhece 1% do cérebro humano, que várias das nossas capacidades inatas estão adormecidas por esta obsessão civilizacional secular de perscrutar o mundo pelo dogma da razão.
Como tal, tudo o que fuja a este paradigma é menorizado e rotulado de ignorância ou crendice associada à tradição, como se esta palavra não estivesse tb associada ao hábito de eleger como filtro da vida apenas a razão e os seus derivados e sucedâneos...sim porque se hábitos = costumes, tradições são meras repetições de hábitos...E se uma matriz é incorporada como única fonte credível de entendimento do mundo circundante tal manifesta-se em hábitos quotidianos na sua actualização corriqueira...
Todavia, a pós-modernidade, cuja génese se começou a afirmar desde a segunda metade do séc.XX, veio, de certa forma, implodir com esta visão asséptica da existência, valorizando as emoções e os sentidos como fontes igualmente válidas na percepção do mundo circundante. A globalização da sociedade de consumo e da emergência de um novo tipo de individualismo egocêntrico tb se afirmam como duas variantes fundamentais neste renovado "império dos sentidos"...Ambos os ideários detêm facetas positivas e negativas, vantagens e desvantagens...
Interessante matutar (aqui adora-se este verbo, porque matutar é muito mais do que meramente pensar... :) sobre a relevância da "teoria do caos", que é de tal forma perscrutável na relação entre acontecimentos históricos de grande calibre (?), tantas vezes catapultados por acasos mínimos da existência de personagens eleitas como protagonistas, quando, até, pelas suas características medianas, poderiam ter-se limitado a ser meras figurantes...
...interessante pensar que, no caso das maléficas, tirando os tais psicopatas detentores de um QI superior (?), grande parte eram e são, verdadeiramente, medíocres e quase patéticas nas suas frustrações de base (estou aqui a pensar no Hitler, no Mobutu, no Ceausescu... (talvez testas de ferro demoníacas descontroladas dos tais possuidores de QIs muito elevados e almas, igualmente, cruéis , sádicas e vazias, mas, calculadamente, meticulosas..:)
; enquanto que, no caso das Benéficas (Jesus Cristo, Madre Teresa de Calcutá, Gandhi...:), o caso muda de figura, pois Grandes Almas Fazem sempre a diferença nem que se Limitem a mandar flores ao mar por Iemanjá (passo a explicar, pois creio em Iemanjá como ser do Bem :) é como se dissesse :) nem que se Limitem a Actualizar um ritual num determinado momento :), até porque o mal vence a curto prazo, pois é instintivo, o Bem a longo pois rege-se por Princípios Imutáveis e pela Fé Inexorável num Árbitro, verdadeiramente, Omnividente, Omnipresente e Omnipotente, a Cujos Relatórios Transitórios e Finais ninguém escapa (ainda que persistam, por aí, tantas ilusões racionalistas. como se a Religião não Detivesse a Sua Lógica Inerente..:))......Ok, a relativização entre o Bem e o mal tb se impõe, pois todos nós temos uma parte solar e lunar (se bem que há claras preponderâncias :), porém, creio que a existência dessas duas Energias Puras É Inegável (manias! :)...
Ora, tais circunstâncias, juntas a uma miríade de outras da mesma natureza despoletadas em cadeia, clivagens determinantes, mutação de eras cronologicamente demarcadas, eclosão e consolidação de correntes filosóficas, políticas, estéticas e modos de existência colectivos estruturalmente interligados e, agora, mais do que nunca globalizados, fazem emergir e/ou revitalizar renovados paradigmas de percepção da existência...Interessante percepcionar que, não raro, filosofias ancestrais são recicladas em prol do tal bem-estar pós-pós-moderno egocêntrico, auto-centrado (ou mesmo auto-sentado :))
como, por exemplo o yoga ou a meditação, quando estes exercícios, se usados desligados dos Tais Princípios Tradicionais e Transversais pelos quais se regem, caem na auto-negação...De qualquer das formas, não se muda de paradigma de um dia para o outro como quem muda de sandálias ou botas e a consciência de que existem outras fontes credíveis de conhecimento do mundo, que não só as legitimadas pelo crivo exaustivo da razão como imperatriz, já é um grande avanço que pressagia um enriquecimento gradual na reabilitação da importância de outras competências inatas que nos permitem perscrutar a existência própria e alheia...Isto tudo para referir uma série que esta equipa adora :)
Seria tão bom que houvesse mais mentalistas (haver há, mas que fossem mais credibilizados (atenção :) tb deve haver testes do algodão para comprovar a sua veracidade, pois charlatães é o que há mais há para aí...o teste matricial é :) jamais um ser destes actuará em proveito próprio - se o fizer é porque não o é :)...talvez alguns mistérios (?) recentes tivessem, a tempo, sido desmascarados a Bem da Verdade e da Justiça (bem, esta acabará por ser feita (ou já estará a sê-lo?...:) por Aquele Alguém que ninguém engana, por mais (dis)simulações racionalistas de que se lembre...
Olhem, agora, acabei de ter uma epifania (plim!:), lembrando-me de uma frase que criei quando era adolescente :) "neste Portugal actual por crimes conspurcado, passa por herói o traidor e o herói como traidor é tratado..."...pensando bem, esta temática é in.temporal e inter.nacional -"o mundo às avessas" seiscentista o comprova...Lembrei-me, tb, que já escrevi uma série de perfeitos disparates sobre esta dicotomia entre razão e emoção, o que me faz ver que já dei alguns passos no sentido de não me negar a evoluir...obrigada, Mentalista, "you´re simply the best!"...
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