cuore busy nest

cuore busy nest : . "A ciência nada tem a ver com o inefável: ela tem de falar a vida se quiser transformá-la"Roland Barthes, 1958 (ed. 1997 : 183) : . "Os Céus Dispensam Luz e Influência sobre este mundo baixo, que reflecte os Raios Benditos, ainda que não Os possa recompensar. Assim, pode o homem regressar a Deus, mas não pode retribuir-Lhe" Coleridge (maiúsculas acrescentadas :)

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quarta-feira, outubro 13, 2010

: ) da emergência de(o) carácter :)

http://www.trespassmag.com/review-the-hedgehog/

Já nos debruçámos sobre a questão da tendência da feminização da sociedade portuguesa, mas , hoje, a propósito de uma conversa deveras interessante, surgiu a esta equipa (rosa haute couture, depois do rebranding :) a seguinte conclusão :) o carácter de qualquer criatura emerge quando a máscara da retórica apócrifa desaparece e a mácula da acção se revela na sua plenitude algo desconcertante, mais, toujours, um cliché entediante...o que queremos dizer com isto? Que, quando a inteligência não basta para uma argumentação válida, porque elevada, o nível da conversa é-lhe directamente proporcional...Temos já tantos case studies que já podemos afirmar uma teoria...

whose self enlightening lamps ©?

E o que tem isto a ver com o estado da nação? Tudo, porque se alguém se atreve a, no espaço público (?), afirmar a sua individualidade livre ou a criticar (no sentido elevado do termo :) algumas tão doutas opiniões dos rebanhos de pensamento dominantes, abre-se a artilharia da baixaria com base em calúnias em regime de projecção em espelho- e ai do alvo que se atreva a querer defender os seus pontos de vista face a tão elevado verbo!, ui...o povo só é querido quando unido para nos bajular ou para nas suas dinâmicas vulgares nos inspirar (estes estetas adoram ambiências duvidosas, mas só em dias de festa! :) ...nada de espantar... Como diz o Professor José Gil, o espaço público, neste país, é uma miragem, na sua entropia obstaculizante e estagnada...


whose so symmetric and entropic lamps ©?

" A não existência de um espaço anónimo de devir das ideias e das obras retira, além do poder de criação, o dispositivo necessário (a mediação) que dessubjectiva o discurso e impede o choque dos "sujeitos". Se, na maioria dos casos, a crítica, em Portugal, descamba no insulto pessoal, no embate imediato de dois "fulanos" - ou no elogio sobrevalorizante- é por ausência de um terceiro termo que medeie a relação dos dois interlocutores (...) Porque na sociedade portuguesa actual, o medo, a reverência, o respeito temeroso, a passividade perante as instituições e os homens supostos deterem e dispensarem o poder-saber não foram ainda quebrados por novas forças de expressão da liberdade" (Gil, 2005 : 31, 40).


Ou seja, tais como os yuppies dos anos 90 foram os herdeiros dos falsos hippies (hippy que é hippy é-o toda a vida, nem que se torne chic :), em Portugal, alguns dos mais ferrenhos anti-salazaristas são os seus herdeiros por excelência... e, assim, continua a procissão que vai sempre no adro em direcção ao Terreiro do Paço para mais umas fogueirazitas ateadas por pirómanos que adoram Noites de Cristal recicladas, ainda que propaguem aos sete ventos a liberdade de pensamento (a deles, claro está! :) como sua amante eterna...apre! "Lá vamos nós cantando e rindo, água fria da ribeira, levo um gaiato aqui dependurado..."

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