...a sociedade de consumo expandiu egos que, já per se, inchados, passaram a julgar-se intocáveis, pensando que bastava carregar-se num mero botão, tipo Espaço 1999 (ou seria no Star Trek ? :) e sair um hamburger do McDonald´s, um café Starbucks, umas calças Pepe Jeans, umas sandálias Jimmy Choo, Manolo Blahnik ou umas botas Fly London (e não me interpretem mal, o fascínio pela moda, en especial por sapatos, pela Haute Couture sempre me acompanhou- uma coisa é admirá-la como Arte outra bem diferente é vender a lama , ai! :) a alma, por uma peça ou ajoelhar-se perante algum ponto de venda seja do que for...:), uma viagem às Caraíbas ou um cabriolet ou um SUV...criaram-se gerações objectivadas, obcecadas pelo luxo, pela fama, por grandes fortunas, pelo fenómeno "I Want a Famous Face", gerações com um V na testa que destroem Laços Afectivos pela matéria que idolatram, que abandonam, nas férias, Pais em asilos, para lá ficarem eternamente sem nunca os visitarem, que abandonam animais que compram pela marca, ai!, pela raça, para voltarem a comprar outros no início da nova saison mais do que silly ignóbil, que encaram os outros como meios ou objectos descartáveis, que usam e são usados com a maior das naturalidades... gerações que nem sós conseguem estar pois foram tão projectadas para o desenvolvimento de tudo o que é exterior que o estarem sós remete-os para um vazio incomensurável e insuportável...
...obsessão pela fama estimulada por Pais que passaram a ver nos seus Filhos potenciais futuras fontes de rendimento tipo o fenómeno Brooke Shields que, aos 10 anos, com a anuência da Mãe, foi fotografada de forma indecorosa para uma Criança daquela idade...o mesmo se passou com o escândalo do momento da Vogue......a sacralização do vil metal e da euforia pelo acrónimo VIP passou a ser tal que, agora, ironicamente, é a própria sociedade que os colocou num altar que se vai ter de saber reciclar-se e fazer Levantar Valores mais Altos, senão será, inevitavelmente, The End...pensam que todos estes sobressaltos são casuais? nem pó!!! :) trad :) ni pensez pas...vários avisos têm sido dados este ano (aliás, desde sempre... :)...O Faraó Tem Mandado Passar a Liteira com o morto pela Cidade várias vezes, para que nos apercebamos todos da indispensável assunção da nossa mortalidade (que, não, não é dirimida por cirurgias plásticas (by the way, já estou a precisar de uma, pois em 3 anos envelheci 10...:) nem pelo poder da Caixa Forte do Tio Patinhas, mas por reconversões internas...:), da nossa pequenez perante a
Dimensão de Um Universo Estrelado, da Elevação das almas ao Eterno, mas teimamos em idolatrar ídolos e brandings de lata...continuemos pois...PP1 :) by the way, a alguém que está far, far away :) a menina escreveu tanto sobre o medo alheio que o atraiu- aprendeu algo com isso? espero, sinceramente, que sim e que tudo fique melhor por aí (Londres é a minha cidade favorita e desejo aos outros o que desejo a mim e aos meus (não gosto da expressão de posse, pois "ninguém é de ninguém", prefiro dizer "aos que Amo" !:)...como implícito no seu último magnífico texto :) é sempre tão fácil lidar com as tragédias alheias lá bem longe...é tão fácil lançar bitaites sobre o que luckly se desconhece...
PP2:) o que estranho em tudo isto é que algo me diz que num mundo onde as disparidades socioeconómicas se estão a acentuar, as maiores teorias só se foquem na análise epidérmica, de superfície...será medo ou parceria? será apatia ou entrópica afasia?
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