Vamos por partes (salvo seja, que isto de falar em partes nas eleições americanas é sempre terreno pantanoso!). Ladies first:
(a) A Hilária Clintónis é uma cachopa simpática, até as crianças gostam dela e lá diz o povo- a verdade está na boca e nos gestos das crianças:
However, a sua vida familiar dá ideia de ser estável e bastante monótona, por sinal (fundamentalmente, desde que a Mónica Linguisky se eclipsou e construiu vida própria, talvez, com os royalties das descrições mediáticas das suas operetas tão dignificantes para o género feminino- bem, o Bill também não pode falar muito!):
Ai, credo, que o homem ficou com o estigma colado ao ego (ou terá sido ao self?). Ó Hillary, my darling, do something quickly, your half-face is in need:
Para além do mais, tem apetrechos que faltam a muitos homens (até too much (eu juro que não estou a fazer de propósito (fingers crossed)), pois pode-se dar ao luxo de os deixar cair) :
Hilária Clintónis é, assim, uma óptima candidata a Rainha dos EUA:
Por tudo isto, João McCanária poderá bem ser o próximo soberano dos EUA:
Mas, voltando ao nosso leitmotiv, Oh Buuum tem, assim, alguns vícios sócio-culturais um pouco híbridos e não muito saudáveis, o que, se por um lado, é bom, por outro, é mau, como diriam alguns analistas convictos da nossa praça que, nestes tempos de efeito de estufa, se tentam resguardar tanto da chuva como do sol, à boa maneira lusa e tansa. Todavia, de uma coisa Oh Buuum não se livrava se estivesse em Portugal- de uma visitinha da Azá e de uma reprimenda da Brigada da Salvaguarda dos Bons Costumes (BSBC), da qual, aliás, fazemos parte nós ambas as duas (mentira!):
Mas Oh Buuum é pacífico, até porque os Clintónis abusam da sua bondade, simpatia natural e vaidade descomunal. Oh Buuum é, no fundo, o mais pós-moderno dos candidatos- a aparência da sua postura é muito mais forte que alguma substância profunda perscrutada nas entranhas... Ele conjuga simpatia espectacularizada, traços étnicos esteticizados e slogans curtos, simplistas e bombásticos.
Oh Buuum, de fato e gravata, é um gentleman, apesar do seu humor e alegria contagiante conseguir, mais facilmente, pôr em polvorosa a Hilária, do que alguma vez a Mónica Linguisky almejou (ela surge na foto a rir, mas é daqueles risos à Nem Mesis nem Pesis, quando perde a sua mítica serenidade e autocontrole: "eu torço-te o pescoço, Narciso africanizado, como ousas entrar no terreno de uma ego-autocentrada-narcísica bombástica germanicamente autocontrolada como eu, uma musa de mim própria? Sou eu a rainha da cocada preta, eu pertenço ao grupo dos giraços, tu ao dos palhaços, ouviste? Olha que eu sou como Nêmesis, a deusa da retaliação, perdão, da retribuição, filha da deusa grega Nickles (em grego Nix, em russo Niet, em Papuês Ninaninaninanina), a personificação da noite que, por geração espontânea (já não há mulheres como esta! Dava tanto jeito para o aumento da taxa de natalidade!), deu à sombra as seguintes divinimaldades (entre outras que não vêm a propósito- nós somos assim, somos muito subjectivas): Moros (as Sortes), Kera (a deusa que escolhe o tipo de morte de todos nosotros no final dos nossos dias- uuups, já fui...), Thanatos (o deus da Morte- uiii, afasta...), Hypnos (o deus do Sono- ahh, assim, está melhor...), Oniro (o deus dos Sonhos-ah, já cá faltava algum positivismo anti-positivista), Momo (o deus do escárnio e do mal-dizer- barh, que nuejo!), Oizos (a deusa da miséria- "ai, quem é que me acode?" Tonicha), as implacáveis Moiras ou Parcas (Deusas do destino- "ai, quem me vai acudir?" Tonicha), Apáte (o deus do engano, da fraude- ai, as multas, perdão, "as pulgas, são tantas, são tantas as multas, ai, credo, pulgas, que já não podemos dormir" Tonicha ), Geras (o deus da velhice- só nos resta envelhecer...Ai, ai, ai, que sina!) Éris (a deusa da Discórdia- credo, lá bem longe...) Limos (a deusa da fome- uiii, às vezes dá jeito na saison Printemps-Été...), Ênio (Belona, a deusa da carnificina- brbrbrbr...bahg!) Lissa (a deusa da loucura- pronto, nem está mal) e Caronte, o barqueiro do temível rio Aqueronte, cujo ofício é transportar as almas dos defuntíssimos do mundo da vida para a escuridão da morte (credo!), Lete, o esquecimento (às vezes dá um jeitaço!), Até, (o deus do erro (e eu que pensava que a deusa do erro era a Errata!) e, blast, but not bleast, como diria a nossa star espectacularizante (passo o pleuranasno, perdão, o pleunasmo) de serviço- Vaca Gallo RSE-, a deusa mais bombástica: Ftono (a deusa da inveja- bagh, que degradação!).
"Credo, saravá, saractuti, afasta de mim essa La Palisse enegrecida", diz Oh Buumm, enquanto conduz a sua D. Elvira, ao som de um hit parade kizombístico! No entanto, replica de si para que si próprio:"Porém, todavia, contudo, os meus genes africanizados e a minha indigestão perante a sonsise hipócrita disfarçada de serenidade resistem: "venha ela, vamos, lá Hilária, vamos ver quem ganha. Vá lá, chova lá a D. Elvira, para ver se caio na ribanceira! Vê lá, não caias tu- isto de mexer na caixa de Pandora tem a sua ciência!"
Todavia, Oh Buuum tem um handicap- tem o cabelo muito forte e fértil, por mais que o corte, a trunfa cresce-lhe à velocidade de um bip-bip. Como tal, pode-lhe dar, no futuro, para acentuar, ainda mais, o seu discurso e traços distintivos marcados e o resultado não seria brilhante, embora eu julgasse um must ter um afro-americano de juba na Casa Branca- seria uma ironia histórico-cromática espectacular:
Mas, porém, contudo, há já quem diga que dizem que diz-se que Obama já foi influenciado por Hilária para mudar de corte e de tom, optando pelas sempre benéficas nuances (Valha-nos Santo Pilum, Protector dos Cabeleireiros e Peruqueiros):
Bem, aqui está a minha opinião, plena de frontalidade e sinceridade, assente num conhecimento assaz profundo deste fantástico espectáculo de qualquer eleição- seja americana, seja europeia, seja lusa e tansa (just joking!). A natureza humana e a ânsia pelo poder são universais, mas tenho de reconhecer que os americanos sabem fazê-lo com garra e estilo (as eleições!)!
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