VG: Ó Belita, a Kiduxa estava a dizer que você está sempre magrérrima, mas tal não corresponde à veritas, veritatis, pois a menina, nessa película lanzarotiana, revela o aumento de uma porção generosa de peso num curto espaço de tempo! Foi por isso que pôs aquele ar nº 84 de refugiada, ao pé de uma paragem de autocarro da Cruz Roja? Os nervos por estar ao pé do Sara o Mago fizeram‑na vingar-se nos acepipes vulcânicos, foi? Olhe, dou-lhe um conselho- se assim é, afaste-se de destinos como Tuba, Ruça, Venenozarzuela, Sim babo É e afins, senão de Barbie passa a atleta de sumo em 3 tempos.
Quanto ao temperamental escritor Ai que Lindo Ribeiro, que nasceu em Carregado de Tábua Rosa, concelho de Senão Serre, e que viveu alguns tempos em Santo Amaro de Olheiras (de 1920 a 1927), no Largo da Misericórdia, admiro-o muito! Sinceramente! Admiro quem teve a coragem de ser revolucionário nos tempos que doía. Agora, é fácil ser-se Verde, Eu Femina e andar a destruir campos de milho trans-higénico nos campos dos outros, que os do papá, esses, são para serem respeitados, e ai de quem os pise ou moleste, lá se vai o espírito reivindicativo e a totalização que se lixe, que eu preciso do vil metal do papá para viajar muito e tornar-me um grande cidadão do mundo e um eminente intelectual de esquerda, para além das roupas de marca alternativa, bem caras por sinal, de que necessito para dar aquela imagem de cuidadamente descuidado! Mas, naquela altura, os instintos carbonários doíam tanto ao odiador como à coisa odiada, já dizia o nosso Poeta. Aliás, transformava-se, literalmente, o odiador na coisa odiada em ambos os sentidos! Bem, creio que o Ai que Lindo Ribeiro nunca acertou na coisa odiada (ia até acertando em si próprio, auto-rebentando-se como aconteceu aos seu dois camaradas fulminantes!), mas houve outros que, para mal dos nossos pecados, tinham boa pontaria! E lá se foi o nosso querido D. Carlos, que bem falta nos faz, mais não seja pelo seu cosmopolitismo e educação consolidada, hoje em dia tão defraudados neste nosso canteiro de cravos murchos!
Ó Belita, po falá nisso, ouvi dizer que o seu tio avô- o Padre João Metello foi conselheiro do Rei D. Carlos- é vedade? Então é por isso que você não apecia as fulminâncias, ou será pelas suas memórias mais fulminantes da FrePrimo em Moçambique, quando lhes dava na veneta de querer rebentar à bomba, ou à base da metralhadora e da catanada essa sua linda figurinha, na altura em forma infantil, juntamente com vinte e tal crianças suas amigas? Deve sê por isso que você faz, po vezes, aquele ar nº 97 de guerreira africana a puxar para o leoparva! Ó mulher, você, às vezes, parece o mio primo touro Manuelito, não há quem a agarre na arena, vai sempre em frente, nem que leve com uma forquilha na espinha e uma bazuka nas têmporas, mesmo assim, continua! Um grande olé e um grande "Frelimo Azatua Mçambique, Spinola, Spinola Azaguea Mçambique" pa si!
Mas voltando ao touro quente, o Ai que lindo Ribeiro era um homem hirto e rijo, mas não como as barras de ferro que decepou com a serra de roda, ao som de um gramofone, que dissimulou o ruído, quando fugiu da cadeia de Vi o Seu. O senhor era um radical fulminante! Aposto que, se vivesse hoje, ou pertencia à Brigada de Minas e Armadilhas da PVP (Polícia de Vigilância Pública), ou era fogueteiro, ou ainda poderia ter optado pelo espectáculo circense de rua, frequentando aquela maravilhosa escola Já Apitou- ia adorar conviver com a directora, a Teresa Ricochete! Mas que não deixasse de escrever, pois até o próprio Sal e Azar o achava um óptimo escritor!
Sendo assim, acho muito bem ele ficar a repousar no Pão do Teão, já que andou em tantas canseiras! E olhe que os espíritos fulminantes cansam muito, principalmente o sujeito! Até porque acho uma ideia que revela uma inteligência muito pragamática e fomentadora da paz e da concórdia mundial, que nos livra de fulminâncias beligerantes mais explosivas e arabescas, uma vez que todos os seres fulminantes, a partir de agora, se sentirão simbólica e analogicamente homenageados e, certamente, que não vão querer rebentar com pedaços de um país que, embora em retalhos, elogia oficialmente a fulminância e o gosto pelo lado explosivo da vida!
Só não pecebo uma coisa- pessoas que andam numa canseira a condenar as fulminâncias presentes e ao mesmo tempo idolatram a fulminância petérita. Ah, já pecebi- é que as fulminâncias petéritas já não podem rebentar com os nossos tão amados corpinho, grandes popiedades e mansões de luxo e carros último modelo! De facto, as fulminâncias ficam sempe bem no passado- dão um toque exótico!
Ai que Lindo Ribeiro, onde qué que teja, e espero que não nas malhas de Vulcano, um grande PUUUUUUUUUUMMMMMMMMMM pa si desta sua fã Vaca Galo! Aproveito pa lhe dizer que ia adorar Lanzarote- podia tetuliar com o nosso querido Sara o Mago ao som de bombas vulcânicas! Seria uma catase pa si e pa todos nós, seus súbditos militantes!
Sua Leviandade, o que pensa de tudo isto?
E Belita, o que responde ao intelectual, creio que de esquerda, que a apelidou de Jessica Sim PSom lusa e que sugeriu que, se a menina se dignasse a chamá-lo de Tarzan, ele ensinar-lhe-ia qualquer coisa de geometria (agora não me lembro bem o quê)?
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