cuore busy nest

cuore busy nest : . "A ciência nada tem a ver com o inefável: ela tem de falar a vida se quiser transformá-la"Roland Barthes, 1958 (ed. 1997 : 183) : . "Os Céus Dispensam Luz e Influência sobre este mundo baixo, que reflecte os Raios Benditos, ainda que não Os possa recompensar. Assim, pode o homem regressar a Deus, mas não pode retribuir-Lhe" Coleridge (maiúsculas acrescentadas :)

main images source :) we heart it ©

terça-feira, julho 31, 2007

Boas férias once more...




segunda-feira, julho 30, 2007

Mil perdões...Picareta


IAM: Ó Picareta, mil perdões, mas quando me enviou as fotos das Tias das Lezírias eu procurei o seu blog na net e deparei-me com este: http://dedonaferida.blogspot.com/. Daí que o apelidei de Valium, pois é esse o pseudónimo do colega titular deste blog. Mas afinal, agora diz-me que me enganei. Pronto, aqui está o engano desfeito: Ó Vaca Galo, esta também lhe diz respeito- o blog do amigo que lhe enviou as fotos das suas primas ribatejanas que, segundo você, são umas alienadas reprimidas exploradas pelo patronato, é o: http://dedonaferida.blogs.iol.pt/. E ele não se chama Valium, mas Picareta! Apre, que transição- de um sedativo para um instrumento calcinante!
E, já agora, Picareta, muito obrigada pelos cognomes que me atribuiu de "Beiroshima", ou "Aceleradora de partículas". Eu, de facto, sempre fui um pouco kamikázica e a lentidão e a longa permanência nos mesmos contextos enervam-me! Enfim, idiotassincrasias, como diria a nossa amiga bovina pós-modernamente engalanada! Também lhe agradeço o facto de não associar o amarelo capilar à solidão de um neurónio, como aqui a nossa amiga de negro pintalgada e Sua Leviandade costumam fazer comigo. Eu qualquer dia apanho-os a dormir e pinto-os todos de loiro e depois quero ver como é que eles se aguentam no lado Loiro da vida! Ouviram, seus rançosos? O Picareta conseguiu desconstruir o estereótipo que vocês me querem colar à força na front page! Obrigada, Picareta, sempre é bom saber que nem toda a gente só vislumbra o invólucro e se orienta por preconceitos símios! Um grande saravá para si. Que Iemanjá mas não Manjou o acompanhe sempre...


E você Caca Galo, digo Vaca Galo, não sabia que as boas árvores dão às vezes frutos podres e que o contrário também é válido? Eu tenho lá culpa das trips maradas dos meus antepassados? Eu estou noutra, ma chérie! Eles são os antepassados de Isabel Martello, mas se calhar na outra reencarnação vou nascer nos antípodas, na Austrália, por exemplo. Ai, isso é que era um sonho! Por favor, Meu Cosmos, não me Faça renascer portuguesa, que seria um martírio! E aí os meus antepassados já serão os condenados ingleses que lá aportaram...Ah, e Meu Cosmos, Faça-me renascer outra vez mulher, ser homem deve ser cá uma chatice, só pensam numa coisa de cada vez, que pasmaceira! A propósito, vou fazer um post it com um email super-giro que recebi de um amigo que me entende...

Belita, o seu primo tantan Nero foi absolvido pelos intelectuais italianos...



VG: Ó Belita, eu sei que já tínhamos todos ido de férias, mas não resisto, até porque é uma boa notícia! Estava aqui a ler o jornal Expresso deste último sábado e descobri uma pérola: uma notícia na página 32 do caderno principal intitulada "Roma volta a julgar Nero e Tibério". Fantástico, Belita! Parece que o passado do seu antepassado, juntamente com Tibério, foi julgado por um bando de intelectuais italianos (não sei se de direita se de esquerda, se bem que em Itália deve valer o mesmo pressuposto que em Portugal: que só a esquerda tem intelectuais!), que constituía o júri do evento, e por 1200 espectadores. Parece que o seu primo alucinado foi absolvido pelos intelectuais e condenado pelo público pelo crime de ter mandado incendiar Roma. O título da notícia poderia ser: "Nero: acusado pelo vulgo ignorante, mas ilibado pela intelectualidade iluminada, mas não incendiária". Apesar de ter 4 queixas contra si (contra o louco alucinado, não contra si, Belita), a criatura inflamada, mas não inflamável, foi perdoada pelo júri pela imaturidade dos seus 17 anitos, quando da sua proclamação como imperador. Coitadito do cachopo, advogaram que ele "vivia num mundo infantil"... Olhe se desse a todos os nossos governantes que vivem num mundo infantil e que gostam muito de jogar ao Monopólio e ao Jogo da Glória para incendiar Lisboa! Credo, adio, adieu, aufiderzen, goodbye...Como dizia o José Cidra! E o mais engraçado é que, se fossem julgados num tribunal igual ao italiano (já o nosso Obelix dizia: "estes romanos são loucos!"), o resultado seria o mesmo: seriam condenados em massa pela população e ilibados em jeito de traça pelos intelectuais (de esquerda ou de direita, conforme de quem se tratasse- ah, mas já me esquecia- em Portugal só existem intelectuais de esquerda! Quando Deus Distribuiu a intelectualidade em Portugal Virou-se para a esquerda e disse: a vocês o intelecto; depois, Virou-se para a direita e Postulou: a vocês o silêncio, que se vai cantar o fado! )
Por outro lado, veja, agora tudo faz sentido- daí o elogio e a admiração do Eduardo Finta, arre abóbora, Pinta as Torres, ao e pelo seu passadíssimo primo. É que o Eduardo é muito trendy, está sempre a par das últimas tendências da moda intelectual.
Nós por cá, também poderíamos ter um tribunal desses relativo aos nossos anti-heróis pretéritos, mas em versão televisiva para ter mais impacto e para satisfazer o nosso Eduardinho Finta, ai, ai, Pinta as Torres, que gosta tanto de ver "o circo a pegar fogo"- em vez dos Grandes Portugueses poder-se-ia chamar: O Tribunal do Canto Azul do Ofício. A querida Maria Alisa ia gostar muito de apresentar o programa.


E digo-lhe mais- sabe quem fez de Nero no Quo Vadis (que é como quem diz : quem és tu, donde vens e para onde vais, estrangeiro alado? (esta é a tradução literal, imaginem a parafrásica!!!) foi um inglês descendente de russos: o Sir Peter Ustinov que, nascido em Londres a 16 de Abril de 1921, se gabava de ter sangue suíço, etíope, italiano e francês, à excepção de inglês. Bem, ele seria agora um hit parade lá pelas hordas bombistas anti-ocidentais!


Lá está você com o seu karma, a Martello sem foice cujo antepassado inflamatório foi representado num filme de Hollywood por um russo! Niet é uma ironia do destino? Perestroika!
E há mais: sabe quais eram os nomes dos assessores da criatura imperial pirómana? Burro e Séneca! Ora tome, sua deslumbrada!
Mas tenho de reconhecer- que os seus primos antepassados estavam sempre na crista da onda ou da chama, conforme as perspectivas, do Império Romano, lá isso estavam! Já o outro- o Metello de Simber, ou Timber (será também o antepassado dos donos da Timberpand?)- ajudou a assassinar Júlio César. Sim senhora, que antepassados tão bonzinhos que você tem, umas criaturas muito pacíficas e lúcidas, sim senhora!

quinta-feira, julho 26, 2007

Bem, a silly season chegou...



VG: Bem, como a nossa companheira silly season já chegou, já não precisamos de estar no ar virtual. A todos os que nos acompanharam neste projecto experimental um grande saravá.

Pedimo-vos- não nos olvidem, não nos achincalhem, aproveitem a água salgada para expurgar as feridas que se foram acumulando durante o ano...Olhem, digo-vos mais- tentem ser picados por um peixe-aranha para ver se veneno vos estimula a carótida!

Voltamos em Setembro num computador perto de si, para se descontrolar perdidamente....

Ó Belita, você já foi, não é? Para variar, é logo a primeira a pisgar-se sabe-se lá para onde!

Boas férias e não apanhem demasiado sol na testa- há estudos científicos que correlacionam estas duas circunstâncias à perda de consciência... Se bem que vos digo: por vezes, perder a danada da consciência faz um bem à pele! Caramba, num país onde o inconsciente colectivo é "que mais ordena" pobre de quem só se orienta pela sua consciência! Está feito, é devorado vivo e nem sobram as espinhas! É como aqueles peixes do sertão do Padre Ah António, que Pieira- muito grandes em essência, mas pequeninos na aparência, que se convertem no aperitivo da marabunta esfomeada de lógica invertida: essência mignon, aparência píton!

quarta-feira, julho 25, 2007

As chamas em directo num espectáculo exclusivo dantesco e draconiano!



Cortesia: sócio nº 57 da Associação Portuguesa de Pirómanos Anónimos
Chama nº 8
Locus horribilis: mata nº 7, subsecção 6, arbusto 2.765
Locus de aprensionis de socius anonimus: km 9,9 da IC 13
Transportibus: motus cicletus

Doong....rong! Foi o pirólogo Eduardo Finta, digo, Pinta as Torres! Hip Hip Hurra!

VG: Dooong....compity roong! Não acertou!!! Não acertou!!!! Não acertou!!!

Foi o fantástico, o explosivo, o pirólogo mais importante da nossa praça pública: o Eduardo Finta, perdão, Pintas as Torres!


Aqui vai a entrevista, fresquinha como se fosse acabada agora de pescar e queimadinha como se as fagulhas que já nos apoquentam já tivessem nela começado a lavrar. Viu Sua Leviandade? Andava a prometer-me um contacto, uma palavrinha, e eu cheguei ao Príncipe das Chamas sem o seu dedinho mágico...


Em exclusivo e só para este este espaço inormativo autoflagelante, esta Vossa Vaca Galo, a repórter mais sensacionalisto-espectacularizante, que alarvemente se aproveita do seu estatuto de VINP (Very Insane Non-Person), leva até ao "sacrossanto recanto do vosso lar" (Sinhozinho Malta ©) :

A entrevista impossível, explosiva, completamente incendiária de moi a il, o alvo das minhas investidas bovinas- Eduardo Finta, ai, credo, digo Pinta as Torres- o crítico televisivo mais corrosivo da nossa praça pública.

VG: Eduardo Finta, perdão- foi um culapsus linguarudus-, Pinta as Torres, amigos seus descrevem-no como um homem frontal, como é que o Eduardo se descreveria?
EPT: Como um crítico cáustico, abrasivo, acutilante, corrosivo.
VG: Apre! Parece que está a descrever um produto desentupidor de canos!!!
EPT: Mas, minha querida, é exactamente isso que eu sou- um desentupidor implacável de canos, dos outros claro, que os meus, apesar de entupidos pelo cotão do tempo, cá se vão desentupindo por si. A mim ninguém me desentope, só me entope.
VG: Ó Eduardo, e o que me diz da argolada relativa aos incêndios? Por que o disse, quais as razões que o levaram a escrever uma crónica tão incendiária?
EPT: Minha querida, já viu a beleza das chamas amovíveis a devorar aquelas matas e aqueles matos imóveis? Não acha sublime este quadro dantesco? É um espectáculo imperdível e a RPT (Raia Portucalense de Tele Visão) fez um mau serviço ao não mostrar todas as chamas a devorar este nosso país! Eu contei-as a todas e faltaram‑lhe mostrar umas 2.800!!! É um sacrilégio, não acha?
VG:Bem, o Eduardo não terá uma veia de pirómano? Pelo menos, de sádico. É que antevejo qualquer coisa de incendiário na sua voz e o seu olhar, para variar, está baço e gélido!!! Já viu a óptima dicotomia fogo/ gelo? Eu sou o máximo!
EPT:My darling, eu sou muito mais máximo que você, criatura menor- eu sou como Nero, a única diferença é que as minhas crónicas não incendeiam Portugal, mas quero ver pela TV Portugal a arder e que não seja sempre de febre do reumático!!! Os fogos estivais nas nossas florestas mostram a nobreza do nosso carácter, a grandeza da nossa alma lusitana, o português é como Prometeu ao resgatar o fogo aos deuses, só que, como nunca ninguém se responsabiliza pelo que quer que seja, este ser sublime jamais poderá ver os seus fígados a servir de repasto eterno a uma ave de rapina. Ou seja, o português é o máximo- queima ou manda queimar, mas nem os deuses o apanham!!! Agora veja- se somos os que contactamos com mais frequência com o espectáculo sublime do fogo, pois que o mostremos na sua integralidade para que todos fiquem a conhecer a nossa veia heróica, a nossa impotência perante a força da natureza arrasadora das chamas! E o que fez a RPT, sim, minha querida, o que é que essa instituição anti-inflamatória, que me deu guarida durante tantos anos, fez? Privou‑nos desse magnífico trabalho desconstrutivo das chamas!
VG: Muito obrigada pelo sublime, mas "seus fígados"? Olhe que os meus fígados não são para aqui chamados, eu gosto muito de me manter ao fresco, odeio caloraças! Quando faço reportagens sobre os fogos festivais faço como o Artur Al Parra da Rã- digo: "Daqui Vaca Galo, algures muito, mas não demasiado, perto de uma mata a arder!". E tenha cuidado com a Belita quando fala do Nero- sabia que ela descende desse tantan? Olhe que ela parece uma lady, mas quando lhe atacam a ascendência, volta às origens e converte-se numa leo parva! Adiante, mas prometeu o quê Eduardo, quem e o que é que lhe prometeram? Bem, como o seu discurso já se está a tornar um pouco helmético, vamos saltar para outra questão: diga-me, agora, qual a sua opinião sobre o relatório da ECR (Entidade Calcinante da Ruminação)?
EPT: Esses ignaros- se eu estivesse num júri de Doutoramento, a Professora Doutora Desterra o Mano seria sumariamente executada (digo chumbada) por mim, um Mestre das chamas, eu que gosto tanto de ver “o circo a arder”! E garanto-lhe que, se este nenhuma chama já tiver, lá porei um fosforozito!
VG: Irra, ó Eduardo Pinta as Torres, a sua língua é mais do que comprida! A sua mãezinha besuntava-a com frequência com picante? É que você é uma cuspideira por excelência! Nem sei como é que ainda não o contrataram no programa “Doutor, Faça de Mim um Esplendor!” como ácido dos liftings! Eu dava-lhe um conselho- bocheche à noite com um pouco de Pim Pam Pum esverdeado- vai ver que lhe passa essa ardência!

EPT: Não me fale nisso, que fico logo de vermelho manchado! Tenho a língua tão macerada pelo seu incontinente uso e por mazelas antigas provocadas pelo "axar indiano" que os meus tios traziam de Moçambique- olhe a terra dessa leo parva aloirada armada em fina que tem como interlocutora!

VG: Mas, Eduardo, tem consciência de que, agora, o terreno já está arado e poderá semeá-lo? Para quando a publicação de um livro sobre a temática do fogo? Por exemplo, poderia intitulá-lo: "A Tragicomédia Epopaica Inflamatória da Mata Portuguesa: a Renegação da sua Nobreza Prometeica pela Falácia Informativo-televisiva de um Canal Generalista". Tinha impacto, era capaz de vender bem! Olhe, não era o único a perceber as vantagens de um bom escândalo, de uma boa querela no espaço público, de uma boa celeuma inflamada, de uma boa polémica incendiariamente exacerbada! É que, hoje, com o relativismo e a indiferença que por aí "são mato", como diz a Belita, o rubro do negativo é muito mais lucrativo do que o pastel do positivo. Au re toi, Eduardo Finta, ai, Pinta, as Torres, desejo-lhe os maiores sucessos nos seus projectos inflamatórios e os maiores desaires nos seus anseios pirómanos!

Bem, meus caros leitores, continuem a seguir as nossas pegadas que nós levá-los-e-mos se não ao inferno, pelo menos a um alerta laranja, onde o termómetro rebentará de tanta chama incontida!
Não se esqueçam de um dos nossos provérbios preferidos: “Não se põe o lume ao pé da cachopa, que ela pode queimar-se e levar a aldeia com ela!”


Cherioo!!!



Copyright: Isabel Metello Coopyleft: Me, Myself and I

Diga lá...

IAM: Uii, estou a tremer de medo!

Não, criatura, marchand é a palavra francesa correspondente à portuguesa negociante, aquele que tem como profissão comprar e vender obras de arte, jóias, sapatos, sei lá, tanta coisa que há para se vender! E a palavra no feminino escreve-se marchande!

Diga lá, chérie, acabe com o supense espectacularizante, só você inteirinha é uma estratégia de teasing a priori. Olhe que eu hoje não estou com muita pachorra para a aturar, mas vou tentar adivinhar: foi o Sara o Mago? Foi o Professor Sou Eduardo Logo Penso?

Pirosa afrancesada...

VG: Claro, já cá faltava a piroseira afrancesada e alatinada. Eu já lhe disse que eu sou uma criativa linguística e assunto cerrado.

Ó Belita, não caia do salto, que se magoa, o chão é duro, como duros são os meus corninhos esteticamente depurados!

Olhe, até era bem chique ter vindo num contentor! Aposto que o José Preto por Branco ia achar um piadão- dias e dias metida num espaço di minuti, sem ar, completamente extasiada, junto de relíquias exóticas, a cheirar a cá pinga! Cá para mim, em vez de se dedicar às pirosadas que lhe dão uma imensa trabalheira, tinha-se tornado (adoro esta palavra, pois também significa fura o cão!)uma marchand de arte. Por falar nisso, marchand é aquele que marcha? Então, foi por isso que o nosso ícone bronzeado foi para aquele "nulality show" marcial.


Mas, mudando a cortina, você não imagina quem é que eu consegui entrevistar...Vai-se roer de inveja...até as unhas dos seus dedos dos pés vão ficar dilaceradas!

Despacho-a em correio azul para o Zimbabwe...

IAM: Você não seja atrevida, não ultrapasse a distância de segurança, sua surucucu engalanada, não troque o nome a Moçambique, não me queira meter num contentor, que eu despacho-a em correio azul para o Zimbabwe (antiga Rodésia) e aí experimentará a famosa hospitalidade mugabiana e verá como, em solo zimbabweano, os vocábulos hospitalidade e hospital provêm do mesmo étimo latino! Vai ver como o nosso amigo Mugabe é tão bonzinho e tolerante! Olhe, faça uma reportagem sobre os ataques aos antigos fazendeiros caucasianos que fugiram para Moçambique e ficará logo a saber a ternura que o nosso amigo Mugabe emite por todos os poros e orifícios! Garanto-lhe que não passa da gare do aeroporto- este senhor reduziu o seu país a uma miséria tal que você era logo ingerida viva pelos comissários e hospedeiras de terra!
Quanto à ambiguidade da palavra pátria, minha cara, deixo-a ao critério da sua massa encefálica encolhida- o que será em vão, mas enfim! E, já agora, é Moçambique, amá-la, s´il vous plaît, nécessaire,lingerie, maquillage e taxa, sua mente abovinada! Com um grande tacho dava-lhe eu nessas protuberâncias córneas!

De que pátria fala?

VG: Ó Belita, estou um pouco confusa, a sua verborreia poética baratinou-me- quando fala de fugir da pátria por tanto a mala, de que pátria fala? De Motrambique ou de Portugal? Queira esclarecer-me, si vu plé....Já agora, por falar em mala, para fugir-se da pátria convém levar-se uma mala, no lo es así, no sei cosi? Bem, pelo menos um necessére com a lange e ri, a ma qui lage!, os produtos de higiene corporal- os de higiene espiritual convém não levar, é sempre um peso enorme e paga-se sempre o taxo de excesso de bagagem! Por falar nisso, quando veio de Motrambique, veio com uma mala de cartão, como a Linda Se Usa? Ou veio num contentor, despachada juntamente com as movílias e com toda a tralha africana?

terça-feira, julho 24, 2007

Apenas isto tenho para lhe dizer...


Armas da Região Autónoma dos Açores
IM: Olhe, para lhe responder vou recorrer a duas citações:
(a) uma de Camões: "Por tanto amar a minha pátria, não me contentei em viver nela, mas morrer com ela", dita em 1580, quando da perda da independência de Portugal em benefício de Castela. Foi também em 1580 que Camões faleceu, já velho e vivendo na miséria, porque este país não soube honrar em vida o seu grande génio. Todavia, no meu caso, como ainda me posso considerar "jovem", gosto muito de viver e admiro a garra e o salero de nuestros hermanos (principalmente dos andaluzes e dos catalães), que conquistaram um lugar ao sol nesta "aldeia global" muito eficaz e inteligentemente, e como sou muito pós-moderna e aprecio muito a filosofia do carpe diem (Akuna Matata em Swaili), e estou cada vez mais tubista como sua Leviandade, actualizaria esta citação, que assim ficaria: "Por tanto amar a minha pátria, não me contentei em viver nela, mas fugir dela".
(b) Outra de Ciprião de Figueiredo "... As couzas que padecem os moradores desse afligido reyno, bastarão para vos desenganar que os que estão fora desse pezado jugo, quererião antes morrer livres, que em paz sujeitos. Nem eu darei aos moradores desta ilha outro conselho ... porque um morrer bem é viver perpetuamente".
Esta subscrevo-a integralmente, pois ainda que não tendo nascido numa ilha, nem numa península (o vocábulo ilha provém do Lat. insulam e o prefixo pen (não se ponha com ideias concretas, Vaga Galo) provém do Lat. paene, que significava quase), preconizo que somos todos como ilhotas, uns mais pequenos que outros, uns mais propensos à anexação e assimilação que outros...Só posso acrescentar que nunca tive inclinação para a alucinação ou para a ingestão de locoweeds.
""A divisa Antes morrer livres que em paz sujeitos" é retirada de uma carta escrita a 13 de Fevereiro de 1582 por Ciprião de Figueiredo, então corregedor dos Açores e grande apoiante de D. António I, Prior do Crato, ao rei Filipe II de Castela recusando-lhe a sujeição da ilha Terceira em troca de mercês várias. Em resposta à proposta de Filipe II, Ciprião de Figueiredo diz:
Antes de ser adoptada pelo parlamento açoriano como divisa da Região Autónoma dos Açores, a frase já era utilizada como moto das diversas unidades militares que ao longo dos últimos três séculos estiveram aquarteladas no Castelo de S. João Baptista do Monte Brasil, em Angra do Heroísmo.
Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Brasão_de_armas_dos_Açores"

Belita, pronuncie-se...

VG: Mas voltando à questão da proposta do Sara Mago, ó Belita, você que está tão calada, o que é que pensa disto, criatura aloirada?

Ai, o concreto na boca do sábio...

VG: E diz Sua Leviandade, Vossa Sageza, que não gosta do concreto...Ai, ai, se não gosta, pela-se por uma concretudezinha!!! Sabe uma coisa? Acabou de usar uma estratégia actual muito pujante em termos sócio-comunicativos: a escatologia e tudo o que se lhe refira. Fui até cobrir uma conferência em que um rapaz italiano muito estranho e confuso fartou-se de falar em "fecal" para caracterizar a sociedade de consumo.

Invasão totótipa espanhola...

Lois®
(nota de roda os pés: não encontrei mi primito Joselito en niegro, mudán tudo, mismo el chiquitito que parece tan grande en la planicie)



VG: Como diria o meu primo touro espanhol Joselito, que já virou um ícone, pois é o totótipo desse país que o Sara o Mago quer que seja o nosso e daquela marca de calças de ganga que acho que se chama Toys (será que é da propriedade intelectual do Toy e o Toy Story é uma autobiografia deste cantante luso?): "Que non me creo en las cabalas, pero que las hay las hay"..

Por falar nesse totótipo: vocês não ficam confusos quando o vêem negro, imponente, nos campos extensos de nuestros hermanos? É que até assusta uma criatura bovina ainda que híbrida como eu, parece que há um touro gigante selvagem solto, sem rédeas, pelos extensos latifúndios espanhóis, que nos vai entrar pelo carro adentro, sem pedir perdón, con lizenza...Principalmente aos aficionados da fiesta tenebrosa só lhes apetece gritar: "Olé! " Já aos saudosos de Olivença só lhes apetece dizer: "Néee...Para trás, albarrã Barrabás" e congeminar: será que é e foi assim que eles nos vencem e venceram? Com miragens em forma de outdoors? Por falar nisso, Sua Leviandade, o que pensa da afirmação polémica de Sara o Mago? Refira-se, já agora, também à questão de Olivença, por obséquio...

Crazy cows don´t think properly...



VG: E quanto às querida primas, deveriam ser compulsivamente internadas naquelas clínicas de recuperação norte-americanas para gado, de que falava a Belita a propósito daquele artigo publicado na revista Super-Itinerante. Cá pa mim, cá não chegam ao cúmulo de as alimentar com as legumirosas locoweed, mas que lhes põem qualquer coisa na ração põem. Ou em alternativa, o problema pode estar mesmo na qualidade da erva que consomem...É que não vamos mais longe- o artigo não dizia que o palmito é um alucinogénio muito apreciado pelos elefantes de bengala na Indonésia? Não admira que já andem de bengala, quando já não se aguentam nas patas aqueles paquidermes alucinados! Então- já tem aí a sua resposta- isto é uma cabala não só contra a raça bovina, como contra a raça humanóide e a Arca de Não É em geral- maximizam o processo da nossa alienação, inundando as nossas cidades e vilas com quantidades industriais de palmeiras, afastando, assim, da realidade os transeuntes e visitantes e as pobres das vacas bucólicas, que julgam estar num spot tropical paradisíaco....

Eu jamais (em Francês) serei etiquetada...


VG: Pois é, pois é, estão muito calmas, não é? O pior são as etiquetas nas orelhas a simularem brincos! Já eu sou uma vaca livre, quando ponho brincos, sou eu que os compro. Furei as orelhas, pus uma tatuagem na patinha e um piercing nas narinas porque quis e não porque algum monstrengo me quis pôr a sua marca a ferros.
Ora essa, não é Sua Leviandade que anda sempre a proclamar a liberdade de espírito e patati patatá? E que cada qual tem a obrigação de construir o seu Caminho e patatá patatati?
Esta serviu-lhe de boomerang, não foi, Sua Leviandade? Com que então o bucolismo da província ou do mato como a Belita lhe chama?! Pois saiba que eu prefiro o bullício da urbe individualista pós-moderna, onde cada qual escolhe os seus adornos de acordo com a tribo urbana a que pertence!
E digo-lhe mais, Sua Leviandade hoje um pouco distraída (não me diga que seguiu o exemplo da Belita e tem a careca e a trança de loiro tingidas!), não são estas priminhas que traem a classe bovina, indo em manada para aquele antro de perdição, que Sua Leviandade tanto abomina,- as praças de touros- para seduzirem os machos e impedi-los de lutar bravamente contra os seus carrascos? Pois, da minha parte, a luta continua, carrascos para a rua da amargura, se possível!

segunda-feira, julho 23, 2007

Então se eu não os conheci...

VG: Ó Belita, pensa que é a única a dar-se com a pata da pata? Então se eu não os conheci! Até lhe digo mais- como adepta fervorosa do speed deiting, eu saí logo na primeira noite em que aterrámos com o de cartola preta...Era o mais velhinho, mas o mais abonadinho...Eu sou uma materialista convicta...Já dizia a filha da amiga do primo do tio da minha avó: "vale mais uma materialista assumida do que uma idealista frustrada!"

Está bem, eu também reconsidero...


Isabel Metello ©

IAM: Pronto, eu também reconsidero. Como prova da minha complacência dedico-lhe, Vaca Galo, esta foto de uns seres que iria gostar muito de conhecer- a foto também é da incursão em família à Disney...Mas não confunda- os amigos do automóvel não são a minha família...

Prontos, está bem...



VG: Prontos, Sua Leviandade, está bem, eu retrato-me, só não quero é reencarnar num porco destinado à matança, muito menos português. Olhe, Belita, para lhe mostrar a minha boa fé dedico-lhe uma foto de Maputo, perdão, Lourenço Marques. Sei que não é a sua terra natal, a Beira, mas já lhe dá um cheirinho...
E, Sua Leviandade, tem toda a razão no sábio conselho que deu à Belita. É que, como dizia uma amiga da mãe da prima da minha bisavó: "neste país, águas consporcadas não lavam porquinhos..."

Você não me cutuque que vira estuque...

IAM: Ó criatura corneamente protuberante, você não me ofenda nem à minha família, que eu não lho admito! Olhe que eu mando-a emparedar com estuque nas obras da quinta de uma prima minha, seu estropício bovinizado!
E para sua informação, os Martello, fundamentalmente o sector masculino, sempre tiveram a fama e o proveito de terem sido abençoados pela Mãe Natureza, sua invejosa!

Tu é une basofaire!!!

VG: Ó Belita, muito obrigadita pela explicação taurográfica e pelo Francês. Olha esta, agora quer-me ensinar Francês! Éle é completemã fole! Mira chiquitita, basófias, é o que você tem- tu é cheie de basofes! Todas as loiras têm fotos com toiros, ia lá você ser a excepção! E quanto às suas manias, já me tinham dito que na família Martello são todos uns vaidosos emplumados, mas você abusa, sua emproada! Também, descendente daquele ególatra do Nero e do outro que ajudou a matar Júlio César à traição, só podia ser mesmo uma egotriste!
E a alusão ao meu primo estar acompanhado de um veado? É para ofender a minha raça, é? Olhe que os nossos touros são todos muito machos! Só se for em Paris que os touros costumem andar com veados! Aqui não, são todos muito viris, sua onça!

Vaca Galo, minha cara, o seu complexo de Liliputh está a emergir...

IAM: Ó Vaca Galo, não se empertigue, olhe que o seu complexo de Liliputh está a emergir, o qual, com as suas protuberâncias córneas, não se revela lá muito discreto. De facto, esta é a única foto que tenho com a representação de um primo seu...Aliás, até foi um elogio que lhe fiz, pois a escultura em causa situa-se numa fonte dos Jardins do Trocadero, em Paris, onde existem muitas esculturas, entre as quais uma que se denomina "L´Homme" (O Homem), de Pierre Traverse e outra "La Femme"(A Mulher), de Daniel Bacqué, ambas situadas um pouco abaixo dos primeiros degraus que vêm do Palais de Chaillot. A escultura a que se refere intitula-se "Taureau et Daim" (O Touro e o Veado) de Paul Jouve, que se encontra perto de outra designada "Chevaux et Chien" ("Cães e Cavalos") da autoria de Georges Guyot.

Manias, você só tem é manias...

VG: Ó Belita, você tem mesmo a mania que é chica! É uma chique-esperta, é o que é! Com que então, tinha logo de ripostar com uma foto de uma estátua no centro de Paris alusiva a um familiar meu!! Não poderia ser uma tirada no Campo Piqueno, durante aquelas matanças colectivas a que chamam "espectáculo tauromáquico", ou uma no Ribatejo com as lezírias como paisagem? Não, tinha logo de ser uma na Cidade de Truz!

Um grande kanimambo também para si e um pequeno esclarecimento: mato não é mata


IAM: Caca Galo, perdão Vaca Galo, cá lhe envio também uma foto da mesma viagem, desta vez no centro de Paris, com algo que lhe vai lembrar igualmente a sua infância não macacóide, mas tauromáquica, o que não deixa de ter também os seus laivos primatizantes...
Olhe, quanto ao esclarecimento relativo ao valor semântico do vocábulo mato, para nós mato não era o equivalente a mata, mato poderia ser um aglomerado de capim e de plantas silvestres ou aquilo a que vocês cá chamam a província. Tínhamos também uma expressão "é mato" que significava muito - Ex: "O egocentrismo nestas paragens é mato".
E para sua informação, as nossas vilas eram muito desenvolvidas (cada uma tinha um aeródromo, por exemplo), já para não falar nas cidades... Como vê, eu não vivia em cima das árvores… Quando digitalizar algumas fotos de infância logo verá onde eu vivia...Mas sim, tive uma infância dourada pelo sol africano, pelo contacto humano com a diversidade e com a natureza no seu esplendor, como por exemlo, as águas transparentes e cálidas do Bazaruto, enfim, uma infância privilegiada em termos espirituais. Nunca mais esquecerei as cores e os cheiros fortes de Moçambique, a minha pátria amada, o Amor sublime de quem me criou, os meus amigos de etnias tão diferentes que parecia uma anúncio da Benetton avant la lettre, que me incutiram, desde o berço, o gosto pela diferença, pelo respeito pela autenticidade de culturas tão ricas...
Nunca mais esquecerei a humanidade e o apurado sentido de justiça do meu Pai, um homem com poder, mas com um coração de ouro, com um carácter impoluto e com um Amor por aquela terra que o fez dedicar-se a ela com toda a paixão, contribuindo para o seu desenvolvimento e para o bem- estar daquelas populações, que protegia como se da sua família se tratasse. Nunca mais esquecerei o Amor e a Ternura com que a minha Mãe ensinava aquelas crianças, leccionando aulas todo o dia e tratando todos os meninos da sala- negros, indianos, brancos, mestiços, ...- com o mesmo carinho!

Isabel Martello ganha em Agosto de 2006 o prémio do melhor grito de Tarzan na Disneylândia: mais um orgulho nacional a somar a todos os outros...















VG: Belita, cá vai a fotografia do grito que lhe valeu o prémio...Parabéns, essa sua vertente macacóide é pa mim um orgulho! Até porque é bem congruente com o seu signo chinês, que é Macaco. Poder-se-á, então, dizer que você é uma macaca elevada ao exponte máximo: macaca de signo, de berço e de hábitos, incluindo os comunicacionais!

Kanimambo, Belita, mas no meu estilo litererário mando eu...

VG: Ó Belita, então se o Sara o Mago escreve sem pontuação, moda aliás tão em voga, eu não posso reinventar a Língua Portugalesa? Olhe, essa reinvenção é cudatiadianamente actual alisada nos roda os pés dos telejornais. Não costuma reparar? É uma linguagem quase poética: a preposição com um acento grave apresenta quase sempre um acento agudo e é na mesma frequência confundida com o verbo haver no Presente ao Indicativo no single ular. Já este verbo, na acepção de existir, aparece bestas vezes no plural -Ex: "á muitos emigrantes no aeroporto" ou "haviam muitos emigrantes á espera do avião.... "Esta do Presente ao Indicativo nunca percebi- quem é que dá o presente a quem? Quem é este Indicativo?
Belita, tá a ver? É uma tendência generalizada e eu, como fashion victim que sou, não podia dela escapulir-me. A língua é viva, tem de de se actual alisar.
Olhe, por falar em vida, vou agora publicar umas das suas fotos das férias grandes do ano passado na Disneylândia com a sua prole, a Meca da BD (entenda-se a Disneylânida, não a Belita e a sua prole), quando ganhou o Prémio do Grito do Tarzan no espectáculo alusivo à macacóide criatura, sua marota!!! Com que então os filmes do Jony Ice Mula e a sua infância no mato africano sempre a ajudaram a ganhar um premiozito?! Há-de-me explicar essa- também viviam em cima das árvores? Ai, devia ser o máximo!!! Daí o seu jeito para o desporto! Já estou a vê-la a viajar de liana em liana e a gritar desalmadamente: AhAhAhAhAh! Bem, adiante, Cá vai!

domingo, julho 22, 2007

Vaca Galo, olé, touché!

IAM: Vaca Galo, é verdade- o Professor José Gila é meu patrício e, de facto, a par do Professor Sou Eduardo Logo Penso, é um dos pensadores contemporâneos que mais admiro, pela sua visão tão lúcida e profunda de fenómenos tão elucidativos da nossa matriz sociocultural!
Mas já agora, ó minha querida, não é light motive, mas leitmotiv. Você e as suas obsessões por produtos light. Eu não digo que passe para os hard, que são muito pouco saudáveis, mas criatura, seja menos leve e ganhe mais espessura!
Também não é sete e sémia, mas septicemia, nem rico chatear, mas ricochetar ou ricochetear, nem nega actividade, mas negatividade, nem flat gelo, mas flagelo.
Ai, esse Português! Por que é que não tira um curso de reciclagem na língua lusa? Mas deixe estar, é já a sua imagem de marca, e, como todos sabemos, uma imagem bem construída e lançada, mesmo que à custa da aurea mediocritas bem explorada, vale mais do que mil palavras mal escritas. É que, assim, até as palavras viram idiossincrasias, ou no seu, vaquês- idiotassincrasias.

"Portugal Hoje: o Medo de Implodir" - a obra pela perspectiva do seu autor

Espaço informativo autoflagelante: as entrevistas impossíveis de Vaca Galo, a repórter sensacionalista-espectacularizante.

Hoje, o alvo das suas investidas bovinas é o Professor José Gila, ensaísta e filósofo português de renome:
VG: Professor José Gila, li a sua última obra- Portugal Hoje: O Medo de Implodir e só tenho de lhe dizer- achei-a o máximo, um clássico! O Professor é um maroto, mas um grande poeta! Mas tenho de reconhecer que não percebi aquela parte da não inscrição do povo português. Então, se o português que é português se inscreve em tudo que mexe- nos sorteios do arroz Cigala, da revista Nova Gente, no Quero Ser Milionário, no subsídio de desemprego, nos castings televisivos...Estou a perscrutar aí uma certa contradiçãozita, porque, bem pelo contrário, estamos perante um verdadeiro surto de inscrição colectiva!
JG: Ó criatura híbrida acéfala, em primeiro lugar, não sou um poeta, sou um filósofo, sou um ensaísta; em segundo, a premissa da não inscrição de que falo no meu livro pressupõe a incapacidade de transformação do real, de conversão do desejo em acto!
VG: Ah, mas olhe que isso está a mudar...Já viu a quantidade de motéis construídos ao redor da A5? E olhe que, de acordo com fonte segura, a taxa de ocupação diária ultrapassa os 100%! Ah, e quanto ao síndroma de Liliputh? Acha-nos assim tão baixos? Ó Professor, convenhamos, agora já há uns rapazitos saudáveis, de ombros largos e pernas longas e musculadas! E para isso bem que têm contribuído a enorme quantidade de ginásios chiquérrimos e a vertiginosa onda narcísica macdonaldizada pós-fordista!
JG: Baixos? Rasteiros, quer você dizer! E juntando a isso a inveja como desporto nacional de 1ª divisão, posso afirmar que o português se está a converter numa cobra venenosa cada vez mais rastejante! Isto é um caso de reptilice colectiva aguda! Sabe qual era uma das cobras mais venenosas em Moçambique? Era a surucucu! Pior que uma surucucu só esta espécie de víbora lusitana deslumbrada consigo própria e corroída pela inveja, que ataca em bando!
VG: Ó Professor, não seja tão péssimo! Nós até somos uns queridos! Veja lá a quantidade de boas acções que praticamos no Natal, logo numa época tão especial! Já viu como é que são os nossos telejornais, com os locutores a comoverem-se deveras com a desgraça alheia?
JG: Olhe criatura híbrida acéfala, pare com os seus moralismos de vaca oca, vá mas é desfilar para a Cowparade, que é lá o seu lugar, que eu já não tenho pachorra para a aturar, ou então vá capinar nalgum prado que a queira acolher! Só de pensar nesta entrevista nauseabunda já tenho o título para o meu próximo livro: “Portugal Amanhã Empestado: O Medo de não me Poder Escapulir deste País à Beira Mar Encalhado!”
VG: Catita! E dizia o Professor que não é um poeta, se até fala em rima! Escapula-se, Professor, que isto qualquer dia está mais baixo que o nível médio das águas do mar e aí já nem precisamos de um tsunami para nos afogarmos, qual Narciso no seu prado!
JG: Ai, você é mesmo lerda! A hibridação a que foi sujeita fundiu-lhe os neurónios! Ó sua surucucu híbrida de índole bovina, não é prado, é lago, e Narciso não morreu devido a um tsunami, mas por causa da sua autocentração!
VG: Pa mim é prado e tsunami e prontos! E o Professor não me cutuque, que eu inscrevo-o já num cruzeiro para o Triângulo das Barbudas! E aí é que vai ver se um português se inscreve ou não se inscreve! Vaporiza-se, tal como no mil novecentos e oitenta e tal do Jorge Orel! Bem, perdoe o devaneio desta sua humilde serva, suplico-lhe, deve-se à minha tão lusa tendência de esquizofrenicamente alternar o meu registo entre uma arrogância prepotente e uma subserviência degradante, como defende o Professor Sou Eduardo, Logo Penso. Muitíssimo obrigada, Professor, e que o seu livro se converta num best thriller, para que esta horda de ociosos egoístas, hedonistas, condicionados e roídos de inveja acorde e se converta aos postulados do labor e da capacidade crítica activa!
Bem, meus caros leitores, esta foi a entrevista impossível com o Professor José Gila, um poeta na pura acepção da palavra, um crítico abrasivo na dupla conversão da mesma! Esta vossa Vaca Galo pede-vos- não nos olvidem, não nos derrubem, não se dediquem demasiado à não inscrição, faz-vos imensamente mal à pele e derruba este país já per si enterrado. Contamos convosco na próxima edição deste espaço autoflagelante. Lembrem-se de um dos nossos lemas: “em tempo de férias cognitivas não se limpam as almas”. Cherioo!

A inveja viperina e o complexo de Liliputh

VG: Hoje, aproveitando o light motiv da inveja, tema sempre actual neste nosso Portugal dos pequeninos, resolvi republicar a entrevista ao Professor José Gila. A inveja é uma coisa muito feia, mas muito própria deste povo, segundo o meu ilustre convidado, principalmente em seres com um complexo de inferioridade latente. O invejoso, ao corroer-se com as características alheias, investe mais na destruição do que na construção e, julgando atingir o objecto desse tão baixo sentimento, está é a dar um valente tiro no seu próprio pé! Se o pé for gordo e balofo, próprio de silhuetas hipopotamizadas, mas mesmo assim deslumbradas com o umbigo que só vislumbram pelo espelho, a bala pode não fazer rico chete, mas fica lá alojada, podendo levar a uma infecção generalizada, a uma sete e sémia; se o membro inferior for escanzelado, a bala pode rico chatear e atingir a própria face, o que também não é lá muito saudável, nem estético.
Moral da história: a inveja é um flat gelo, os invejosos são seres muito patéticos, deveriam aproveitar essa enormíssima perda de tempo na nega actividade e investir em algo de positivo- olhem, um cursinho, nem que seja de corte e costura! Mas mesmo nessa área deveriam costurar mais e cortar menos!

Ó Belita, mudando de assunto, o Professor é seu patrício- também é de Moçambique! E, curioso, pô-lo na sua lista de preferências bibliográficas. Ai, ai, esse facciosismos plenos de africanidade!

sexta-feira, julho 20, 2007

Verdade, verdadinha.

IAM: Estamos perante a mais pura das verdades. Eu já tentei que os meus amigos tugas esperimentassem o requinte do sabor agridoce desta especialidade frutícola, mas o esforço resultou infrutífero: iam todos, sem excepção, vomitando. Sabe, não estão habituados aos sabores, às cores e aos cheiros fortes nem tropicais nem asiáticos. É um povo muito beige, muito cinzento, muito pastel, muito low profile. Graças ao Cosmos, e tantas vezes ao acaso, estão a colorir-se, mas ainda retêm muito daquela mentalidade formalista hermética de tempos idos, mas infelizmente sempre vindos. Quando se soltam, tem de ser à custa do álcool ou de outras substâncias alucinogénias!
Por falar nisso- alguém leu o artigo "Vícios Bestiais" da última edição da revista Super Interessante (cf. pp 6-10)? Está bestial- afinal os elefantes da Indonésia e de Bengala (não é Benguela), os caracóis, os alces, a cabra mexicana e quase 400 espécies da bicharada que não inclui o homo sapiens têm uma particular apetência pelo pifo e pela alucinação. Sabem que até há clínicas de recuperação para estes viciados em plantas menos recomendáveis? Ih, ih, ihh...Ganda nóia!
Ó Vaca Galo, alguns dos seus primos mais directos, incluídos na personagem colectiva do gado norte-americano, também gostam de se inebriar artificialmente com as locoweeds ("ervas loucas")! Já estou a imaginar o anúncio: "Drink Milk Strong Affair, "take a trip in the air/ to a tropical beach/, an island to reach/ There´s a new territory...!" Ih, ih, ih! Mas não pensem que são só estes animais a delirar com os efeitos psicoactivos destas leguminosas: antílopes, cavalos, coelhos, porcos e galinhas também estão na lista destes "junkeys" naturalistas.

Belita, isto é verdade ou o velho passou-se?

VG: Ó caríssima Belita, esta história da chichi moia é autêntica ou o velho já está a viajar pela 3ª dimensão?

Chichi quê?

VG: Sua Leviandade vai-me desculpar, mas não esperava ouvir da sua boca uma afirmação tão degradante- ter saudades da chichi moia? Mas entrou em transe, está a falar tibetês ou é uma chinesice sua, um fetuícho pr´ó porcalhão ?

quinta-feira, julho 19, 2007

Desistooooooo.....

IAM: Sabe de uma coisa, Caca Galo, perdão Vaca Galo? Desistooooo- vou dormir antes que a transforme num troféu para a sala do meu pai...See you later conspirator...

Ai credo..que mau gosto

VG: Ai, credo, que gente tão simples! Então podendo fazer uma revolução no belo ano de 1919, fazem-na logo em 1917? É que não tinham nenhuma visão de markeping! Então não teria muito mais impacto no público-papalvo uma campanha publicitária centrada no número 1919?
Bem, pelo menos souberam criar um movimento internacional para aproveitar os benefícios da totalização, que já não são poucos. E o nome do tal cachopo- Lecitin? Credo, que piroseira- parece um nome de um medicamento, de um pró-depressivo! Devia ter contratado um construtor de imagem, tinha-lhe inglesado o nome sei lá para Len In, ou The Pin, e a coisa tinha corrido melhor.
Sabe se pelo menos eles criaram algum totótipo? É que sem um belo de um totótipo nenhuma organização vai a lado nenhum. Mas claro, àquelas cabeças tão simples, que nem o ano souberam escolher, não lhes poderia dar para grande coisa. Nem uma bandeirinha, nem um chapeuzinho daqueles das eleições amaricanas? Deviam ser paupérrimos os piquenos...
E porquê a construção de um estádio maior? O outro era muito pequenino, era? Ah, tá bem, como tinham uma grande prole já no telhado tiveram que alargar o campo. É muito incómodo assistir aos jogos empoleirado...

Equibocada....tu estás mas una bez equibocada...

IAM: Não criatura, a revolução bolchevique foi em 1917, em 1919 foi a criação da III Internacional por Lenin, vulgarmente conhecida por Komintern ou Internacional Comunista, um“Estado-Maior político e ideológico do movimento revolucionário do proletariado”, segundo o “Pequeno Dicionário Político”, da editora Progresso, de Moscovo (1984).

1919 não foi o ano da revolução bolchechique?

VG: Belita, minha cara, my name is Galo, Vaca Galo.
Mas já que tocou no ano de 1919, ano de boa colheita segundo consta entre os renólagos, não foi nesse ano que se deu aquela revolução fantástica bolchechique entre aquele povo que só anda com peles e garruços tão fashion, mas que perseguiu de forma tão áspera um senhor muito bonzinho chamado Qu´azar, pai da Ana Está CIA? Ainda diz a Maggie, Atropelo o Pinto que não há coincidências. Ai há, há...

Cá vai, então, a entrevista a Sua Leviandade

VG: Apre! Vocês os dois são mesmo dois mosquitos africanos, marabuntas esfomeadas! Aqui está a entrevista, estava só a fazer um bocadinho de suspense espectacularizante. Não sabem que o teasing compensa em termos dos media? Ignaros!
Já agora uma informaçãozinha suplementar: esta entrevista foi elaborada também para o jornal Nova em Folha, muito antes da que fiz ao Professor José Gila, mas como coincidiu com a questão dos cartoons dinamarqueses, achei que não era de bom tom publicá-la. Ainda me pegavam o fogo e eu de pirómana não tenho nada, principalmente quando o fósforo sou eu!
Ó Belita, não se esqueça que também a entrevistei- não queira fugir com o naco à marimba! Mas não se iluda, você foi um mero case study, para eu entender como uma mente loira como a sua parece ter mais de um neutónio. Eu disse parece, não se deslumbre! Com tantas personalidades sonantes que fazem parte da minha professional knoweldge wallet e ia logo dar importância a uma Barbie armada em letrada! Era só o que me faltava! Qualquer dia estava a dar milho aos pombos!

Espaço informativo autoflagelante: as entrevistas impossíveis de Vaca Galo, a repórter sensacionalista-espectacularizante.

Hoje, o alvo das suas investidas bovinas é Lá Vai Lama, Sua Leviandade, o sumo‑delegado de propaganda esotérica:

VG: Lá Vai Lama, peço desculpa pela rouquidão- estou um pouco constipada- diga-me, como descreveria de forma draconiana e dantesca a real situação do nosso país?
LVL: Bem, sua pérfida, só espero que a menina, como produto híbrido, não tenha nenhum vírus contagioso. Já reparou que é uma arma biológica em potência? Mistura de BSE com gripe das aves?!... Nem sei como que o Hamas ainda não a contratou...Apre, criatura cósmica, espanta-me como aguenta tamanho karma, dedique-se já à anulação do seus egos bovino e aviário! Oriente-se! Desvincule-se! Desentupa-se! Desassuma-se! Desenkarme‑se! Desengale-se! Desenvaque-se! Mas vamos lá à sua perguntazinha medíocre- respondo-lhe com um silogismo tautológico: Neste vosso eterno pic-nic, onde todos querem manjar, mas ninguém verdadeiramente laborar, o país vai a pique mais depressa que o Titanic!
VG: Palavras sábias e enigmáticas! Lá Vai Lama, uma última palavra de esperança aos portugueses que nos lêem:
LVL: Que roubem, mas sem qualquer contenção, o português que rouba em grande é um herói, merece todo o vosso apreço e consideração; um português miserável que rouba um pão, só merece o desprezo nacional, e o seu destino é, sem dúvida, a prisão, sem qualquer espécie de perdão, nem comiseração. Só vos digo, parte‑se‑me o coração, acabei de vender o meu karma ao postulado do luso ladrão! Isto deve ser contagioso! Ai, Bidete, que saudades que eu tenho da tua impoluta atmosfera! Saravá, Meu Pai, até os chineses são menos subversivos que vocês! Se Mao como as Cobras soubessesssssss...
VG: Sublime, Lá Vai Lama! Nem os Professores Eduardo Pardo Coelho, Sou Eduardo Logo Penso e José Gila poderiam ter feito melhor descrição da nossa alma lusitana! Mas, espectacularize o seu discurso, aponte nomes sonantes, mergulhe na lama as nossas personalidades públicas, macule os nossos melhores tecidos!
LVL: Sabe que o princípio da não maledicência tubista não me permite acusar alguém, mas como no “Luso, sê lusitano”, vou esboçar metaforicamente um estereótipo através dos meus poderes extra-sensorais. Vem-me à mente uma mísera e mesquinha que, depois de fugitiva, foi rainha, alguém que aprecia muito o poder rejuvenescedor de climas tropicais. Ai, Meu Cosmos, isto foi um pensamento platonicamente anamnésico, reminiscente, maiêutico, porque não consigo situar a criatura! Deve ser claramente fruto da minha última reencarnação.
VG: Magnífico enigma! De quem poderá estar a falar Sua Leviandade? Caros leitores, esta vossa Vaca Galo pede-vos- derrubem o país mas não a vós próprios, os guerrilheiros da nossa nação kamikásica, porém, revelem um pouco de contenção nesta vossa marcha pela autodestruição - não se dediquem demasiado ao saque, faz-vos terrivelmente mal ao karma e garanto-vos que isso não é nada bom- podem na próxima reencarnação nascer outra vez portugueses, o que seria, mais do que uma ironia do destino, um hino à pasmaceira. Contamos convosco na próxima edição deste espaço autoflagelante. Lembrem-se de três dos nossos lemas: “por vezes, é pior a ementa que o cimento”.
LVL: A vaca é mesmo parva! Ó criatura híbrida potencialmente virulenta, cale-se! Lá está você com as suas vacuidades bovinas! Desperte mas é o galo que há em si, encabre-se! Cambada de cínicos autentizóticos! Os americanos quebram o Acordo de Quitoso poluindo a atmosfera, vocês quebram o Equilíbrio Cósmico, entupindo as várias dimensões de fluidos negativos! Deve ser por isso que só se vestem de preto ou de cinzento ou então de beije. E já dizia a minha Mãezinha, que o Cosmos a Encaminhe- “meu Lá Vai Lamazinho, cuidado com quem só se veste de preto, cinzento ou de beije- por detrás da onda aparentemente calma, prepara-se um tsunaqui pronto a devastar o horizonte”. Por este andar, nem daqui a 100.000 anos vocês atingem o purgana! Irra, que neste país para encontrar a paz estou a ver que tenho de me encerrar na Quinta das Vaidades e aturar o José Preto por Branco! Só por causa desta estadia de 10 dias, lá vou ter de reencarnar mais 37 vidas! Isto não é um país, é um covil de lobos desaçaimados! Não se comem uns aos outros pois têm medo de morrer de congestão! A propósito, nas vossas pretéritas deambulações não se cruzaram com os nativos da Papua Nova Guiné, não? Acho-vos com hábitos tão parecidos! A única diferença é o vosso apetite por aqueles bichinhos pegajosos que se colam à garganta! Será que é por isso que vocês andam a passo de caracol?

Copyright: Isabel Metello Coopyleft: Me, Myself and I

quarta-feira, julho 18, 2007

Ó criaturas, são capazes de deixar o mexerico para a hora do penico?

IAM: Ó seus maledicentes, são capazes de deixar de ser quadrilheiros? Ai, as melgas pérfidas! Se li os 10, os 41 ou os 400, só a mim me diz respeito, suas legendas de filmes tipo B. Quanto aos ll, herdei-os legitimamente, não os comprei, não os acrescentei, suas surucucus desbocadas!
E por falar do Trio Odemira, gosto mesmo deles, e particularmente da música que entoou, mas mal, para variar um bocadinho! Não é romântica? "A igreja estava toda iluminada, ela estava já casada a mulher que eu adorei!" Esta música lembra-me alguém, não sei porquê...
Ah, e gosto também do Julio Iglesias. Apetece-me dizer em Italiano: Ma que huomo, un vero gentleman! Julio, ti voglio molto bene! Em Italiano, mesmo os palavrões soam sempre melhor...
É que agora, com os egos pós-modernos, foram pelo cano todas as cortesias masculinas, o que é uma pena. Bem, não se pode ter tudo, tendo de escolher entre a cortesia masculina e a emancipação feminina, voto com os olhos fechados na segunda. Mas a boçalidade é uma coisa muito feia! E aquela mania de agora ser moda enumerarem os bens possuídos, as viagens de sonho realizadas, os carros que têm na garagem, os sítios in que frequentam, as celebridades que conhecem... Que falta de chá e de elevação! Credo, parecem uns caixeiros-viajantes a enunciar as qualidades do aspirador último modelo!
Por falar nisso, Vaca Galo com dois ll, a menina por acaso é aparentada com alguém do Azeite Gallo? É que não lhes siga o exemplo que eles estão a cantar desde 1919. Olhe, até poderia vender a ideia aos chineses, para actualizarem as suas torturas! Era capaz de ainda ganhar uns cobres, neste caso alguns yuan renminbis, a moeda chinesa, já viu?
E quanto a trabalho, onde é que está a tão prometida entrevista a Sua Leviandade, o nosso camarada, palhaço, folha, árvore, fruto silvestre?

Sua Leviandade, mais uma vez, as suas palavras ecoam a sabedoria do universo cósmico

VG: Sua Leviandade, tem toda a razão, a pindérica pespegou com a vidinha dela toda no perfil. Mais parecem as confissões das tias nas revistas pink! Mas eu lá acredito que uma loira leia 41 livros? Ainda por cima, dá a entender que são seleccionados entre outros! É preciso lata, a descarada! Se os leu, foi só o título, garanto-lhe! Acredita que quem gosta da Pipi Pernalta, de Uma Casa no Meio da Porcaria, do Loopy e da Família Ata-me é capaz de ler o Patranheiro de Alberto Cá Pus?
E o Nelson Ned e o Roberto Carlos? Mas alguém que seja alguém gosta destes dois papalvos? Credo, só falta dizer que gosta daquele luso-brasileiro que canta: "Dá Cá um Peido Dá Cá Dá Cá"...aquele- o Roberto Pia Mal- e do trio Hombre, mira, aqueles três que cantavam: "A igreja estava toda embasbacada, ela estava já casada a mulher que eu desprezei..."
E a dizer que aprecia a pintura do To Loose a Retrete... mentirosa! Aquela cabecinha de loiro tingida é lá capaz de perceber as pinceladas cuidadamente descuidadas de um introspeccionista!
E quanto à tirada final- que abomina o egoísmo...É preciso descaramento- então se nos usurpou o perfil, escreveu um testamento sobre a sua pessoa, individualizada no seu ego despótico, e sobre os seus interesses, e vem dizer que abomina o egoísmo, abomina o egoísmo?! Sua ególatra descarada, lá porque é loira não se faça de santinha. Já dizia a minha avó, que o Cosmos a Encaminhe: vale mais uma assumida na relva que duas falsas modestas na lama...
E mais outra, e agora dirijo-me directa e calhordamente a si, Belita, num ataque chifrudo ad hominem, neste caso, ad molierem- porquê a mania dos dois ll no seu nome? É para dar ênfase, é para se armar em chique? Eu se fosse a si punha 3 , agora os 2 são já tão out!

Da sua,

Vaca Gallo

Historial da Vaca Galo explicitado

IAM: No Historial da Vaca Galo diz-se que "a Vaca Galo é uma personagem criada para uma rubrica infoentretenedora autoflagelante do jornal Nova em Folha da responsabilidade editorial da AE da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa". Claro que me refiro ao jornal, não à vaca, que essa é da minha inteira responsabilidade, bem explícita no copyright: Isabel Martelo, digo Metello, e no copyleft: me, myself and I.

domingo, julho 15, 2007

Link blog Lá Vai Lama: http://lavailama.blogspot.com/

Vaca Galo e Lá Vai Lama, duas presenças que se cruzam no limiar da insanidade

IAM: O destino de Vaca Galo, repórter sensacionalista pós-moderna, votada mais aos adornos corporais do que ao labor, cruza-se com Lá Vai Lama, Sua Leviandade, o Sumo- Delegado de propaganda esotérica, quando o entrevista. Desde então, apesar do asco mútuo, nunca mais se desgrudam. Esta relação amor ódio culmina, não raras vezes, no choque irreparável das protuberâncias bovinas com as energias cósmicas. Não perca, brevemente, a publicação dessa famosa entrevista, que irá ficar para a prosperidade como o primeiro tijolo de um edifício que já nasceu não apenas torto, mas totalmente podre. E como todos nós sabemos, quem nasce torto tarde ou nunca se endireita, ou segundo as palavras da nossa estrela bovinamente encarquilhada: quem nasce porco tarde ou nunca se deleita (segundo informações da própria Vaca Galo, essa multifacetada criatura pós-moderna, de uma cultura tão prêt-a-porter, esta palavra provém do patim de + leite. Moral da história: raramente os porcos dão leite).

Obrigada, Mister, digo Master

VG: Sua Eminência, muito obrigada. Só de pensar nesse cenário tão a meu gosto, comovo-me. É nestes momentos que digo para mim própria: como é reconfortante ser uma repórter sensacionalisto-espectacularizante! A procura da sordidez da verdade maculada pelo vício é de facto uma actividade estimulante e rejuvenescedora! Um grande Saravá para si e para todos os monges do templo! Vou já contar à minha progenitora- aposto que até produzirá mais leite, o que ajudará ao equilíbrio das finanças lá de casa!

Sua Leviandade Manda

VG: Sua Leviandade, tem toda a razão, gastar muito tempo com estas criaturas súbditas do amarelo estupidificante é uma perda de tempo. Bem, sobre o assunto que me põe nesta mesa virtual tenho a dizer algo não draconiano, mas simplesmente ultra-leviano: o consenso geral entre todos os candidatos à CML sobre "devolver o rio à cidade" é muito fashion, é muito algoriano- com o aquecimento global, a edilidade desta cidade à beira-rio, na iminência da implosão e da inundação generalizada, nem terá de esperar muito: será a cidade que será devolvida ao rio e sem se gastar um tostão! O tsunami, neste caso, dará muito jeito, terá um efeito muito higiénico e revelará uma elevadíssima economia actuante.

Lá Vai Lama, Salve Sua Leviandade pela sua perspicácia

VG: Lá Vai Lama, Sua Leviandade, esta sua submissa admiradora de índole bovina, mas não cretina, lhe confessa: estes seres pós-modernos como esta Isabel Martelo gostam muito de se gabar! Ganda latosa! Cuidado com as loiras, às vezes saem-nos os pifos pela alcatra, é a mesma coisa que esperarmos uma picada de um mosquito e sermos albaroados por um jacaré!
Já viu o descaramento da dollie? A seleccionar o filme Os Homens Preferem as Loiras como um dos seus preferidos?! Não admira que a Marilyn Monroe seja um dos seus ídolos- a defender a classe da tintura distraída! E o Tarzan? Ai, que pindérica, que criatura mais terra-a-terra heróis do mar! Sabia que ela viveu no mato africano? É verdade- já a entrevistei, também. Será que viveu em cima das árvores? Muuuuuu....é de estranhar- para quem já praticou tanto desporto, aposto que costumava viajar de liana em liana lá na savana! Cuidado, dizem que as moçambicanas aprenderam com os macondes ( e não me refiro à marca de roupa, mas a uma tribo de gente que, para atingir o purgana, ainda vai ter de reencarnar pelo menos por mais 10.000 anos!) - por dentro da pochette cor-de-rosa escondem sempre uma catana bem afiada! Uiii...Quem nos calhou na rifa como autora! Ainda por cima dança a amarra a Benta como uma negra- já viu uma loira copinho de leite por fora e negra por dentro? Muuuuu...temos de estar atentos....