...hoje, o meu Pai faz 83 anos- parabéns, Papá!...
Universidade Católica, 2006 |
Moçambique, cerca de 1966-1967 |
Moçambique, Mambone, cerca de 1971 |
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...dedico-te esta versão do Cântico Negro de José Régio que reciclei, Cuja Essência (a da Liberdade de Pensamento e da Acção:) tu sempre soubeste actualizar, mais do que por meras e apócrifas palavras, pela Acção, mesmo nos momentos mais inconvenientes no antes e no pós 25 e aí é que está um dos testes de algodão...:)
Vem, por aqui, dizem-me alguns agrilhoados, com olhos moles e baços,
Estendem-me os seus desfibrados braços, demasiado maduros e lassos,
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De que seria bom que eu os seguisse,
Quando me tentam cativar com o fácil, mas enganoso, apelo do "vem por aqui!"
Eu vejo-os com os meus olhos camuflados e pardos,
(Há, nesses meus olhos disfarçados, luzes e desembaraços)
E encolho os ombros que, ao longe, parecem frágeis e cansados,
E face a face lhes digo: "jamais irei por aí ..."
A minha Matriz Paterna/Materna é esta:
Viver com Humanidade, Dignidade e Firmeza de Alma, Coluna e Coração!
Aceitar a solidão de quem não vende a Alma por parca companhia
Que eu vivo segundo os Princípios que herdei,
Com o Sol com que me Ensinaram a vislumbrar a realidade fora da caverna da vã e apócrifa e eufórica objectivante flácida entropia,
Com o Sol com que me Ensinaram a vislumbrar a realidade fora da caverna da vã e apócrifa e eufórica objectivante flácida entropia,
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Para onde a minha Consciência, lucidamente, me levar...
Se o que procuro saber em nenhum reflexo da lamacenta matéria encontrarei...
Por que insistem em afirmar que na condicionada caverna a Luz vislumbrarei?
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E pela Sublime Via Sacra conhecê-lo a fundo,
Foi para respeitar os desenhos Divinos delineados na Areia do Mar Revolto e Profundo!
O mais penso e faço mais do que grão de pó não será...
Mas, não sereis vós, embevecidos e cegos pelos reflexos da luz nas paredes bolorentas da esquálida caverna,
Que me ensinareis a distinguir a luz artificial da Essencial e Eterna,
E mesmo que obstáculos imensos me ponhais frente à face da máscara despojada ...
Corre, no vosso circuito enferrujado, sangue negro da barbaridade,
Acima de tudo, vós amais a preguiça moral, a facilidade de brio mascarada!
Que me ensinareis a distinguir a luz artificial da Essencial e Eterna,
E mesmo que obstáculos imensos me ponhais frente à face da máscara despojada ...
Corre, no vosso circuito enferrujado, sangue negro da barbaridade,
Acima de tudo, vós amais a preguiça moral, a facilidade de brio mascarada!
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