...este post respeita o paradigma do testemunho que julgo pedagógico e terapêutico, pois tenho aprendido muito e até dirimido muitas das minhas inseguranças vivenciais, contactando com histórias de vida similares à minha- é uma espécie de terapia em grupo virtual, lendo artigos e testemunhos por esta via, que abafam a comum sensação que todos temos, nalgum momento mais sensível das nossas tão breves existências, de que, se calhar, somos os únicos a padecer por certas circunstâncias, quando, na realidade, há tanta gente envolvida em contextos similares e até bem piores! Os seres humanos têm esta natural propensão para a autocentração, só relativizada pela humildade e pela sensibilidade para entender as dores alheias, perscrutando o ambiente circundante com lucidez, sentido de justiça e, acima de tudo, Dignidade, que implica o Respeito pelo Próximo e pela Verdade, sobrepondo Princípios a interesses, a Consciência aos instintos...
...até porque várias foram as estratégias mais ou menos explícitas no espaço público, de macular o que se desconhece ou o que interessa que assim seja encarado, num total desrespeito pela vida alheia e até da de uma Criança, numa tentativa reticular de anulação social que constitui crime punível por lei...algum fito teriam e terão, mas não foram , não vão nem irão sem resistência...
...como tal, respeitando a premissa da frontalidade que sempre me caracterizou, continuo a resistir, hoje, na primeira pessoa e no espaço público, onde contactei com tentaculares tentativas recursivas de maculação daquilo que julgo a minha base vivencial e a Grande Herança Simbólica que recebi de Berço- a Honra- e que lego à minha Filha...bati-me por ela estes meses e continuarei, pois ensinaram-me assim...e, dado que a tentativa de anulação social e até pessoal tem sido efectivada neste contexto, para além de outros (mas esses serão tratados a seu tempo...) é neste contexto que tem sido combatida...se não tiveram e têm pudor em tentar anular e macular alguém aqui, por dinâmicas sujas e cobardes, só assumidas frontalmente em raras ocasiões e com uma retórica degradante, que tiveram consequências tão graves até para uma Criança e para os meus Pais, por que é que eu hei-de ter pudor em falar do meu percurso de vida limpo e de todas as ignomínias a que fui sujeita só por existir, assinando o que digo?...
...começando :) separei-me, a primeira vez, em Junho de 2007, estava resolvida a acabar com aquilo que, para mim, se tinha tornado um tormento- consultei um advogado e decidi avançar-, apesar de Amar muito o meu ex-arido (18 anos de convivência (11 de namoro, 7 meses de união de facto e 7 anos de casamento, excluindo mais 2 anos e meio de separação e de um processo de divórcio dolorosíssimo e desgastante) garantiam-me ser aquele o Grande Amor da minha Vida... não me envergonho, jamais, de o dizer, pois orgulho-me de afirmar que me casei por Amor, do qual nasceu a Nossa Grande Bênção- a Nossa Filha (um Milagre, pois padeço de endometriose, com formações quísticas, uma patologia que provoca infertilidade em cerca de mais de 50 % dos casos (fui operada em 1999, na Maternidade Alfredo da Costa)...
...lutei pelo meu casamento, anulando-me, tantas vezes, mas, mesmo assim, sempre mantendo o Amor pela pessoa que é, hoje, apenas o Pai da minha filha e um perfeito estranho para mim, Afecto que incluía uma admiração total pela sua inteligência e competência muito acima da média (um crânio! :), em cujas mãos confiei, literalmente, a minha vida, pois julgava-o o meu Príncipe, aquele por quem teria dado a minha vida e dei-a em parte (o meu ex-marido, no namoro, foi um dos meus melhores Amigos, um namorado perfeito, e por pior que tenha sido o que se passou no casamento, eu não posso deixar de sentir uma Profunda Gratidão por tal apoio que me deu durante esse período, que mo fazia admirar, quase idolatrar, de forma inexorável... como cristã tenho esse dever de suplantar aspectos tão negativos pelos tão positivos, perdoando (o meu luto teve esse propósito- o Perdão no sentido cristão- e consegui-o, hoje, estou livre, ainda que algo desestruturada pela gravidade de tudo o que sucedeu e por tudo que fui sabendo, que ultrapassa questões amorosas pretéritas (meras banalidades!), mas tem a ver com Algo muito mais Desconcertante e muito Desestruturante- ter vivido numa contínua mentira, durante anos a fio, sacrificando a minha vida, com um indivíduo que, afinal, nem conhecia que se tornou, literalmente, numa Fera pronta a estraçalhar-me, valendo-se de outras criaturas da mesma espécie...
...é que uma coisa é um divórcio em que há alguém que se desapaixona pelo cônjuge ou se apaixona por outrem e decide tomar, condignamente, outro rumo, informando quem de direito e acabando o vínculo conjugal com base no respeito mútuo, ainda que envolva a inevitável dor, outra são estas situações de manipulação, mentira, farsa e tentativa de destruição do outro, durante o casamento e pós separação, ainda por cima, quando há Crianças envolvidas, que sofrem muito com todas estas estratégias maléficas patologicamente egoístas! são autênticos criminosos que destroem vidas e deveriam ser tratados como tal...
...por estranho que pareça, nessa primeira separação de 2007, só aceitei um regresso do meu ex-marido por um pedido de perdão e promessa de remissão de comportamentos menos próprios, que só surgiu 7 anos depois de tudo começar, talvez pelo que ele próprio expressou: "estou lixado!", face à saída de casa - hoje, sei que foi tudo uma farsa para delinear, com calma e tempo, o divórcio, defendendo os seus interesses com base na minha total anulação pessoal e social...
...prometeu-me frequentar sessões de terapia familiar, até porque, nas tentativas de diálogo, a pessoa nunca assumia responsabilidade alguma, a culpa era sempre minha e, como tal, eu julgava que seria bom estarmos s ser mediados por alguém...só se efectivou uma sessão, pois o meu ex-marido recusou-se a continuar, alegando falta de meios - vim, depois, a saber onde essas quantias eram gastas, semanalmente- em sessões de danças latino-americanas que eram, tradicionalmente, dadas como reuniões (a desculpa mais velha deste mundo!)- não deixa de ser irónico, pois eu, que adoro dançar, pedia-lhe, com frequência, para irmos os dois, mas a recusa era norma e a a minha presença enfastiava-o, com regularidade... :)...
...e por que é que eu aceitei o perdão? havia tantas atenuantes (pressões familiares e de circos, perdão, círculos de amigos, maldades e venenos constantes , sempre auto-desresponsabilizadamente não assumidos, desgastes contínuos em momentos tão sensíveis e delicados, como o de ter dado à luz e regressar àquele que pensei ser o meu Lar, e, logo, se transformou num campo de guerras territoriais por parte de membros da sua família cujo desporto era o assédio moral contínuo...eu, educada para não saber responder a certas provocações, empacava, sem saber o que dizer perante tais alarvidades...após 4 meses de ter a minha Filha, foi-me proposto um casamento de fachada, sendo recorrente a afirmação de que eu não fazia parte da família nem deveria tentar "chegar-lhe aos calcanhares" e de que "a porta da rua era a serventia da casa"...
...a Mãe e a irmã deliravam com estas provocações, ainda que adorassem ir almoçar e jantar à custa da "empregada", que elas diziam julgar-se muito fina...eu era considerada a inquilina da minha morada de família e foi-me dito, por várias vezes, que até pagava uma renda barata que não iria encontrar em mais algum lugar e que tinha a sorte de ter alguém que pudesse pagar as despesas da minha Filha - atenção: muitas das despesas estavam a meu cargo...chegaram ao ponto de dizer que eu "tinha dado o golpe do baú"- mas o baú, literal e simbolicamente, fui eu que o levei...
...assumo tb as minhas responsabilidades, pois por uma auto-estima deficitária, pelo Amor Cego que tinha pelo meu ex-marido, por receio de perder a minha Filha (desde que ela nasceu que essa ameaça era verbalizada, para além de outras barbaridades....) , pois sabia que não tinha uma situação profissional estável, permiti situações inconcebíveis (o ser humano, quando não são impostos limites, avança...)...fui perdoando cenas inesquecíveis, humilhações privadas e públicas...
....hoje, sei-o, depois de uma quase investigação particular que me propus fazer pelo sentido de Justiça que tento sempre actualizar e porque gosto de entender, racionalmente, as situações para fazer a ulterior completa digestão emocional, tb existiram erosões de fontes das quais eu nunca suspeitaria que, meticulosa e dementemente, foram envenenando um Lar que as acolhia com Real Afecto e sempre com Solidariedade Fraterna....erosões que, face à emergência da Verdade, me desestruturaram profundamente, pois mexeram com memórias longínquas- há Verdades que não se devem saber, se bem que eu julgue que Esta é sempre libertadora e eu tinha de a enfrentar...):...bem, pelo menos, serviu para eu ter a ideia de (quase) todas as dinâmicas envolvidas...é que eu passei quase 2 anos sem saber bem o que acontecia e tinha acontecido e as verdadeiras causas de certos acontecimentos...
...e, confesso, eu não tive a força nem a inteligência emocional e pragmática suficientes para lidar com certas situações que tanto me magoaram e desestruturaram...
...bem, mas em 2007, quando da primeira separação, pelo Amor que tinha ao meu ex-marido e, fundamentalmente, pela nossa Filha, achei por bem dar mais uma oportunidade ao que se tornara um tormento, uma fonte de contínua humilhação...foi um erro- caso tivesse mantido a decisão, ainda teria tido um ano de bolsa pela FCT e tinha tempo para recomeçar a minha vida sem me ter submetido a mais mentiras, manipulações e tentativas de anulação...
...não fui para o casamento de mãos a abanar e muito menos fiz do casamento uma fonte de enriquecimento pessoal- até é cómico pensá-lo, eu, que comprei o meu anel de noivado por 0,60€ num indiano :))) (sempre fui daquelas totós generosas que preferem deixar de almoçar a ver alguém deixar de o fazer :), muito pelo contrário, saí sem algo que fosse (a minha concepção de Família é a de trabalhar e contribuir para o bem comum, mas não era, de todo, isso que sucedia- caí num esquema de controlo económico e pessoal obsessivo :)- pecúlios familiares oferecidos (e não eram tão pequenos assim!) e bolsas advindas do meu esforço académico foram sendo delapidadas, sempre e constantemente, em prol do bem familiar, com transferências directas para contas particulares, estando uma casa a ser paga sem estar no meu nome tb...paguei móveis, despesas várias, sempre as minhas roupas e calçado (sempre comprei muito pouco, pois guardo roupa e calçado com 20 anos, recebo roupa das minhas irmãs, de Amigas, coso, modifico, recrio, reciclo... :), grande parte das da minha Filha (tb crio e recrio algumas para ela, mas sempre lhe comprei roupas e calçado novos, modernos, mas sempre poupando, pois como temos um gosto particular, tento encontrar sempre peças lindas em saldos... :)...paguei, sempre, os meus livros, as minhas pós-graduações e outros cursos como o do British Council, as minhas deslocações internas, parte das férias, e, quando das conferências no estrangeiro, as minhas despesas, reembolsadas, depois, pela FCT...aprendi a fazer de tudo em casa e até móveis arrastava sozinha......cozinhava para amigos e respectivas mulheres e prole de Sua Excelência e chegava a apoiar mulheres à beira de um ataque de nervos, em crises matrimoniais...fazia-o com todo o gosto, como se fossem minhas Amigas, quando, de facto, não o eram e eu sabia-o (fazia-o porque sou cristã...)
...em 2001, depois de fazer o estágio profissionalizante (a Pós-Licenciatura que me garantiria dar aulas de Português :), grávida, padeci de uma pancreatite aguda- fui hospitalizada, a 9 de Agosto, em estado muito grave no Hospital S. Francisco Xavier e quem me valeu foram os Drs. Papoula e José Fidalgo, que nos salvaram a vida (muito obrigada, uma Eterna Gratidão para com estes dois grandes clínicos, sem a ajuda dos quais não estaríamos aqui...! :)...estava grávida de 5 meses e o episódio decorreu 5 dias após ter-me casado - passei a lua-de-mel no hospital, ofereci as viagens pagas pelos dois a uma das minhas irmãs... :)
...no dia seguinte ao episódio, senti dentro de mim uma Vitalidade que agradeço a Deus e aos Meus Protectores e soube que estávamos salvas...todavia, os médicos receitaram-me uma dieta rigorosa e muita calma, pois não sobreviveríamos a um novo episódio e não podia ser operada, estando grávida... respeitei a dieta, não pude beneficiar de calma (em Setembro, tive um forte choque emocional- o meu ex-marido trouxera de uma viagem umas fotos com outra criatura, que teve o desplante de me mostrar, sabendo que o médico me recomendara paz...e o que me choca era que eu estava grávida...), nem pude ser operada à vesícula (a pancreatite deveu-se a uma fuga de um cálculo que me infectou todos os orgãos adjacentes) 6 meses após o nascimento da minha Filha, como prescrito...quando lá fui, dois anos depois, por milagre, as pedras tinham desaparecido...a própria médica que me fez a ecografia estava perplexa, pois os exames tinham sido efectuados no Hospital e tinha a ficha na mão...
...concorri aos mini-concursos no dia 11 de Setembro de 2001 (estranha data! :), nem um mês após a saída do hospital (fiquei internada 9 dias - do dia 9 ao dia 18 de Agosto ), com um barrigão e muito cansada (fiquei com uma calcificação no pâncreas), dado que o meu ex-marido estava na tal viagem a trabalho e lazer (pelos vistos), lá foram os meus Amigos e a minha Mãe ajudar-me a preencher papéis...não fui colocada, ainda pedi o subsídio de desemprego, mas não consegui, pelo que o meu ex-marido auferia...tínhamos decidido que eu ficasse em casa a tratar da Bebé (ela nasceu quase no Natal- foi o Natal mais lindo da minha vida!- passei-o na Maternidade com a minha Filha Linda e o pessoal desta instituição foi, simplesmente, maravilhoso para comigo, desde o cirurgião até às enfermeiras! :) e assim foi...amamentei-a 8 meses, aos 4-5 meses, o meu marido foi operado ao tendão de Aquiles, tendo que ficar em casa, quase imobilizado e eu fazia tudo (eu fui submetida a uma cesariana, quando do parto, mas, passado 4 horas, estava a tratar da Bebé e em casa nunca me prostrei com as dores que sentia, o que facilitou a cicatrização :) e sentia-me feliz por isso, apesar do ambiente já ser francamente mau, até porque ele se encontrava a acabar a sua tese de Doutoramento e eu queria apoiá-lo (sempre tive muito orgulho nas suas capacidades fora do comum! :)...tudo o que eu fazia era desvalorizado (até o meu próprio leite materno, que era encarado explicitamente pela sua Mãe como "essa porcaria que tens para aí!")...tudo tentaram para que eu deixasse de amamentar a criança, até o argumento de que ficaria com o peito estragado era usado...:) e fui-me habituando...quando o meu leite começou a ficar fraco, consideravam uma esquisitice eu fazer o leite artificial com água de aveia previamente fervida e coada...mas foi o leite materno e essa receita tradicional que fez com que a minha Filha só tivesse tido uma cólica uma vez na vida...era uma Bebé tão calma que estava sempre a rir!
...os desrespeitos começaram a acentuar-se - houve um aniversário dele em que não me convidou para o jantar de família com os Pais- fiquei tão em baixo, já tinha comprado a prenda (como sempre fazia) e lembrei-lhe que era a sua mulher - então, lá acedeu a que eu fosse, mas a sua Mãe não permitiu que a noite passasse sem as regulares humilhações...eu tenho depressões reactivas desde a minha adolescência, a Senhora que sofre de problemas psiquiátricos bem mais graves achava que me deveria humilhar por essa circunstância...confesso que, como sou uma pessoa que sempre achou um atraso alguém ter vergonha de ter depressões e de tomar antidepressivos, sempre assumi que as tinha e que os tomava (acho uma aberração o contrário! ...em países como os EUA quem não tem psiquiatra ou psicólogo é considerado estúpido- ok, é o extremo oposto, mas se uma pessoa tiver uma dor de dentes não vai ao dentista? então, se tem uma depressão vai ao psiquiatra para ser devidamente medicado e convém ir a um psicólogo para fazer terapia, pois os medicamentos só por si não curam...)...bem, mas, por milagre, deixei de os tomar depois de ter o episódio da pancreatite, recomeçando em 2006, face a todo o desgaste a que era submetida...
...perante o que começara a suceder e o medo de não ser colocada de novo, o que aconteceu, mesmo tendo eu concorrido, novamente, aos mini-concursos do ano lectivo de 2002/2003, e o pânico de me ver na dependência total desta gente, decidi pensar numa solução inovadora e com os últimos 5.000 € que a minha Tia me tinha oferecido (que queriam eu gastasse num carro em 2º mão da irmã, daí as pressões contínuas para que eu tirasse a carta, mas enganaram-se, pois eu inscrevi-me na carta (não a pude concluir, mas fui eu que sempre paguei as minhas despesas), mas opus-me à compra do carro - afinal, no meio de tanta estupidez, sempre tive alguns momentos de lucidez...:) paguei o meu Mestrado (entrei em vários a que concorri, mas, felizmente, escolhi o da Universidade Católica...fi-lo por questões pragmáticas- era em Ciências da Comunicação, o meu sonho, era numa Universidade com tanto prestígio e baseava-se em módulos leccionados num regime pós-laboral, duas vezes por semana, o que me permitia tratar da minha Família e continuar a leccionar umas aulas...foi o que fiz...
...o Mestrado foi a minha salvação, pois comecei a ter boas notas e a minha auto-estima inflacionou e comecei-me a fascinar com a investigação (entreguei muitos trabalhos com base em directas, mas sentia-me tão bem! :)...afinal, eu era capaz!- tinha tido uma Filha, julgando por tantos anos, que era infértil, tinha-me livrado das depressões (a minha médica, na altura, disse-me que deveria ter sido uma mudança hormonal, devido à gravidez, mas eu cá julgo que Foi mais um Milagre e uma Nova Oportunidade que Deus me Concedeu na Vida :) e consegui tratar sozinha e esmeradamente da minha Bebé, mesmo num ambiente hostil...ela foi para o infantário com 9 meses (o qual paguei integralmente, pois o meu ex-marido disse-me que não o faria, dado que queria que a Criança fosse para casa da Mãe); tratava da casa, cumpria as minhas obrigações de mulher e dona-de-casa, leccionava aulas de Português como Língua Segunda, em regime de voluntariado a imigrantes e a recibos verdes como Língua Estrangeira a um público anglo-saxónico, para enriquecer o curriculum e poder entrar nesse novo mercado emergente...
...só no ano seguinte (a partir de Janeiro de 2003), durante 7 meses, a Bebé ficou em regime de infantário (voltando para casa, diariamente, com algumas excepções) na casa da Avó paterna, regressando ao infantário com 1 ano e 10 meses - isto porque, apesar de eu pedir ao meu ex-marido para que a menina fosse para um óptimo infantário no ano lectivo de 2003/2004, a resposta foi que seria a sua Mãe a decidi-lo, já que no ano de 2003 até Agosto tinha ficado com a Criança... resultado: avisou-nos só em Outubro de que teríamos de encontrar uma outra solução, pois estava com uma forte depressão e não poderia ficar mais com a Criança- já não havia vaga num óptimo onde ela teria sido tão feliz!, tivemos que a pôr num dos únicos que encontrámos disponíveis...foi um stress!
...as decisões eram sempre tomadas unilateralmente, a minha opinião era sempre desvalorizada e até era proibida de ir às reuniões de condomínio (mas, quando havia situações delicadas a tratar com os vizinhos, como água suja a cair em cima dos babetes e roupa da minha Filha no estendal; fumo vindo de lareiras dos vizinhos, que nos entrava pela casa dentro e que eu temia fizessem mal à Bebé; ou água com fezes de um animal a entrar-nos pela varanda dentro, mandava-me a mim...:)...aliás, especializei-me em tratar de assuntos como chamar os Bombeiros quando perscrutava situações que poderiam pôr em risco vidas - caso de fumo vindo da cave; de um estendal de uma vizinha enferrujado todo partido que, caindo, poderia matar alguém que passasse no pátio, etc...:)
...publiquei o meu primeiro artigo científico ainda estando a completar a parte lectiva do Mestrado - em Junho de 2003, em Ceuta, pelo Instituto de Estudios Ceutíes- fui tão bem recebida por pessoas de tanto prestígio e correu tudo tão maravilhosamente que a minha auto-estima consolidou-se, acabando por concluir a parte lectiva do Mestrado com 17 valores (depois de efectivar 3 melhorias de nota), defendendo a tese em 2006 com Summa cum Laude (Muito Bom, com Louvor e Distinção :)...
...uns dias antes, a minha Filha estava em casa da Avó paterna e eu pedira ao meu ex-marido, de joelhos, para que não dissesse à Mãe que eu iria defender a minha tese...confesso que a senhora passou a inspirar-me um medo esotérico...a defesa ficou marcada para dia 16 de Março, quinta-feira às 17h...na quarta-feira pensei, à noite, que ele tinha cumprido o que lhe pedira, mas, no dia seguinte, toda feliz, pois tinha os meus Pais, a minha Família e alguns dos meus Amigos convidados, cerca das 11h da manhã, recebo um telefonema da senhora a informar-me, com algumas gargalhadas maléficas, de que não poderia ficar com a Criança, pois tinha uma consulta às 17h...foi um stress!....a minha Mãe, então, telefonou a uma ex-aluna dela, que ficou com a nossa Filha na cantina da Católica, enquanto eu procedia à defesa da tese...Deus Protegeu-me e, embora bloqueasse no início, meti o turbo e consegui....de regresso a casa, o meu ex-marido fez questão de frisar que a minha "defesa de tese não tinha sido grande coisa!"...pasmei!...
...ainda antes de acabar o Mestrado, já me tinha inscrito, em 2004, no Doutoramento, desta vez, voltando à minha Casa Mãe- a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa...
...paralelamente, fui sempre fazendo cursos de especialização nas 2 áreas basilares da minha formação: a leccionação de Português como Língua Materna/Estrangeira/ Segunda e a Comunicação em três vertentes: o Estudo dos Media; a escrita criativa e o jornalismo literário; a Comunicação Organizacional...
...para além da questão de poder ter mais perspectivas profissionais- fui sempre enviando curricula para universidades, empresas (sem sucesso, pois fi-lo sempre enviando, simplesmente, o meu cv- só tive um trabalho por um conhecimento familiar, que sabia ser eu uma boa profissional na área do copy writing... :), fui trabalhando voluntariamente, leccionei aulas numa Universidade sem contrato escrito e sem receber algo que fosse até acabar o semestre em Março, ficando a mesma instituição a dever-me cerca de 600 €, que se propôs a pagar em prestações, nunca o cumprindo, mas nem por isso deixei de leccionar aulas suplementares, pois sempre pus os interesses dos alunos acima de qualquer circunstância-, eu queria tanto que os meus ex-marido, Filha, Pais, Família e Amigos me admirassem!...quão ingénua e até parva fui!...por vezes, quando saía da universidade e uma vez que era perto do local de trabalho do meu ex-marido, ia lá ter para regressarmos juntos a casa...à 3ª vez, fui admoestada de forma severa, dizendo que não me admitia que eu assim procedesse...era um treinador exímio e a co-worker, de uma dignidade fenomenal, afinal, já lá dançava (os ritmos latino-americanos têm destas coisas- são muito gingões :)!...
...a vida foi-se complicando (entre 2006 e 2007, verificaram-se 3 operações na Família: (a) a do meu ex-marido por uma apendicite aguda (cheguei a receber telefonemas de amigos dele a insinuarem que eu tinha tido alguma coisa a ver com o episódio (o que não deixava de ser irónico, pois face às dores que começaram creio que numa quinta-feira, face aos conselhos para irmos ao hospital, Sua Excelência e sua Mãe resolvem, na sexta-feira, com o mesmo quadro sintomático,,ir fazer compras ao Colombo e só na segunda-feira é que, perante a insistência da minha Mãe que, tendo estado em África, quase se revela uma enciclopédia médica, e minha, face ao que li na Internet, é que lá se resolveu a ir) - e o mais ignóbil é que, chegada eu ao hospital, sou verbalmente agredida pela sua Mãe e irmã, na enfermaria, culpando-me da ocorrência, para além de ter sido sujeita, de madrugada, pois tive de ficar com a minha Filha, a um telefonema completamente demencial de sua Mãe, abordando graves problemas familiares que sempre tiveram de forma violentíssima...um horror para quem já estava de rastos!); (b) a operação da minha Mãe (uma operação de risco na semana anterior ao Natal); (c) e a da minha Filha aos ouvidos em Abril de 2007 ...entretanto, era eu a ter de lidar com todas estas circunstâncias (fi-lo com muito gosto e fá-lo-ia de novo :), estando na altura com um surto anoréctico nervoso (esquecia-me de comer...) e a adiar a minha vida académica e profissional, ao mesmo tempo que era, constantemente, acusada de viver à custa de alguém para quem fazia transferências directas, mensais, para uma conta pessoal, para além de outras quantias...eu estava sempre a dever-lhe dinheiro, de uma forma ou de outra...as humilhações eram constantes - tive de ouvir e assistir a verdadeiras barbaridades!...mas nunca deixei de Amar o meu ex-marido...tinha uma dependência emocional e a minha sempre vontade de perdoar era soberana...
... fui fazendo seminários (completei 12 entre os anos lectivos de 2004/2005 e 2009/2010, pois queria deter sólidos conhecimentos na área dos Estudos dos Media e transitar para a área da Comunicação Estratégica, o que consegui....para além de que este contacto constante com a Faculdade me ajudava a superar problemas graves da minha vida particular, contactando com o mundo, embora de forma episódica (a minha vida social era, praticamente, inexistente...) e reforçando a auto-estima...tive pena de ter de desistir de 2 seminários...
...fui trabalhando na tese, até que a tal tentativa de 2007 de "salvar" aquilo que já estava condenado por um dos membros do casal que só pedira perdão para pôr um plano indigno em prática, meticulosamente calculado, por questões tão pragmáticas como: (a) saber à partida que, tendo saído de casa, teria que continuar a pagar o arrendamento da morada de família (nunca algo em meu nome se pretendeu, apesar de eu ter, sempre, contribuído tanto monetária como com muito trabalho e muita abnegação perante as minhas legítimas aspirações profissionais); (b) que a lei do divórcio se alteraria no ano seguinte e que eu ficaria sem a bolsa pela FCT em Setembro de 2008 (hoje, tenho consciência de todo esse ignóbil plot, disfarçado com micro-narrativas cobardes de quem jamais teve a hombridade de se portar com carácter...)...não havia nunca disponibilidade de comprar a casa (a primeira morada de casal, escolhida e limpa por ambos, foi posta num só nome, embora já vivêssemos juntos e o dinheiro da minha Tia já estivesse a ser usado), apesar das promessas sempre adiadas (eu receava pela segurança da minha Filha e pela minha, como é natural, e expressei-o sempre com frontalidade, pois dado o que tinha recebido da minha Família e o que auferia das bolsas de mérito pela FCT, poderia ter ido comprando uma casa, nem que fosse um T0, para, hoje, a poder oferecer à minha Filha e não estar a sobrecarregar os meus Pais...)...era sempre para o ano seguinte e, quando eu falava no assunto, era apelidada de materialista e caía o Carmo e a Trindade...
...ora, em Março de 2008, o divórcio é-me pedido, invertidamente, de forma ignóbil, depois de eu estar extenuada por problemas de saúde alheios contínuos (mais uma operação face a um problema que andou anos a ser dado, por narrativas familiares dele, como tendo como fonte a minha existência- durante 7 anos, eu era apelidada, constantemente, pelo epíteto de "fonte do mal, que desperta o pior que há nos outros"...cheguei a acreditar e, ainda hoje, há momentos em que essa lógica me aflora), quando se chega, clinicamente, à conclusão inequívoca de que o mesmo problema teve como causa outro tipo de situações, que puseram em risco a minha vida, mas que nunca alguém se importou em saber se, de facto, isso aconteceu ou acontece...)...eu procurei, sempre, prestar os cuidados que as recuperações alheias mereciam (cheguei a ser chamada através de um sino), descurando os meus problemas de saúde (eu tenho de ser seguida, regularmente, pela endometriose e pela calcificação do pâncreas, mas não o faço há mais de 3 anos, pois simplesmente a vida não o permite; em Março de 2008, quando estava a andar de patins, caí e parti o cóccix, mas nem pude ir ao hospital, pois tinha medo de ficar internada e não poderia dar a assistência devida em casa...)...
...eu, em Março de 2008, estava com 4 projectos adiados na mão- um trabalho base da tese para um dos seminários; um projecto de negócio que tinha enviado para o DNA Cascais e tinha sido seleccionado para ser um dos representantes portugueses no Pitch 2008; a concretização de uma newsletter para a revista da IALJS relativa a uma conferência decorrida no ISCSP, em Maio, sobre Jornalismo Literário; um projecto de 17 peças destinadas ao Concurso de Design do Museu Colecção Berardo 2008...tudo isto com o foco de acabar a tese de Doutoramento, mas, simultaneamente, com a noção de que a bolsa pela FCT finalizaria em Setembro de 2008 e eu teria de encontrar alternativas viáveis, com base nas minhas competências, e um dos meus sonhos era criar um negócio com base no artesanato urbano, uma das minhas paixões, para além da escrita criativa...
...daí que tenha criado plataformas virtuais para promover marcas comerciais registadas em meu nome (aliás, o meu próprio nome foi registado como tal para ser o naming de colecções de roupa e acessórios que eu idealizava desenvolver...:); assim como a escrita criativa, enquanto expressão do meu dom essencial que se afirma, simultaneamente, como uma via terapêutica (o distanciamento narrativo tem-me atenuado uma depressão que se instalou e da qual estou a ser devidamente tratada, face a tudo o que, ininterruptamente, sucedeu e que, hoje, agradeço a Deus, pois fortaleceu-me, apesar de não me ter desvirtuado a crença no ser humano (nalguns, confesso, de outros fujo a sete pés, pois lembram-me verdadeiros sádicos carrascos...detecto-os à distância...para além de que padeço de ataques de pânico frequentes, despoletados por qualquer estímulo pavloviano...daí tb o isolamento...)
...eu aceito o pedido de divórcio na Pastelaria Quadrante do CCB, a 30 de Março de 2008, depois de entregar o último projecto e de ler um postal da revista Happy Woman, com um discurso de uma mulher livre que julguei poder ser um dia eu (guardei vários exemplares... :)...não conseguia olhar-me mais ao espelho, se não o aceitasse...aliás, a pessoa estava determinadíssima e tinha tudo delineado, já de antemão...
... tentámos, então, estabelecer um acordo, durante largos meses (de Março de 2008 a Fevereiro de 2009), eu não compreendia como é que um processo tão simples, em que estávamos ambos de acordo sobre tudo, se arrastava...mais tarde, compreendi porquê...foi quando tive de intentar, recorrendo aos serviços de uma prestigiada advogada, em Fevereiro de 2009, um novo processo de divórcio sem consentimento do cônjuge, que ficou, definitivamente, concluído no dia 11 de Dezembro último...a partir de Fevereiro de 2009, aceitei o regime de custódia conjunta, pois considero uma cobardia que os Pais usem as crianças como arma de arremesso e sei que a minha Filha tem uma óptima relação tanto com o Pai como com a Mãe e ninguém tem o direito de as destruir, muito menos por interesses materiais....
...ainda assim, do início de 2010 até Junho do mesmo ano, o acordo foi delineado e aceite oralmente, prescindindo eu da matéria (o valor dos dois carros (um de 1995, quase sem valor comercial, ficaria, de acordo com Sua Excelência, para a totó- de notar que, desde 2009, se negou a pagar o seguro, logo não tendo eu carta e tendo estado a viatura tanto tempo parada, hoje, vale muito pouco) ; o último, um SUV ficaria para Sua Excelência (aliás, na prática, foi o que aconteceu-i.e., fiquei sem algo que fosse-, embora os bens estejam no nome dele e tenham sido comprados na vigência do casamento...)...este SUV foi comprado em 2007, compra unilateral e previamente decidida e branqueada por uma ida a Fátima- enquanto eu fiquei no Santuário (que ele sabia ser tão importante para mim :), Sua Excelência foi tratar do carro dos seus sonhos objectivados, quebrando a promessa da compra da casa.... :) ....por esse acordo, verbalmente, aceite até Junho de 2010, estava disposta a prescindir de mais direitos patrimoniais meus em prol da minha Filha, para que ela tivesse uma conta quando chegasse aos 18 anos, que lhe permitisse cumprir sonhos como o do Mestrado que realizei com o dinheiro a mim destinado pela minha Tia...
...a última proposta do lado contrário surgiu uns dias antes do julgamento, de Junho de 2010, com valores irrisórios atribuído ao SUV, pois o outro, de facto, quase nada valia...sei, hoje, o que de ali vinha, pelo que sucedeu em Agosto num evento de dançarinos andarilhos, para o qual eu e a minha Filha fomos convidadas- a ignomínia a que certas pessoas se prestaram- nomeadamente, a tal co-worker dançarina e andarilha um pouco actualizadora da história de Sansão e Dalila, mas ao contrário, e o que estava, de facto, delineado...nada de espantar, face ao que, afinal, sempre se passou, e ao carácter dos intervenientes, incluindo a dita (se há coisa que considero repugnante são golpes baixíssimos que degradam o próprio género, até porque jamais me prestei a descer ao nível- a partir da admoestação, nunca mais voltei ao local de trabalho do meu ex-marido e jamais pus em causa as reuniões (eu acreditava mesmo nelas :)) e estando já habituada a certas cenas, a minha atitude foi sempre a do afastamento e do "sorriso na sala, choro no quarto", ainda que tudo fosse branqueado com o slogan recorrente do meu ex-marido-"és a fonte do mal, despertas o pior que há nos outros"...aliás, foi o meu próprio ex-marido que, no namoro, me aconselhou: "não se chora perante certas pessoas", custe o que custar...- logo, não percebo o desespero dessa dançarina andarilha, para se prestar a descer tão baixo!...nem eu nem a minha Filha nos aproximámos da tenda de Suas Excelências (nem sabíamos onde era, estávamos a querer distrai-nos, a minha Filha estava a gostar tanto das danças...) e, quando os víamos, ela cumprimentava normalmente o Pai, eu guardava uma distância segura e, depois, afastávamo-nos (eu nem sei como é a cara da dita...:)...aliás, só nos refugiámos em casa de familiares, próximo do evento, quando senti (eu sou assim- só a partir da 3º coincidência vejo que já se está a aproximar uma evidência :) que não estávamos, de todo, em segurança- afinal, estávamos no seu território (agradeço a uma Pessoa que, sem me conhecer, me alertou...Obrigada! :)
...em Maio de 2008, um episódio deplorável e assustador, devidamente reportado, levou-me a sair com a minha Filha da morada de família em Junho (senti a minha vida em risco e sabia que se continuasse lá o meu destino ainda seria pior...o que é a vida perante um tecto ameaçador?melhor - o que é um tecto perante uma vida ameaçada?)...2 dias depois do episódio, começava a exposição das minhas peças na Biblioteca Operária Oeirense (20 a 30 de Maio de 2008)...lembro-me que fui, atrasadíssima, a tremer, ainda com peças por terminar (duas telas foram terminadas na própria sala de exposições), com a minha filha pela mão, no carro de uma vizinha que, amavelmente, nos deu boleia, para a inauguração daquela que constituía um dos meus sonhos realizados- a exposição das minhas peças...
...a partir daí, eu e a minha Filha ficámos entregues a nós próprias e encarámos com coragem e com a alegria possível essa nova etapa...pu-la logo a aprender um instrumento musical, pois pensei que seria primordial, libertando-se pela criatividade que sempre demonstrou (ela acha piada eu fazer-lhe peças de roupa e acessórios e, como desenha muito bem, creio que seguirá alguns passos nesse sentido... :))...
...mas, intensificou-se o nosso calvário...em Setembro, fiquei sem Bolsa da FCT, ainda leccionei umas aulas numa universidade cujo pagamento (500 €) só foi efectivado um ano depois (em 2009 ), pois exigiram-me a consulta ao IRS conjunto (hoje, sei que isso não é legal) e eu nem a senha tinha- eu nunca pude consultar um IRS no qual constava o meu nome e no qual as despesas de saúde e escolares a meu cargo garantiam um abatimento considerável (aliás, eu chego à conclusão de que eu fui, meramente, um instrumento de garantia de receitas. o que não deixa de ter a sua piada e de constituir uma Lição de vida...:)...
...o desgaste emocional contínuo recomeçou e o poder tentacular alastrou-se...o falso papel de marido condoído começou a ser representado, mas as garras só se afiaram completamente quando deixei arquivar a queixa...eu queria paz- era tão parva que não entendia que mostrar boa vontade a este tipo de gente é interpretado como receio e como permissão de abate...o processo de alienação parental reforçou-se e estendeu-se...vários agentes nele participaram, activamente...uma ignomínia, saldada a seu tempo...
...os meus Pais começaram a ajudar-me a pagar todas as despesas, ainda me foi atribuída, pelo meu então marido, por 2 meses, uma pensão de 300 €, que me foi retirada no Natal de 2008...desde então, mesmo sabendo da minha situação de desemprego, alega que nada pode fazer...sei que contava que eu desistisse da custódia da minha Filha, mas enganou-se...há Pessoas e Afectos que não têm preço, já o deveria saber...
...tentei, então, vender as minhas peças de artesanato em duas feiras, mas não consegui :)...depois, ofereci-as a Amigos, como parca retribuição de tudo o que tinham feito por nós...ainda trabalhei com uma pseudo-familiar que entrou em contacto comigo, pela net, para eu a ajudar, servindo de intermediária num pedido de emprego numa empresa de um familiar comum que ela só conhecia de nome- acabei, na minha totozice, a não só tentar com que a sua vida profissional melhorasse, acedendo ao seu pedido, como a ser, continuamente, encarada como a sua empregada e a auferir 10% (250 €), no Natal de 2008, daquilo que Sua Excelência ganhou num trabalho em conjunto...para além de ter de aturar as suas investidas dementes contínuas via telemóvel e email...ora, pela mesma via, acabei com as investidas...jurou que me daria cabo da vida...mais uma...eu, de facto, parece que tenho um íman para atrair este tipo de sangue-sugas...
...em 2009, começo a trabalhar como comercial numa empresa de crédito, mas o mercado não estava nada bom, candidato-me, então, a uma bolsa pelo Instituto de Estudios Ceutíes por um projecto na área da Comunicação Organizacional que termino em 2010, estando a aguardar o pagamento dos restantes 90% (recebi 10 % = 250 € no início), que irei dividir com a designer que comigo trabalhou- uma das minhas irmãs- que considero uma excelente profissional...
...desde então, tenho tentado conseguir empregos sem sucesso, até mesmo em lojas e cafetarias, mas não raro, dizem-me que tenho um cv demasiado bom para lá trabalhar...candidatei-me, este ano lectivo, de novo, aos concursos de Professores do Ensino Básico e Secundário, mas não fui colocada, como milhares de colegas não foram...estou a pensar, seriamente, em dar-me até como não licenciada para que, após a entrega da tese de Doutoramento que tenho de cumprir, possa auferir rendimentos e possa retirar ou, pelo menos, dirimir esse peso de cima dos meus Pais, com os quais residimos...
...paralelamente, vou continuando a trabalhar voluntariamente, pois o trabalho voluntário sempre me ajudou a recuperar a auto-estima, a sentir-me válida, a ter esperança, pois sinto que me estou a enriquecer como pessoa e profissional, adquirindo mais experiência e aprendendo com pessoas com percursos de vida fantásticos!...há pessoas que acham estranho e até desconfiam do facto de eu prescindir de tempo precioso para elaborar certos trabalhos não remunerados, mas nem sequer se apercebem que todos os que tenho feito resultam de competências que os meus percursos académico, profissional e até pessoal me providenciaram e, ao mesmo tempo, esses próprios trabalhos ajudam-me a aprimorar certos conhecimentos base fundamentais ao desenvolvimento dos meus projectos académicos, assim como me ajudam a promover e a conferir visibilidade às minhas competências...
...a depressão, o esgotamento psicológico e mental, o medo (ataques de pânico e stress pós-traumático) e o luto levaram-me, o ano passado e até agora, a um isolamento (ainda que continue sempre a fazer a vida de casa normal em prol da minha Filha e dos meus Pais :), suprido pelo contacto com os meus Amigos e pela escrita criativa que actualizo nestes blogs e, até, Novembro, no Facebook, cuja conta terminei, pois o assédio moral até lá chegou, tentando pôr em causa a minha honra, da qual jamais abdiquei ou abdicarei, pois é essa Dignidade que é o baluarte da minha sobrevivência neste mundo onde certas feras desprezam a vida de pessoas como eles, quando não tentam até torná-las mais duras e sofridas, não olhando a meios para atingir os seus fins, caluniando, humilhando e tentando anular, gratuitamente, outrem que se lhes distingue...
...não é fácil, as humilhações são contínuas, mas eu estou grata a Deus e à Vida, pois tenho a minha Filha, que é uma criança saudável, muito equilibrada e feliz (excelente aluna! :), apesar de ter sofrido bastante e de eu saber que ainda sofre com tudo isto, os meus Pais e Grandes Amigos que são como meus Irmãos, sem os quais não tinha chegado até aqui...há pessoas que se vêem em situações destas, completamente sozinhas, e, como tal, são totalmente aniquiladas por crápulas caucionados por um meio social hipócrita e plutocrata, completamente imoral...
...para além de que tenho tido a oportunidade de dar visibilidade às minhas competências por Almas Generosas que me convidaram para participar em projectos que me estimulam a ter esperança no futuro e a saber que, se cheguei até aqui, vou conseguir, pois adquiri a capacidade de transformar obstáculos em oportunidades, de superar a depressão pelo optimismo, de me auto-superar, pelo contacto com testemunhos de outras pessoas que tb ultrapassaram tempestades com positividade, humildade e gratidão, mas, jamais, prescindindo da sua Dignidade...
...conclusão: estou desempregada, continuo a desenvolver a minha tese de Doutoramento, trabalho, com muita honra, voluntariamente, trabalho esse que me tem estruturado como pessoa e como profissional que tenta ser versátil, são os meus Pais que nos ajudam, vivemos em casa dos meus Pais, sofro de uma depressão reactiva e não tenho alguma vergonha em admitir que tomo antidepressivos...muito pelo contrário, pois a medicação que eu tomo resulta de traumas, da desilusão, do desencantamento, do desgaste emocional contínuo a que fui e sou sujeita, perante o sofrimento por que passei e passo...teria vergonha é se o tivesse provocado, gratuita, calculada e racionalmente, a alguém que Amara (?) ou não, com o fito de fazer valer interesses materiais sobre direitos vivenciais inalienáveis, de o/a tentar destruir, anulando-o/a socialmente...
...ora, como Graças a Deus, sempre honrei a Herança Simbólica de Berço, nunca foi nem é e será o meu caso (noblesse oblige)!... considero até caricato que num país onde o desemprego já se assume como epidémico, que bate e vai bater a muitas portas, onde, como é óbvio, muita gente toma, há décadas, antidepressivos para encarar desgastes contínuos numa sociedade que ainda se rege muito pelo culto das aparências, pela ignorância e pelo vácuo prazer da humilhação alheia, ainda se estigmatize alguém que está nessa situação...pior: tentando levá-la ao extremo desgaste emocional e psicológico pelo assédio moral constante que dura há 2 anos e meio (não falando dos 7 anos de casamento)...tudo considerado, acho que estou muito bem, pois não caí nem me tornei naquilo que muitos desejavam, por razões díspares em objectivos, mas iguais no carácter rasteiro (se bem que eu respeite mais quem o faz e o assume do que quem o tb faz, mas de forma subreptícia, mais chic, fingindo não o fazer, quem se vende, burocraticamente, para subir, descendo, e, tantas vezes, se julga o máximo pelo preço que detém na testa ser elevado...)
...i.e., estou ainda em processo de legítima defesa, do qual não abdico, pois as consequências da maldade têm sido árduas, não só para mim como para quem Amo, e Valores muito Altos se Levantam- o Soberano Direito à Vida, ao Bom Nome, à Dignidade Social de todo e qualquer ser humano...
...e o que mais me choca é a hipocrisia de certas pessoas, muitas delas muito qualificadas, e com discursos muito rococós, que escrevem textos muito bonitos sobre o desemprego e a discriminação social inerente, em Portugal e, quando se defrontam com casos concretos, demonstram a mais árida desumanidade...talvez por essa postura indignificante o país esteja como está, pois egos despóticos e sádicos até detêm prazer em discorrer, literariamente, sobre situações trágicas que se lhes mostram como meros estímulos narrativos para afastar o tédio das suas existências devotadas ao vazio...
...assim o foi quando da Ponte Aérea no regresso dos "retornados" à Metrópole e assim o é, hoje, no naufrágio colectivo a que um egoísmo social patológico não é alheio...
....só mais uma nota :) o que nunca deixou que eu desistisse de lutar foi e é a minha Fé Inexorável Que me Fez e Faz aguentar 9 anos e meio de barbaridades contínuas..Fé Que me Faz, hoje, ter consciência de que a minha alma necessitava dessas experiências para se aprimorar, fortalecendo-se, mas, tb, que o egoísmo e a obsessão pela matéria é a verdadeira "fonte do mal" , que tudo destrói e que tem feito muita gente implodir com laços afectivos e vidas por essa patologia que conduz à ignomínia, ao total vazio e à verdadeira solidão (aquela que é despoletada quando a máscara cai perante o indesmentível reflexo no espelho...)...
...a questão do calculismo materialista e de emoções devassas adstritas a um egoísmo animalesco sobre a Vida foi o que mais me magoou, pois mostrou-me a mais negra natureza de pessoas que Amava, que não olharam a meios para atingir fins, magoando a minha Filha, nem sequer pensando nela, caucionando e corroborando comportamentos alheios ignóbeis...se tenho ódio? não, considero-os como instrumentos divinos da minha evolução espiritual, perdoo-lhes como cristã, mas não os deixarei ficar impunes como cidadã, até para não voltarem a fazer o mesmo a outrem, mesmo que esse outrem seja uma tal dançarina que tanto se entusiasmou no tal evento com as maldades praticadas...face a muitos, confesso que sinto um desprezo incontido, pois, a meu ver, não são seres humanos, sem sequer animais, pois os animais não enveredam por certas e determinadas baixezas...
...o que espero que aconteça? eu já entreguei a resolução a Quem de Direito...um dia, lembrar-se-ão do que fizeram, pois Deus tudo Vê, na Sua Omnisciência, Omnividência, e Omnipotência e quem Nele crê sabe que a Justiça Divina Tarda (?), mas não Falha e o tempo, ai o tempo!, esse é um "grande escultor" e revelador, que não se compadece com matérias-primas falseadas nem com maquilhagens de 3º categoria...
...e, pronto, vou seguir em frente, com a certeza de que este tipo de não gente está erradicado da minha vida e que vou ser feliz, vou lutar pelos meus sonhos, aliás, estou a fazê-lo, e honrar o apoio dos meus Pais e Amigos...
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