Natalie Portman, The Black Swan
...ontem, tinha pensado ver o Beautiful, mas cheguei tarde e quis o Destino que visse The Black Swan de Darren Aronofsky. É uma película muito perturbante (confesso que, a par do Dogville, foi dos filmes mais desestabilizadores em termos psicológicos que visionei), porque envolve muita violência psicológica e física e, a meu ver, o argumento e a respectiva involução da protagonista reflectem o resultado da total desintegração tanto da ingenuidade como da inocência, estados de consciência que se distinguem claramente, mas que, aqui, caminham par a par até a inocência capitular perante a negritude, deixando-se manipular pelo egoísmo alheio, sem resistência, permitindo que sonhos (???), frustrações, facetas lunares e modi vivendi destrutivos e canibalizantes de outros canalizem alguém para a total autodestruição...
...urge a Resistência e a Resiliência Vital para que, em percursos árduos, não se permita que os limites da preservação da Dignidade própria sejam ultrapassados pela ferocidade animalesca e maculadora intrínsecas a egos alheios selváticos, mesmo que aquela esteja, conjunturalmente, àqueles sujeita, sob pena de ser contaminada e de se lhes nivelar degenerativamente...
...o jogo dos espelhos talvez simbolize a ambivalência da natureza humana que, tendencialmente, oscila entre o Bem e o mal...todavia, a quebra desse símbolo da dualidade reflecte uma clara opção pelo dark side of life, por via do livre arbítrio, ainda que condicionado por um estado obsessivo algo (?) demencial, fruto do próprio percurso de recursivos abusos psicológicos e físicos....
...creio que a película, em termos de simbologia da cor, está muito bem concebida, à medida que o cor-de-rosa e branco do mundo do ballet, do Cisne Branco, é invadido pelo vermelho escuro das pulsões (des)humanas mais negativas, entre as quais a ambição desmedida e a ausência de Princípios Estruturantes, assim como pelo negro da morte, não só física como psicológica, porque a apoteose final, muito mais do que um sucesso terreno, é, fundamentalmente, o culminar de uma profunda regressão anímica...
...urge a Resistência e a Resiliência Vital para que, em percursos árduos, não se permita que os limites da preservação da Dignidade própria sejam ultrapassados pela ferocidade animalesca e maculadora intrínsecas a egos alheios selváticos, mesmo que aquela esteja, conjunturalmente, àqueles sujeita, sob pena de ser contaminada e de se lhes nivelar degenerativamente...
...o jogo dos espelhos talvez simbolize a ambivalência da natureza humana que, tendencialmente, oscila entre o Bem e o mal...todavia, a quebra desse símbolo da dualidade reflecte uma clara opção pelo dark side of life, por via do livre arbítrio, ainda que condicionado por um estado obsessivo algo (?) demencial, fruto do próprio percurso de recursivos abusos psicológicos e físicos....
...creio que a película, em termos de simbologia da cor, está muito bem concebida, à medida que o cor-de-rosa e branco do mundo do ballet, do Cisne Branco, é invadido pelo vermelho escuro das pulsões (des)humanas mais negativas, entre as quais a ambição desmedida e a ausência de Princípios Estruturantes, assim como pelo negro da morte, não só física como psicológica, porque a apoteose final, muito mais do que um sucesso terreno, é, fundamentalmente, o culminar de uma profunda regressão anímica...
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