...como tb a primeira não era de modas, mas sim de estruturas, e apreciava a estética da existência aliada a uma ética que se recusava a renegar, comprou (comprou? nem pensar! :) colheu duas rosas vermelhas e cobriu o olhar...deixá-la à outra cobrir-se de lixo, cada um é para o que nasce...
...a sua máquina destrutiva algo patética chegava mesmo a almejar desfazer memórias e essências alheias desconhecidas em pedaços, numa projecção em espelho das suas recônditas frustrações, disfarçadas por tecidos e ilusões de luxo de origem duvidosa...como se desfizera de momentos da sua vida que julgara descartáveis quando, hoje, daria a mão direita para os poder colar e emoldurar na living room onde, da sua chaise longue vitoriana, vislumbra o vacuum em que converteu a sua existenz algo apócrifa, mas nada anódina...
...não era de modas, cortava a torto e a direito, sem nunca ter sequer cursado um módulo que fosse de corte e costura...nada a fazer, era um dom inato...ou não, pois cada peça que fazia emanava algo de um caos não criativo, com um je ne sais quoi de insanidade milimétrica perscrutável num verbo algo neurótico...
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