Ontem, foi um dia simbólico no "resto da minha vida", tb algo marcado por um Adeus ( A Deus! :) marcado pela confluência de coincidências que, a meu ver, fogem ao Acaso (as Leis de Acção/Reacção do Universo são Inexoráveis e, por mais farsas mundanas a que muita gente se preste, a Ominividência Divina Desmascara-as a longo prazo, pois o mal instintivo vence a curto, mas o Bem da Consciência, Esse não há ventanias venais e vácuas (vvv :) que o Derrubem...:) ...
...E foi tb o dia em que partiu, neste ano de 2010, um Senhor, na plena acepção da palavra, nascido em 1930 (curiosa a coincidência numerológica das datas :) 1930 + 2010 = 16 =( 13 (Número perfeito = 10 + 3:) + 3 (Número Perfeito :) = 16 (16 = 7 - Número Perfeito... :)
...O Senhor João Serra Dedicou a sua solidão à autêntica generosidade (aquela sem patrocínios nem objectivas que não os Divinos :) focada na catálise da Alegria de outros que nem conhecia...haverá algo mais descentrado, mais simples e tão sublime por isso mesmo? Creio que não...E foram muitos a despedir-se deste Senhor, acenando à sua Grande Alma que, com certeza, se regozijou por esse gesto tão simples que, durante anos, lhe foi desvanecendo a angústia da perda de sua Mãe e do abandono social...
...Por coincidência, ontem, ouvi alguém altamente habilitado a referir-se à necessidade de se encarar a Filosofia como fundamentalmente adstrita à Vida, mais do que à mera reflexão distanciada e, como tal, algo desvitalizada, sobre esse percurso tão enriquecedor...
...também comungo dessa opinião- o que me importam grandes teses e dissertações sobre a natureza do Belo, do Bom e da Verdade (sim, eu sei, que paradigma mais ultrapassado !!! :)), sobre o distanciamento na análise objectiva (?) de conceitos transcendentes se, na vida quotidiana, os interesses particulares se sobrepõem à universalidade de Princípios Éticos? E entenda-se universalidade não como uniformização...
...Nada, a meu ver... que importa a acumulação de conhecimentos imprestáveis, porque meramente arquivados numa memória que não os actualiza antes os desvirtua?...perante esse cenário, não será mais legítima a má acção pela ignorância, não terá quem pela razão se esclarece e pela razão se enaltece, tantas vezes ridicularizando a emoção, um dever acrescido de a louvar pela sua aplicação ética no quotidiano?
...É que tal como as críticas, frequentemente, tecidas por alguns racionalistas no que concerne a alguns desvios na actualização humana dos Vários Verbos Divinos, que Enunciam, a meu ver, A Mesma Essência Holística, quem defende o que não pratica, como diria Gandhi, padece de desonestidade intelectual...E sendo a Ética o que une a Razão à Religião, que a meu ver detém uma Lógica não inferior, apenas distinta, ainda que incompreensível aos limites da mente humana, como diria Einstein :), quem a ofende, panegiricamente, elevando-a na teoria e, conscientemente, renegando-a na prática, nega-se a si mesmo e a todos os conhecimentos acumulados, mas não sabiamente digeridos, i.e., quem se degrada por uma existência estéril, não criativa, meramente entrópica, destrutiva porque, não raro, tão umbilical que enjoa e, qual herbicida, degrada tudo em que toca, desvitalizando, pela desconstrução demasiado fria (a frieza da racionalidade robótica :), Algo Sublime Que lhe Escapa por inerência :)
Não foi o caso do Senhor João Serra, uma Alma do Bem, a quem presto esta singela homenagem, pois é gente simples (no bom sentido, aliás, no sentido original e não deturpado do termo :) desta que opera revoluções quotidianas, ao transferir as suas mágoas para pequenos gestos plenos de tudo em prol do Bem alheio e jamais o contrário...Este Senhor sim era um Sabedor!
...O genuflexório deste spot está dedicado apenas a estes casos e não às meras sombras das paredes platónicas que querem passar pela Luz que tão brutal e vilmente renegam...Porque são os Bravos e não os seus opostos que actualizam, no dia-a-dia, os conceitos do Bom, do Belo e da Verdade e da Resiliência Vital à "banalidade do mal"...
...É fácil ser-se revolucionário prêt-a-porter em tempos em que o paradigma suporta esse registo (é só adquirir um kit de sobrevivência ontológica operacionalizado pelo ar cuidadamente descuidado da intelligentzia banal auto-proclamada como pedestal, caucionada pela forma unanimista e uníssona :), agora, a Haute Culture da Revolução, Essa já É Outro Campeonato no qual O Conteúdo É Congruente com a Acção em momentos em que dói mesmo...ou seja, Este Campeonato É para Almas tão Velhas que São Novas, porque se Sabem Renovar no Ciclo Purificador da Vida... E o Senhor João do Adeus, mais do que um velho homem, seria, antes de mais, uma Jovem Alma Velha plena de uma Inocência Primordial não Defraudada pela perda da ingenuidade, face às forças destrutivas da mundanidade e às agruras da existência...
Pois só uma Alma dessa Estirpe teria Coragem para afirmar :) "Essa senhora (a solidão) é uma malvada, que me persegue por entre as paredes vazias da casa. Para lhe escapar, venho para aqui. Acenar é a minha forma de comunicar, de me sentir gente."
...Eppur se muove! Avé, Senhor João do Adeus!
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