...do please read also :) . : in the Name of Justice : .
...hoje, estou de luto, como sempre, neste nefando dia que me roubou a Mátria que Amava e me fez vir para um lugar onde nunca pertenci, que nunca senti nem sinto como a minha Pátria, onde todos os dias, que não santos, me deparo com choques culturais tremendos, pois mantive a Matriz Cosmopolita que me moldou (diga-se a bem da Verdade que são vários os que, vindos de lá, fingindo mantê-la, a traem, pois actualizam a mediocridade, a mesquinhez, a maledicência cobarde, inscrita na "retórica do silêncio e da invisibilidade" giliana, a falsa beatice de uma nação fechada ao mundo durante séculos (o Estado Novo foi só um factor, pois a I República (onde se praticaram muitas mais atrocidades e quando foi criada a Polícia Política...:) e tudo o que lhe antecedeu se inscreve na mesma matriz sociocultural proporcional a parcos horizontes- aculturaram-se...:)...
PP :) bem feita, que até a Natureza se revoltou e vão todos ficar encharcados nas cerimónias de celebração..."Abril águas mil" e a nossa agricultura está mesmo a precisar de água que não só por um funil!....
PP2 :) repost : )
me in Our Home in Mambone, Mozambique, 1969 |
:) breaking the process in the Name of My Beloved Lost Motherland and Babysitter as well as Forever Living Enlightening
Sociocultural Matrix for the sake of Which I prefer to die than to betray It :)
Em memória da dor de te ver sucumbir
Deixei-te
poucos dias depois de perfazer sete anos de
vida, sete anos de uma vivência
rica, plena
de felicidade e harmonia. Aprendi contigo a
perseverança
da justiça, a humanidade de quem
quis edificar uma nação, mas acabou
mergulhado
numa tão profunda dor, numa tão
amarga
desilusão!
Amei-te e
odiei-te num
misto de
saudade e de revolta,
mas nunca te
esqueci, Moçambique, Mátria perdida...
Hoje,
volvidos tantos anos de ausência, lembro-te como
a Terra Prometida, aquela onde dei os primeiros
passos
e senti, pela
primeira vez, o pulsar da vida, mas onde
também
inalei, pela
primeira vez, o odor nauseabundo da
morte...
Nunca te
traí, não esmaguei
o Berço que me eleva
a ti, pelo aconchego de um novo,
mas estranho lar; de ti nunca parti, renego tudo o
que te nega a ti, transporto-te sempre no
olhar...
Anseio pelas
tuas cores, gostaria de me inebriar de novo
com os teus odores, deixar‑me ninar pelo
som da tua canção...
Duros têm
sido os anos sem sentir o cheiro da tua terra molhada, sem sentir o toque persistente da
grandeza infinita das gotas de água que inundavam os teus céus...
São largas as
esperanças de te reencontrar e profundo o
medo de já não te reconhecer...
Queria‑te
abraçar com os meus olhos e, de novo, abençoar com o meu coração, mas tolda‑se‑me a razão...
Isabel Metello
(Novembro de 2001, à
espera da minha Filha)
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