cuore busy nest

cuore busy nest : . "A ciência nada tem a ver com o inefável: ela tem de falar a vida se quiser transformá-la"Roland Barthes, 1958 (ed. 1997 : 183) : . "Os Céus Dispensam Luz e Influência sobre este mundo baixo, que reflecte os Raios Benditos, ainda que não Os possa recompensar. Assim, pode o homem regressar a Deus, mas não pode retribuir-Lhe" Coleridge (maiúsculas acrescentadas :)

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quarta-feira, setembro 15, 2010

:) good afternoon pendant la lettre :) esclarecimento da gerentzia desto spot :)

BM :) esclarecimento de last time da gerência deste spot:) já estou como o Lobo Antunes (com as devidas distâncias temáticas e qualitativo-literárias :))) :) a matéria-prima da ficção é a própria realidade recriada, mas, caramba!, não confundamos a ficção com esta sob pena de confundirmos tudo...apre!... este spot é um projecto literário bdístico (de BD:), não é uma autobiografia, ainda que, como é óbvio, detenha momentos mais personalizados, apontamentos auto-irónicos mais estreitos à vivência subjectiva da sua autora, com base num distanciamento narrativo sempre salutar na sua evolução como ser humano, em constante crescimento, que pretende ser (e, aqui, a 3ª pessoa do singular é determinante para que tal se efective...


Certa vez, perguntaram ao Woody Allen se a televisão imitava a vida real e ele respondeu que a vida real imitava a televisão...

O humor é e sempre foi um catalisador de distanciamento narrativo e quem não o entende tente percebê-lo através da leitura de múltiplas obras de autores consagrados sobre esta temática sempre fascinante- pode começar pelo Elogio da Loucura de Erasmo de Roterdão, mas poderá, também, ler O Riso de Henri Bergson...

Do natural desdobramento narrativo actualizado nas personagens construídas por qualquer autor, maior ou menor (eu considero-me como imberbe no desenvolvimento de um dom e de um sonho que pretendo honrar) surge a Vaca Gallo (também uma marca registada, pois tenho dedicado parte da minha formação académica à análise teórica da Comunicação e de marcas organizacionais, tendo já aplicado os conhecimentos adquiridos no brand building, no rebranding e na extensão de marcas, que me fascinam :) assim como (quase) todas as outras personagens aqui incluídas (o Lá Vai Lama SDPE ® também nasceu enquanto personagem durante a minha passagem pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, uma instituição que não só me permitiu e permite evoluir no campo académico, como pessoal, dada a abertura multidisplinar e intercultural do seu ambiente sócio-cultural); mas dizia eu- a VG não é um pseudónimo, nem um avatar, é uma personagem de BD satírica que pretende desconstruir, através da paródia, um pouco o conceito da pós-modernidade contextualizado numa nação que, tendencialmente, o contraria em essência, pelo gregarismo secular implícito e pela passagem ao lado face à própria modernidade em si...

Ou seja, se querem ler o que a Isabel Metello escreve online vão ao Young Entrepreneurs Networkers, ao Brief New World BNW ® (e sim, para mim, são conquistas, ainda que para outras pessoas possam parecer ínfimas, pois tentei dar visibilidade a parte do meu trabalho e consegui, devagar, como num jogo de Lego, dar alguns passos em frente, sem padrinhos, sem cunhas- aliás, todo o meu trabalho é exercido nessa base, pois acredito piamente na meritocracia e em ultrapassar as dificuldades com Dignidade, encarando cada obstáculo como uma oportunidade de crescimento) (também o poderão perscrutar no Facebook, mas a minha passagem por esta plataforma quase findou, pois já cumpri os objectivos a que me propus : estudá-la e promover os meus trabalhos de escrita criativa e académicos, sempre com Dignidade, da qual nunca abdiquei nem abdicarei (preferiria perecer:), processo durante o qual criei laços afectivos com pessoas que quase identifico como personagens literárias, perante os quais, tento deter um certo distanciamento narrativo, também, ainda que isso não implique que lá tenha estado como avatar cínico (jamais- encaro a desresponsabilização individual e a hipocrisia como flagelos sócio-culturais com profundas consequências nefastas a longo prazo...).

Assim, tenho, igualmente, vários artigos académicos publicados, mas isso é outra história e separo os dois contextos, embora, por vezes, estejam bastante imbricados, pois tudo a que me dedico faço-o com paixão e tendo convergir vários aspectos na minha formação académica e profissional transdisciplinar, até pela maximização do factor tempo...


Assumo-me como pessoa que se identifica como soi-même não comme l´autre (Graças a Deus esforço-me por deter capacidade crítica individual pró-activa, tentando honrar os conhecimentos que fui adquirindo com o contacto com pessoas tão cultas e enriquecedoras), apesar de fazer, continuamente, um esforço de descentração para compreender díspares e distintas perspectivas de vida...

Não me valho do anonimato (que respeito, em certos contextos, dada a elevação com que certas pessoas, que muito admiro (que não conheço pessoalmente, mas pelas quais desenvolvi laços afectivos fortes) escrevem, contribuindo para a abertura do espaço público com a assunção de argumentos bem fundamentados sobre assuntos de interesse público...

...Paralelamente, jamais me valho, também, de avatares desresponsabilizantes,...Quando veiculo as minhas opiniões, faço-o de forma frontal sobre questões conceptuais e jamais sobre pessoas, na acepção medíocre do termo (abomino conversas de soleira de porta, que julgo menores e desprezíveis, revelando um empobrecimento cultural e até uma disfunção intelectual), nunca, jamais, em tempo algum recorrendo a uma estratégia que desprezo profundamente pela cobardia implícita- a calúnia e a pura difamação nem de quem conheço nem de quem não conheço nem de quem julgo conhecer, por dinâmicas de disseminação viral do senso comum oralizante...

Eu, sinceramente, não entendo como certas pessoas, até com uma certa cultura, extrapolam, tirando ilações completamente estapafúrdias, maldosas e até passíveis de imputação criminal, face a algo ou alguém que escapa à lógica que lhes domestica a existência...Caramba! Se A não é B é porque será C, se não é C é porque será D, se não é D é porque será E....ad infinitum..E se A for simplesmente A?E se o resto do alfabeto for uma mera projecção em espelho dos enunciadores que se canalizam, a priori, para o exterior e para a perscrutação superficial da realidade, em vez de se desenvolverem interiormente como sujeitos?

E a maior cobardia de todas julgo aquela em que todas as ilações superficiais de senso comum são tiradas sobre alguém que nem conhecem e que julgam uma não pessoa, dado que nem lhe permitem uma defesa condigna, elegendo-a como escape às próprias frustrações...olhem, sabem que mais? Vou voltar ao riso e ao siso que ele me permita, aplicando um dos motes recriados neste spot: "ridendo castigat mores" :)...Erasmo tem toda a razão do mundo :)



E aqui cito-me a mim própria num trabalho que desenvolvi, no qual elegi a obra erasmiana como matriz metodológica :)

"utilizo um tom mordaz, que pretende ser divertido, fazendo juz ao tema que escolhi, uma vez que procuro caricaturar, ao jeito de Erasmo de Roterdão no seu Elogio da Loucura, os costumes dos homens meus contemporâneos, sem, no entanto, atacar especificamente pessoa alguma, uma vez que “sempre ao escritor[1] foi permitida a liberdade de se rir das inferioridades da vida humana, com a condição de não ofender ninguém"[2], e na medida em que “uma sátira que não exclui género de vida, não ataca qualquer homem particular, mas os vícios de todos“[3], inclusive os meus (confesso que de muitos estou ilibada se não pelo meu subconsciente, pelo menos pelo que me resta de lucidez). De facto, tento orientar‑me pelo lema “a rir a rir se dizem as verdades”, pois considero que este tema se adequa mais a um tom satírico, que a uma dissertação fria e solene[4], e porque compactuo na totalidade com a ideia erasmiana de que não há “nada mais tolo do que tratar a sério de frioleiras; nada mais espirituoso do que pôr a frivolidade ao serviço do que é sério".[5] Assim, não mordo, apenas critico, crítica essa que estendo a algumas das minhas falhas[6], enquanto ser social (...)"


[1]Claro que não me assumo como tal, apenas como mera estudante de um Mestrado interessada em reflectir sobre a sociedade contemporânea.

[2] ROTERDÂO, Erasmo de, Elogio da Loucura10ª ed., Lisboa, Guimarães Editores, 1993, p.11.

[3] Idem, idem, idem, p.12.

[4] Cf. ibidem, ibidem, p.11.

[5] Ibidem, ibidem, p.11.

[6] Cf. ibidem, ibidem, pp.11-12




PP :) aproveito para expressar a minha Gratidão por 4 pessoas (eles saberão quem são :) , que não conheço pessoalmente, que escrevem na blogoesfera e que, desde há alguns anos, se assumem para mim como referências, acima de tudo, éticas, pela forma distinta, mas sempre elevada, recorrendo, igualmente, a catalisadores emocionais literários como o humor e a sátira de uma forma soberba, com que expressam as suas perspectivas de vida...São esses quem considero os meus Mestres blogoesféricos e até vivenciais, pois com eles tenho aprendido muito desde que resolvi participar nestas plataformas, que considero fundamentais para o enriquecimento polilógico do espaço público, para que se efective uma real revolução cultural que catalise uma autêntica defesa da condigna liberdade de expressão numa nação que teima em, tendencialmente, se organizar por rebanhos reflexivos e opinativos, que pouco devem à capacidade crítica individual activa...

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